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A FORMAÇÃO DO DOCENTE NO ENSINO SUPERIOR - QUE ATUA NA UEMG – UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS - CAMPUS DE FRUTAL


INTRODUO

Ao analisarmos a realidade educacional brasileira e a nossa regional, deparamos constantemente com demandas advindas de um contexto social caracterizado pela insero de aspectos, em seu espao de realizao, de valores e teorias empresariais. Tais situaes no acontecem apenas na atualidade e sim retratam uma evoluo histrica do trabalho e da educao.

Diante deste contexto, vrios so os posicionamentos dos autores defensores de uma poltica educacional voltada para o atendimento das exigncias de um mercado de trabalho em transformao permanente e da preparao do profissional, capaz de atuar de maneira eficaz. Por outro lado, diversos autores defendem, primordialmente, a formao integral do sujeito, de sua conscincia de vida e de ser humano, para que este possa apresentar-se com munies suficientes para se adaptar e atuar nas vrias circunstncias a ele impostas.

Fizemos um estudo sobre a atuao dos docentes que atuam neste Campus e os contextos institucionais que a determinam. Alm disso, parece-nos temerrio pensar em intervir nessa formao sem ter delimitado um campo terico especfico e adequado, que sirva de ponto de referncia e de confronto para a prpria interveno. Nessa perspectiva, o estudo das principais concepes sobre a UEMG Universidade do Estado de Minas Gerais, formuladas ao longo de sua histria, fundamental para perceber de que modo nelas se articulam as funes de ensino e pesquisa que, por sua vez, norteiam as nfases predominantes nas diversas organizaes institucionais. Soma-se a essa preocupao a tentativa de compreender como as universidades, de tradies seculares, vm convivendo com fenmenos mais recentes, tais como: a sua expanso e diversidade de funes, a massificao do ensino e a sua prpria reprodutibilidade.

Podemos dizer que diante da realidade atual, possvel formar profissionais, alm de uma formao tcnica. O profissional deve conhecer a teoria, ter senso crtico, saber trabalhar em grupo e, acima de tudo, ter conhecimento da realidade e conscincia de que um transformador dessa mesma realidade.

Muitas so as opinies divergentes e mesmo complementares sobre o tema, contudo, imprescindvel se faz a adoo de postura observadora e crtica, principalmente quando o nvel de ensino enfatizado o ensino superior, a cada dia mais prximo do mercado de trabalho e de suas exigncias. Necessrias se fazem a cautela e a criticidade.

Por outro lado, algo que no se pode desprezar o fato de que o contexto universitrio atual necessita atender a um pblico cada vez mais diversificado e numeroso que, de maneira correspondente, atribui maior importncia sua formao e respectiva qualidade. Tal realidade exposta compreende tanto a existncia na instituio de ensino superior de um corpo docente qualificado, sensvel s questes da atualidade e conhecedor dos saberes por ela exigidos, quanto e conseqentemente qualidade no ensino prestado (Delors, 1999).

Frente s demandas dos contextos social, econmico e poltico, o espao de realizao do ensino superior se depara com a premente necessidade de constituir-se de docentes que possam corresponder proposta de formao de seus cursos e respectivos projetos pedaggicos - independentemente da rea de conhecimento contemplada.

Por conseguinte, discutir a relevncia da formao docente no momento histrico atual, remete necessidade de uma breve contextualizao da sociedade em que se vive. lugar comum falar da necessidade de formao continuada para qualquer profissional que deseja manter-se em um posto de trabalho, realidade e exigncia vividas no Campus de Frutal, frente ao crescimento rpido, visto que, iniciou as atividades em 2004 e j existem sete Cursos em funcionamento.

No que se refere profisso docente, a exigncia se faz ainda maior, pois como legitimar um profissional que deve ser mediador do conhecimento, se ele prprio no est atento s inmeras transformaes da sociedade, que bombardeia diariamente as pessoas com informaes e imagens que influenciam diretamente o modo como as pessoas consomem, pensam, relacionam-se e como assimilam os conhecimentos advindos destas informaes.

Esses fatores interferem nas instituies, principalmente nas Universidades. Para tanto, o docente que neste Campus atua, deve buscar uma formao que contemple a realidade de que o saber no se encontra nele centrado.

Ser docente, no apenas trabalhar com o conhecimento tcnico e elaborado na academia e, sim, saber transitar entre os diversos saberes, mobilizando os conhecimentos existentes e elaborando novos saberes a partir das informaes apreendidas.

Conforme argumenta Delors (1999), de maneira complementar, o docente atuante no ensino superior dever apresentar correspondncia entre suas aes, postura e atitude e as demandas do contexto vigente. Segundo o referido autor, do docente muito se espera e muito lhe ser exigido.

Para tanto, h que se atentar para a formao qualitativa destes profissionais,

conforme sinaliza Thompson (1995) apud Delors (1999, p. 153):

Para melhorar a qualidade da educao preciso, antes de mais nada, melhorar o recrutamento, a formao, o estatuto social e as condies de trabalho dos professores, pois estes s podero responder ao que deles se espera se possurem os conhecimentos e as competncias, as qualidades pessoais, as possibilidades profissionais e a motivao requeridas.

Diante de tal afirmao, torna-se impossvel conceber a docncia como mera transmisso de conhecimento.

De acordo com Tardiff (2000, p. 7), tanto em suas bases tericas quanto em suas conseqncias prticas, os conhecimentos profissionais so evolutivos e progressivos e necessitam, por conseguinte, uma formao contnua e continuada. Os profissionais devem, assim, autoformar-se e reciclar-se atravs de diferentes meios, aps seus estudos universitrios iniciais. Desse ponto de vista, a formao profissional ocupa, em princpio, uma boa parte da carreira e os conhecimentos profissionais partilham com os conhecimentos cientficos e tcnicos a propriedade de serem revisveis, criticveis e passveis de aperfeioamento.

Na tentativa de refletir sobre o profissional docente que atua no ensino superior, faz-se necessrio considerar por parte deste, o pressuposto de realizao de uma trajetria composta por conhecimentos slidos e uma prtica consistente. Por conseguinte, a relao desses dois aspectos leva necessidade de descrever algumas caractersticas dos saberes profissionais do

docente a partir da relao teoria e prtica. Conforme Tardiff (2000, p. 13-14) postula, os saberes profissionais so temporais, ou seja, so adquiridos atravs do tempo. Em primeiro lugar, uma boa parte do que os professores sabem sobre o ensino, sobre os papis do professor e sobre como ensinar provm de sua prpria histria de vida, e sobretudo de sua histria de vida escolar. Os saberes profissionais tambm so temporais no sentido de que os primeiros anos de prtica profissional so decisivos na aquisio do sentimento de competncia e no estabelecimento das rotinas de trabalho, ou seja, na estruturao da prtica profissional.

Finalmente os saberes profissionais em um terceiro sentido, pois so utilizados e se desenvolvem no mbito de uma carreira, isto , de um processo de vida profissional de longa durao do qual fazem parte dimenses identitrias e dimenses de socializao profissional, bem como fases e mudanas.

A temporalidade expressa pelo autor supra, considera aspectos subjetivos que em muito determinam as diferentes trajetrias dos docentes. As oportunidades e experincias pessoais influenciam de um algum modo a postura do docente e a maneira como ele ir construir e utilizar os conhecimentos, competncias e habilidades adquiridas no processo de formao. H que se considerar que o docente que atua no ensino superior, trabalha em cursos que tm como objetivo mister a profissionalizao, pois a universidade locus de ensino, pesquisa e extenso, e estes trs aspectos tm por finalidade formar/preparar profissionais com competncias e saberes especficos.

Sob este norte, no possvel que apenas a qualificao profissional habilite o profissional docente a obter sucesso e uma prtica coerente com as demandas da sociedade atual. Alm desse aspecto, Tardiff (2000, p. 14-15) argumenta, ainda, que os saberes profissionais dos professores so plurais e heterogneos em trs aspectos:

Em primeiro lugar, eles provm de diversas fontes. Em seu trabalho, um professor serve de sua cultura pessoal, que provm de sua histria de vida e de sua cultura escolar anterior.

Os saberes tambm so variados e heterogneos porque no formam um repertrio de conhecimentos unificados, por exemplo, em torno de uma disciplina, de uma tecnologia ou de uma concepo de ensino; eles sos, antes, eclticos e sincrticos.

Essa discusso interna necessria para a formao dos professores, visto que as diversas contradies e transformaes presentes na sociedade atual e as novas exigncias sociais refletem-se nas prticas pedaggicas, e logo, na ao do professor no seu cotidiano,

2 Memorial

Durante dcadas, o ensino superior foi um sonho distante para o municpio de Frutal. Esta histria comeou a ser mudada com a chegada da UEMG Universidade do Estado de Minas Gerais. Fruto do trabalho de um grupo de homens que ousaram sonhar, hoje a Universidade gratuita e de qualidade uma realidade que est transformando o municpio e toda uma regio.

Os primeiros cursos universitrios a chegarem a Frutal foram o de Pedagogia e Cincias Econmicas, atravs da UNIUBE Universidade de Uberaba - no incio dos anos 90, numa iniciativa pioneira das Lojas Manicas, atravs de pessoas como os senhores, Ronaldo Wilson (ento vereador do municpio), Adalberto Queiroz (que doou o terreno para a construo do Campus), Alcy Queiroz, Armando Miranda, Ildebrando Miranda, Maria Jos Lacerda, Lydia Quintella, Mirts Helena Chagas, Ana Lazara Chagas alm de Nei Machado e Gilberto Alves de Souza, amigos pessoais do saudoso professor e escritor Mrio Palmrio, ento reitor da UNIUBE.

Cinco turmas concluram o curso de Cincias Econmicas e outras duas turmas foram formadas pelo curso de Pedagogia.

No final dos anos 90 a UNIUBE foi restringindo suas atividades at se extinguir e todo seu patrimnio, foi doado pelo ento reitor Marcelo Palmrio, em cumprimento de promessa feita seu pai Mrio Palmrio, FUNDAMEC Fundao Manica de Educao, Cultura e Assistencia Social.

Em ato contnuo, a FUNDAMEC cedeu graciosamente suas instalaes para abrigar o CENEP - Centro Nacional de Cooperativismo, Gesto Ambiental e Turismo - projeto idealizado e articulado pelo deputado federal Narcio Rodrigues. O CENEP nasceu como uma instituio de capacitao profissional resultante de parceria do Segmento Comunitrio com o governo federal para atender demandas de gerao de trabalho e renda nas atividades de produo rural desenvolvidas no Cerrado, em sintonia com a preservao ambiental para o desenvolvimento sustentvel.

O CENEP ocupou o prdio da antiga faculdade, que foi reformado e ampliado, chegando a ocupar um espao de 30 mil metros quadrados (ao lado onde hoje o Campus da UEMG),

Nasceu ento a Fundao Educacional de Ensino Superior de Frutal FESF uma entidade pblica municipal, para ser a mantenedora do Campus da UEMG em Frutal.instituda pela prefeitura com a participao da Cmara Municipal, Poder Judicirio, FUNDAMEC, CENEP, COOPEV (Cooperativa de Educao e Cultura do Vale do Rio Grande), Lions Clubes, Rotary Clubes, OAB-MG subseo de Frutal, Associao Comercial (ACIF), Cooperativa Mista dos Produtores Rurais de Frutal (COFRUL), Sindicato Rural, Lojas Manicas, Federao das Associaes de Bairros, e os membros da Comisso Pr-Criao do Ensino Superior em Frutal: Adalberto Queiroz, Antenor Castro, Toninho Heitor, Ildebrando Miranda, Jair Heitor Duarte, Jernimo Jos de Oliveira, Jos de Freitas Maia, Helvico Jos de Queiroz Jnior, Lydia Quintella, Maria Jos Lacerda, Narcio Rodrigues e Ronaldo Wilson.

Em 2004 anunciou-se o primeiro vestibular para o Curso de Administrao que funcionou na sede do CENEP, com vaga para 100 alunos. No incio de 2005 foi criado o curso de Sistemas de Informao. Em 2006, os cursos de Cincia e Tecnologia de Laticnios e Direito. Em 2007 os cursos de Geografia, Superior de Tecnologia em Processos Sucroalcooleiro e Comunicao Social. Em 2010 sero 1.500 estudantes dos cursos superiores de Frutal.

No dia 21 de junho de 2007, quando o Professor Anastsia, Vice-Governador, anunciou, por determinao do Governador Acio Neves, a estadualizao do Campus de Frutal, ou seja, a gratuidade do ensino.

Temos hoje, 122 Professores nos sete Cursos existentes no Campus de Frutal sendo:

ADMINISTRAO

COMUNICAO SOCIAL

TITULAO

QUANTIDADE

TITULAO

QUANTIDADE

Especialista

10

Graduado

1

Mestre

6

Especialista

5

Doutor

1

Mestre

8

TOTAL

17

Doutor

1

TOTAL

15

DIREITO

GEOGRAFIA

TITULAO

QUANTIDADE

TITULAO

QUANTIDADE

Especialista

11

Especialista

2

Mestre

12

Mestre

7

Doutor

3

Doutor

2

TOTAL

26

TOTAL

11

CINCIA E TECNOLOGIA DE LATICNIOS

SISTEMAS DE INFORMAO

TITULAO

QUANTIDADE

TITULAO

QUANTIDADE

Especialista

8

Especialista

8

Mestre

6

Mestre

6

Doutor

2

Doutor

2

TOTAL

16

TOTAL

16

CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM PROCUO SUCROALCOOLEIRA

TITULAO

QUANTIDADE

Especialista

8

Mestre

8

Doutor

5

TOTAL

21

JUSTIFICATIVA

Nesse contexto, aponto princpios que devem estar subjacentes em toda trajetria de formao de professores a partir do olhar de outros autores, a saber: O 1 Princpio o de conceber-se a formao de professores como um ato contnuo: A formao de professores vista como um processo composto por vrias fases distintas, que possuem seus respectivos princpios ticos, didticos e pedaggicos, independentemente dos nveis de formao. Sobre esse aspecto FULLAN apud GARCA (1999:27) para enfatizar que o:

... desenvolvimento profissional um projecto ao longo da carreira desde aformao inicial, iniciao, desenvolvimento profissional continuo atravs da prpria carreira... desenvolviment profissional uma aprendizagem contnua, interactiva, acumulativa, que combina uma variedade de formatos de aprendizagem.

Nosso tempo, o dos educadores, este hoje em que j se encontra, em gestao, o amanh. No um qualquer, mas um amanh intencional, planejado, provocado agora. Um amanh sobre o qual no possumos certezas, mas que sabemos possibilidade2 (CORTELLA, 2003, p. 159).

Os saberes profissionais so variados e heterogneos porque os professores, na ao, no trabalho, procuram atingir diferentes tipos de objetivos cuja realizao no exige os mesmos tipos de conhecimento, de competncia ou de

aptido.

Os docentes que neste Campus atuam, hoje em grande nmero, somando um total de cento e vinte e dois, buscam constantemente a qualificao profissional a nvel de mestrado e doutorado, cada um dentro das suas possibilidades financeiras e ainda levando em considerao a disponibilidade de horrios, pois os programas de capacitao oferecidos pela Universidade, no contemplam o nosso Campus, permitindo somente alguns que j esto com mestrado ou doutorado em andamento a conseguirem bolsas da FAPEMIG ou rgos similares.

Tardiff (2000, p. 14-15) argumenta, ainda, que os saberes profissionais dos professores so plurais e heterogneos em trs aspectos:

Em primeiro lugar, eles provm de diversas fontes. Em seu trabalho, um professor serve de sua cultura pessoal, que provm de sua histria de vida e de sua cultura escolar anterior.

Os saberes tambm so variados e heterogneos porque no formam um repertrio de conhecimentos unificados, por exemplo, em torno de uma disciplina, de uma tecnologia ou de uma concepo de ensino; eles sos, antes, eclticos e sincrticos. Um professor raramente tem uma teoria ou uma concepo unitria de sua prtica; ao contrrio, os professores utilizam muitas teorias, concepes e tcnicas, conforme a necessidade.

Finalmente, os saberes profissionais so variados e heterogneos porque os professores, na ao, no trabalho, procuram atingir diferentes tipos de objetivos cuja realizao no exige os mesmos tipos de conhecimento, de competncia ou de aptido.

Outra questo que iremos abordar o Professor Reflexivo, grande conhecimento do professor dentro da rea em que atua, mas a falta de conhecimento pedaggico, ou seja, da estrutura curricular do curso, pois a maioria no tem graduao em Pedagogia, mas sim em outras reas.

Segundo Gauthier et al. (1998), no esforo por superar um ofcio feito sem saberes e saberes sem ofcio, apresentam uma outra viso do ensino, que parte da concepo segundo a qual seis saberes devem ser mobilizados pelos professores para o exerccio da docncia. So eles: 1) saber disciplinar, referente ao conhecimento do contedo a ser ensinado; 2) saber curricular, referente transformao dos saberes produzidos pela cincia num corpus que ser ensinado nos programas escolares; 3) saber das cincias da educao, relacionado com o conjunto de conhecimentos profissionais adquiridos que no esto diretamente vinculados com a ao de ensinar; 4) saber da tradio pedaggica, relativo ao saber dar aula que se tem antes da formao docente, adaptado e modificado mais tarde pelo saber experiencial e, principalmente, validado ou no pelo saber da ao pedaggica; 5) saber experiencial, referente aos julgamentos privados que o professor elabora com base na sua prpria experincia, elaborando, ao longo do tempo, uma espcie de jurisprudncia; 6) saber da ao pedaggica, o saber experiencial dos professores a partir do momento em que se torna pblico e que testado por meio das pesquisas realizadas em sala de aula.

Pois sabemos que os docentes se qualificam para desenvolver os projetos de pesquisa, de extenso e, assim, contribuir para a melhoria da qualidade de ensino.

A Metodologia a ser usada nesse contexto, ser bibliogrfica, quantitativa e qualitativa, sero realizadas entrevistas com Docentes em diferentes reas e cursos.

CAPTULO I

MBITO GERAL DA FORMAO DOCENTE

medida que "educar um ato poltico", entendesse a educao como um processo dialtico de desenvolvimento do homem, que construdo scio-historicamente, logo, considerasse a educao como uma prtica social e como tal, requer competncias que possibilitem novos modos de compreender a realidade. Nesse contexto, percebesse a atividade docente como uma prtica social educativa capaz de transformar as condies scioprodutivas e reprodutivas que confinam o homem a uma educao que reproduz alienao.

A organizao e o planejamento do sistema educacional no Brasil, sempre estiveram subordinados ao projeto hegemnico da sociedade capitalista, fundamentado na estrutura produtiva da sociedade. Assim, pensar sobre a formao de professores, pensar na busca por alternativas para essa educao, oferecer solues, outros modos e outros problemas. pensar que a democratizao do ensino e a valorizao desse profissional, passa pela formao dos professores. De acordo com MEDINA e DOMNGUEZ para considerar a:

Formao de professores como a preparao e emancipao profissional do docente para realizar crtica, reflexiva e eficazmente um estilo de ensino que promova uma aprendizagem significativa nos alunos e consiga um pensamento aco-inovador, trabalhando em equipa com os colegas para desenvolver um projecto educativo comum. (MEDINA e DOMNGUEZ apud GARCA, 1999, p.23)

A formao de professores utiliza-se da imagem do professor como um ser "sujeito", crtico, reflexivo e inovador, que favorea uma aprendizagem significativa aos alunos, que necessita ser contextualizada. O processo de formao d-se em uma troca dialtica com o outro. Dessa forma, a formao de professores abrange processos de formao, preparao, profissionalizao e socializao dos professores atravs de princpios consolidados com o educar e com o ensinar.

No seu processo de formao, o professor deve ser capaz de perceber as relaes existentes entre as atividades educacionais e as relaes sociais, polticas, econmicas, psicolgicas, histricas, culturais, entre outras, em meio ao qual o processo educacional ocorre. Tornando-se assim, capaz de com suas aes atuar como agente de transformaes nessa realidade a qual faz parte, assumindo o seu papel social e o seu compromisso com a sociedade. medida que dominando contedos tcnicos, cientficos e pedaggicos, possa traduzir as suas prticas num compromisso tico e poltico que atenda aos interesses das classes socialmente, economicamente, politicamente e culturalmente desfavorecidas.

Vale ressaltar, que as transformaes das prticas docentes s se efetivaram medida que o professor ampliar sua conscincia sobre a prpria prtica, sobre a sala de aula, a escola e sobre a sociedade como um todo. Nesse contexto, professor reflexivo como agente de uma prtica transformadora, deve abandonar os princpios instalados a partir da sua formao inicial, que se baseava na racionalidade tcnica, transformando a sua ao de mero executor de decises alheias e ampliando sua viso sobre as diversidades encontradas tanto na sociedade, quanto na sala de aula. Ao combater os esteretipos ligados s questes de raa, gnero e classe social desenvolver sua capacidade de agir e decidir a partir do confronto das suas aes cotidianas com as suas produes tericas, e assim, conseqentemente, ir rever suas prticas, e as teorias que as fundamentam.

Essa prtica reflexiva capaz de perceber e desmistificar as desigualdades e as injustias que se reproduzem, possui um carter emancipatrio. Enfatizo que essas questes devem ser tratadas de forma objetiva, clara, aberta, consciente e precisa, atravs de uma ao docente de qualidade que possa minimizar as desigualdades e injustias sociais existentes na realidade social e educacional.

Pensar na reformulao dos papis assumidos pelos professores pensar sobre a reformulao nos cursos de formao dos profissionais da educao, haja vista que os mesmos devem obedecer a outros princpios para nortearem essa formao princpios estes que foram apontados no captulo anterior. Sobre esse aspecto aponto que os cursos de formao de professores devem estabelecer vnculos entre a educao com o sistema social, poltico e econmico da sociedade brasileira. Sobre esse aspecto considero BRZEZINSKI ao afirmar que a questo:

Da formao do educador deve ser examinada de forma contextualizada (...) Insere-se na crise educacional brasileira a qual constitui uma das facetas de uma problemtica mais ampla, expresso das condies econmicas, polticas e sociais que configuram uma sociedade profundamente desigual e injusta que vem esmagando a grande maioria da populao e relegando-a a uma situao de explorao e misria.

Nesse contexto, a formao do professor, deve favorecer ao profissional da educao, uma viso sobre as dimenses sociais e poltica do seu trabalho como professor, uma vez que, ao desenvolver o seu trabalho pedaggico deve desenvolver o contedo ministrado, contextualizado-o com a realidade social, com a poltica educacional e econmica do pas, ou seja, com a realidade concreta do aluno.

2 EDUCAO DISTNCIA

No Campus de Frutal da UEMG, ainda no existe esta modalidade de Ensino, mas sim, previso para a mesma, pois sabemos da importncia e da procura, mas temos docentes procurando a capacitao, tambm atravs do EAD.

Ressalto ainda que Educao a Distncia e a idia de espao por ela remodelado, uma inovao muito bem aceita pela sociedade brasileira, o encurtamento de distncias, faz surgir a necessidade de discutir e compreender qual a abordagem terica referente categoria espao.

Sob o nosso ponto de vista, as atuais concepes de tempo e espao vigentes na sociedade contempornea encontram-se diretamente relacionadas ao desenvolvimento do capitalismo e sua procura de rentabilidade de modo contnuo e sistemtico, a partir da organizao racional do trabalho. Consideramos oportuna a indagao de HARVEY:

Como os usos e significados do espao e do tempo mudaram com a transio do fordismo para a acumulao flexvel?" O capitalismo reorienta o seu sistema de espelhos e o seu sistema imaginrio para moldar os valores e hbitos da sociedade, no espao e no tempo a serem identificados.

.

Muitos so aqueles que defendem o ensino a distncia nos dias de hoje, como uma forma de democratizao do ensino FERNANDES; LUCKESI; LOBO NETO:

A necessidade de se deslocar at os pontos nos quais se realizam o ensino presencial estaria sendo substituda por um movimento mais democrtico, no qual as barreiras espaciais seriam superadas e os custos para se ter acesso a cursos em locais distantes estariam sendo reduzidos.

Outros ( DEMO, 1989 ) percebem a Educao a Distncia como uma forma de educao de massa, que levaria padronizao dos conhecimentos. J para Pierre Lvy, deve-se estimular novos projetos espaciais para o ensino, principalmente o superior, levando-se em considerao as possibilidades tecnolgicas atuais:

Por que construir universidades em concreto em vez de encorajar o desenvolvimento de teleuniversidades e de sistemas de aprendizagem interativos e cooperativos em qualquer ponto do territrio?(Lvy, 1999, p. 189)

3 CONTEDOS MINISTRADOS CAMPUS DE FRUTAL

A contextualizao dos contedos ministrados em salas de aula, devem efetivar-se a partir dos contedos ministrados, dos questionamentos trocados na sala de aula entre professor e aluno, da postura do professor com relao realidade que est inserido nos diversos contextos: tcnicos, polticos, sociais, humansticos, culturais, entre outros.

Na inter-relao entre essas diversas dimenses deve-se interpretar, relacionar e construir as novas aes dos professores sua prtica pedaggica. Observo que nas aes dos professores so expressos concretamente o seu compromisso tico com a educao e a sua competncia em incluir suas prticas pedaggicas s aes dos alunos, inserindo-as na realidade social dos mesmos.

Nesse sentido BRZEZINSKI aponta que a prtica educacional:

Tem a prtica social como ponto de partida e de chegada; (...) a transformao do sistema educacional exige e supe sua articulao com a prpria mudana estrutural da sociedade em busca de condies de vidas justas, democrticas, igualitrias para as classes populares.

A partir da prtica pedaggica, ou seja das aes, do compromisso tico do professor com a educao qual se prope - pode-se visualizar a objetividade na anlise da construo tica dos objetivos a que essa educao se prope, atravs de aes conservadoras ou transformadoras. Nesse contexto, o compromisso tico e social do profissional da educao traduz a dimenso poltica do currculo pelo qual o mesmo foi formado. Assim, a dimenso poltica apresenta exigncias como: a luta pela democratizao da sociedade instituda a partir da necessidade de uma gesto democrtica; a luta pela democratizao da escola pblica atravs de reformas curriculares, a luta pela valorizao dos profissionais da educao, entre outras. No que se refere valorizao do trabalho docente PIMENTA afirma que:

valorizar: ... trabalho docente significa dotar os professores de perspectivas de anlise que os ajudem a compreender os contextos histricos, sociais, culturais e organizacionais nos quais se d sua atividade docente.

A possibilidade de construo de uma sociedade democrtica depende da garantia da plena participao social. Nessa perspectiva FERNANDES afirma que:

a transformao da educao possibilitar a definio de princpios ticos, polticos e metodolgicos - como norteadores de um modelo educacional marcado pela ao social que ir se contrapor lgica educacional dominante.

Desta forma, no cabem as necessidades de uma sociedade democrtica, uma educao que tenha a funo de reproduzir estruturas, relaes e valores, que no esteja atrelada s aspiraes democrticas indispensveis para configur-la como um dos fatores dinmicos na evoluo da histria da sociedade.

No mundo ps-moderno contemporneo, a sociedade exige sujeitos com as competncias, habilidades e saberes, a saber: iniciativa e autonomia sujeitos dinmicos e criativos, que agem e pensam por si mesmos; que seja cooperativo interao construtiva com outros "parceiros" a fim de atingirem os mesmos objetivos; que trabalhe em grupo com capacidade de interagir nos diversos contextos; formao mtua disposio de aprender com pares; avaliao continua durante todo o processo produtivo; com boa comunicao oral, escrita, cintica e grfica, que saiba ouvir, ler e compreender corretamente as mensagens recebidas; com capacidade de raciocnio produo de argumentos lgicos, indutivos e dedutivos, com capacidade de abstrao a partir de dados concretos; capacidade para resoluo de problemas; prontido para tomada de deciso; decomposio do multiculturalismo; competncia para obter e processar informaes; com domnios de tcnicas e disposio para planejar.

4 DISCORRENDO SOBRE A CARACTERIZAO DOS CURSOS NO CAMPUS DE FRUTAL

Pblico Alvo comum a todos os Cursos: Aluno com Ensino Mdio Completo ou em Curso Superior que busca uma segunda habilitao e que demonstrem interesse pelo Curso.

1 - CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM PRODUO SUCROALCOOLEIRA

rea Profissional: Indstria de Transformao

OBJETIVOS:

O Curso de Tecnologia em Produo Sucroalcooleira tem por objetivoa formao de profissionais capacitados a atender s tendncias tecnolgicas da regio, do Estado e do Pas, em consonncia com as demandas dos setores produtivos do acar e do lcool. Os profissionais formados possuiro slida formao geral com base tecnolgica, qualificados para coordenar trabalhos multidisciplinares, com a necessria especificao que lhes possibilite desempenhar diversas atividades, prevenir e solucionar problemas industriais.

Os tecnlogos em Produo Sucroalcooleira so capacitados a projetar, avaliar e gerir sistemas industriais de acar e lcool, de produo economicamente viveis, socialmente justas e ecologicamente sustentveis, trabalhando para melhorar a qualidade do meio ambiente, promovendo a implantao de sistemas de gesto capazes de reduzirem ricos e impactos e otimizar a utilizao de recursos, desempenhando com competncia as atividades de diagnstico, avaliao e prognstico, planejamento e interveno em complexos industriais do setor sucroalcooleiro. O curso objetiva, tambm, a formao de profissionais capazes de Inovar, atravs de abordagens mais criativas, na busca de solues e no desenvolvimento de novas tecnologias.

O curso tem como objetivos especficos a formao que esteja sintonizada com as mudanas no mercado de produtos do setor sucroalcooleiro, visando atingir quatro grandes objetivos:

proporcionar uma viso moderna sobre os processos da indstria de cana e seus derivados, com especial ateno para a absoro da produo regional;

desenvolver conhecimentos ligados a diversas reas de conhecimento relativos produo Sucroalcooleira;

contribuir para a formao de recursos humanos qualificados, que possam permitir um melhor entendimento dos fenmenos fsico-qumico, biolgicos e qumicos, decorrentes do processamento e armazenamento dos produtos da indstria da cana e seus derivados;

formar profissionais aptos a atender a demanda de mo-de-obra especializada, necessria ao funcionamento e ao crescimento da indstria da cana-de-acar em Frutal e Regio.

2 CURSO DE CINCIA E TECNOLOGIA DE LATICNIOS

rea Profissional: Indstria de alimentos

Objetivos Gerais:

O curso de Cincia e Tecnologia de Laticnios tem como objetivo formar profissionais para atuao em pesquisas, gesto, controle de qualidade, gerenciamento, administrao de indstrias de laticnios, uso e desenvolvimento de tecnologias de produtos lcteos.

Objetivos Especficos:

Proporcionar estudos sobre os processos de indstria de laticnios.

Compreenso da dinmica do processo produtivo e sua interao com o contexto social, econmico e cultural da regio; dos fenmenos fsico-qumicos, microbiolgicos, bioqumicos decorrentes do processamento e armazenamento dos produtos da indstria do leite e seus derivados.

Desenvolver novos produtos e tecnologias relacionadas rea de laticnios.

Atuar em programas de garantia de qualidade de acordo com a legislao e as normas vigentes.

Formar profissionais aptos a atender a demanda de mo-de-obra especializada das indstrias em Frutal e regio.

3 - SISTEMAS DE INFORMAO

OBJETIVOS

O curso de sistemas de Informao tem como objetivo formar profissionais da rea da Computao e Informtica para a atuao em pesquisas, gesto, uso e desenvolvimento de tecnologias. Segue abaixo uma descrio dos objetivos gerais e especficos do curso de Bacharelado em Sistemas de Informao

Objetivos Gerais:

Domnio de novas tecnologias da informao e gesto da rea de Sistemas de Informao;

Conhecimento e emprego de modelos associados ao uso de novas tecnologias da informao;

Conhecimento e emprego de modelos associados a diagnsticos, planejamento e avaliao de projetos de sistemas de informao aplicados nas organizaes;

Viso humanstica sobre o impacto de sua atuao profissional na sociedade e organizaes;

Objetivos Especficos:

Desenvolvimento de Sistemas de Informao: Neste caso, poder desempenhar os papis de analistas de sistemas, programador de sistemas, gerente de desenvolvimento de sistemas de informao, gerente de projetos de informao etc;

Atuar na infra-estrutura de tecnologia de informao: Desempenhar funes como analista de suporte, administrador de banco de dados, gerente de redes de computadores, gerente de tecnologia de informao etc;

Atuar na gesto de Sistemas de informao: O bacharel poder atuar como gerente de sistemas de informao, consultor em gesto de sistemas de informao etc;

4 CURSO DE GEOGRAFIA

OBJETIVOS:

O objetivo fundamental do Curso de Licenciatura em Geografia da UEMG, Campus de Frutal o de oferecer uma formao ao licenciado para capacit-lo a desempenhar sua habilitao com tica, eficincia e criticidade no ensino fundamental e mdio, alm de realizar pesquisas na docncia e pesquisas acadmicas, a fim de proporcionar aos discentes a vivncia da prtica com relao s teorias visualizadas em salas de aula.

fundamentos tericos e metodolgicos da cincia geogrfica

Os fundamentos tericos e metodolgicos da cincia geogrfica consistem nas relaes entre a teoria e a prtica a fim de promover articulaes entre a realidade analisada com as categorias e conceitos bsicos. A partir do entendimento e das relaes dos pressupostos tericos que sustentam a Geografia torna-se possvel realizar e fundamentar as anlises dos espaos geogrficos por meio de observao, descrio e organizao de dados e informaes.

CONHECIMENTO TCNICO E SUA APLICAO

Os alunos do Curso de Licenciatura em Geografia devem possuir conhecimento tcnico para que sejam aplicados no exerccio de sua funo profissional enquanto professores do ensino fundamental e mdio.

Elaborar e utilizar mtodos, tcnicas e instrumentos de planejamento, anlise, diagnstico e avaliao adequados ao trabalho docente;

Compreender, analisar, produzir e interpretar representaes cartogrficas, dados icnogrficos (imagens figuras) e estatsticos dispostos em grficos e tabelas;

Conhecer, elaborar e utilizar recursos didticos, tcnicas e mtodos apropriados para prtica educativa no que se refere aos conhecimentos e saberes da Geografia.

Analisar, estabelecer relaes e compreender as disparidades e diversos outros aspectos ligados realidade seja qual for a escala de anlise (local, regional, etc), por meio dos indicadores scio-econmicos.

Analisar, intervir na resoluo de situaes-problemas e justificar as decises tomadas.

VALORES PROFISSIONAIS, ATITUDES, COMPORTAMENTO E TICA

O profissional formado pelo Curso de Licenciatura em Geografia deve respeitar as diversidades culturais, sociais, polticas dentre outras e assim garantir o aprendizado de seus alunos que um direito e um dever estabelecido por lei.

5 CURSO DE COMUNICAO SOCIAL

O curso de Comunicao Social oferecido com uma seqncia equilibrada de contedos curriculares e acompanhamento da formao. Na oferta, consideramos uma seqncia lgica e harmnica, visando flexibilidade de caminhos alternativos.

A UEMG Campus de Frutal oferece duas habilitaes no Curso de Comunicao Social Bacharelado: Jornalismo e Publicidade e Propaganda. O vestibular nico, para as duas habilitaes, sendo que no incio do quinto perodo o aluno faz a opo para qual das duas habilitaes ele prossegue seus estudos.

PERFIL ESPECFICO POR HABILITAO

JORNALISMO:

O perfil do egresso em Jornalismo se caracteriza:

1. pela produo de informaes relacionadas a fatos, circunstncias e contextos do momento presente;

2. pelo exerccio da objetividade na apurao, interpretao, registro e divulgao dos fatos sociais;

3. pelo exerccio da traduo e disseminao de informaes de modo a qualificar o senso comum;

4. pelo exerccio de relaes com outras reas sociais, culturais e econmicas com as quais o jornalismo faz interface.

PUBLICIDADE E PROPAGANDA

O perfil do egresso em Publicidade e Propaganda se caracteriza:

pelo conhecimento e domnio de tcnicas e instrumentos necessrios para a proposio e execuo de solues de comunicao eficazes para os objetivos de mercado, de negcios de anunciantes e institucionais;

pela traduo em objetivos e procedimentos de comunicao apropriados os objetivos institucionais, empresariais e mercadolgicos;

pelo planejamento, criao, produo, difuso e gesto da comunicao publicitria, de aes promocionais e de incentivo, eventos e patrocnio, atividades de marketing, venda pessoal, design de embalagens e de identidade corporativa, e de assessoria publicitria de informao.

COMPETNCIAS E HABILIDADES

Assim como os perfis dos egressos, organizados em uma parte geral comum e uma parte especfica por habilitao, as competncias e habilidades tambm comportam dois nveis, um geral para todas as profisses e formaes do campo da Comunicao Social e um especializado por habilitao.

Gerais:

As competncias e habilidades gerais para os diferentes perfis so as seguintes:

assimilar criticamente conceitos que permitam a apreenso de teorias;

usar tais conceitos e teorias em anlises crticas da realidade;

posicionar-se de modo tico-poltico;

dominar as linguagens habitualmente usadas nos processos de comunicao, nas dimenses de criao, de produo, de interpretao e da tcnica;

experimentar e inovar no uso destas linguagens;

refletir criticamente sobre as prticas profissionais no campo da Comunicao;

ter competncia no uso da lngua nacional para escrita e interpretao de textos gerais e especializados na rea.

ESPECFICAS POR HABILITAO:

Alm das competncias e habilidades gerais acima referidas, h que se promover o desenvolvimento de competncias especficas.

JORNALISMO:

- registrar fatos jornalsticos, apurando, interpretando, editando e transformando-os em notcias e reportagens;

- interpretar, explicar e contextualizar informaes;

- investigar informaes, produzir textos e mensagens jornalsticas com clareza e correo e edit-los em espao e perodo de tempo limitados;

- formular pautas e planejar coberturas jornalsticas;

- formular questes e conduzir entrevistas;

- relacionar-se com fontes de informao de qualquer natureza;

- trabalhar em equipe com profissionais da rea;

- compreender e saber sistematizar e organizar os processos de produo jornalstica;

- desenvolver, planejar, propor, executar e avaliar projetos na rea de comunicao jornalstica;

- avaliar criticamente produtos, prticas e empreendimentos jornalsticos;

- compreender os processos envolvidos na recepo de mensagens jornalsticas e seus impactos sobre os diversos setores da sociedade;

- buscar a verdade jornalstica, com postura tica e compromisso com a cidadania;

- dominar a lngua nacional e as estruturas narrativas e expositivas aplicveis s mensagens jornalsticas, abrangendo-se leitura, compreenso, interpretao e redao;

- dominar a linguagem jornalstica apropriada aos diferentes meios e modalidades tecnolgicas de comunicao;

PUBLICIDADE E PROPAGANDA:

- ordenar as informaes conhecidas e fazer diagnstico da situao dos clientes;

- realizar pesquisas de consumo, de motivao, de concorrncia, de argumentos etc;

- definir objetivos e estratgias de comunicao como solues para problemas de mercado e institucionais dos anunciantes;

- conceber meios de avaliar e corrigir resultados de programas estabelecidos;

- executar e orientar o trabalho de criao e produo de campanhas de propaganda em veculos impressos, eletrnicos e digitais;

- realizar e interpretar pesquisas de criao como subsdio para a preparao de campanhas publicitrias;

- dominar linguagens e competncias estticas e tcnicas para criar, orientar e julgar materiais de comunicao pertinentes a suas atividades;

- planejar, executar e administrar campanhas de comunicao com o mercado, envolvendo o uso da propaganda e de outras formas de comunicao, como a promoo de vendas, o merchandising e o marketing direto;

- identificar e analisar as rpidas mudanas econmicas e sociais em escala global e nacional que influem no ambiente empresarial;

- identificar a responsabilidade social da profisso, mantendo os compromissos ticos estabelecidos;

- assimilar criticamente conceitos que permitam a compreenso das prticas e teorias referentes publicidade e propaganda.

6 CURSO DE DIREITO

A concepo do Curso de Direito da UEMG - Unidade de Frutal apia-se na viso de que o Direito tem dois objetivos principais: organizar a sociedade e administrar conflitos. Todavia, ambas as tarefas, so exercidas com base no personalismo tico e em uma concepo que reconhea o valor do indivduo, afastando toda e qualquer possibilidade que desvalorize o ser humano, ao mesmo tempo em que ressalta a responsabilidade social da pessoa humana e limita a autonomia privada.

A partir dessa concepo do fenmeno jurdico, o ensino do Direito deve pautar-se na apreenso de conhecimentos tcnicos que garantam ao profissional formado a capacidade de resolver conflitos com base nas leis, ou at mesmo auxiliar na concepo das mesmas que atendam a tal desiderato, sem descurar de ter sempre em mente que a ordem jurdica no legtima se no almejar o ideal de Justia.

Por tal motivo, o currculo dever contemplar alm das reas ditas Privadas, com carter eminentemente social, tambm as Pblicas, com um enfoque para as vicissitudes, carncias e peculiaridades locais.

MISSO:

Contribuir na construo de uma sociedade mais justa, tica e solidria, inserindo no mercado de trabalho profissionais competentes e compromissados com a carreira jurdica em beneficio da humanidade.

VISO:

Ser reconhecido na cidade e regio como centro de excelncia, possibilitado a transmisso e a produo do conhecimento jurdico, com postura critica e tica.

OBJETIVOS DO CURSO

Objetivo Geral:

Promover uma formao geral, profissional e humanstica que permita slido conhecimento dos aportes tericos e prticos, levando em considerao os aspectos regionais, poltico-econmicos, culturais que permeiam a vocao do curso. Desenvolver aptides e habilidades em observncia aos ideais de justia, despertando a capacidade de inserir-se nos processos de transformao da sociedade e de responder s prementes demandas sociais.

Objetivos Especficos:

Possibilitar a construo de um aprendizado que dimensiona o ensino, a pesquisa e a extenso como formas de elaborao e reflexo ativa do saber que emerge da realidade, formando no acadmico a habilidade de compreender e identificar solues contextualizadas a partir de sua interveno na realidade;

Propiciar o desenvolvimento do aprendizado consciente, onde a estratgia metodolgica aliada ao senso tico proporcione a compreenso do Direito como fenmeno social, afastado, pois, da viso eminentemente dogmtica, despertando no acadmico uma postura crtico-reflexivo sobre a realidade social e os valores do seu tempo e, capacitando-o aplicao do conhecimento jurdico nas diversas e inusitadas situaes reais, sem descuidar da capacidade tcnica para a preveno e soluo extrajudicial dos conflitos.

7 - CURSO DE ADMINISTRAO

Uma concepo do curso de Administrao exige que se team consideraes sobre o sentido da expresso-ttulo, em que se evidencia a contribuio semntica de cada elemento para o sentido global. Conceituar, portanto "administrao", "empresa" e "negcios" delinear o perfil do curso proposto. "Adminstrao" que, etimologicamente (ad-ministro, avi, atum, are) significa " ajudar em alguma coisa", "servir algum", ocupar-se de', "tomar conta', como atividade de cooperao humana,existe desde os primrdios da civilizao, quando se exercitava a arte de administrar, buscando-se a melhor maneira de resolver os problemas prticos da organizao econmico-financeira da comunidade familiar, das instituies pblicas e particulares.

No entanto, o estudo cientfico da "administrao", a construo de mtodos e instrumentos para uma administrao sistemtica e organizada o mais recente.

Atualmente, h uma interao muito grande entre a Administrao e as Cincias Sociais, particularmente o Direito, as Cincias Polticas, e a Economia, a Sociologia, a Psicologia Social, e a Antropologia. Assim, sob impacto das Cincias Sociais, a Administrao envolve-se de engenharia humana, enfatizando a execuo racional e sistemtica dos negcios, na vida cotidiana. nesse sentido que se justifica uma formao acadmica especfica para o administrador.

A contribuio do sentido da palavra "Empresa" configura "os empreendimentos para a realizao de um objetivo", "organizaes produtoras de bens", focalizados sob o aspecto de certo fechamento (prehendere), que, seguida pela palavra "Negcios", "trato mercantil", " comercializao",toma a conotao de abertura aos contratos e ajustes das transaes comerciais.

O nome do Curso constitui-se, portanto, da sntese de suas caractersticas, autodefinindo-se como "um curso superior para formar administradores, dirigentes de organizaes produtoras de bens econmicos para fins de comercializao"

Assim, o curso de Administrao tem como finalidade formar profissionais aptos para a sua insero no setor profissional e para a participao no desenvolvimento da sociedade brasileira, como cidado livre, solidrio e auto-realizado.

OBJETIVOS:

Contribuir para o aprimoramento da formao do futuro administrador, como cidado e profissional, para que colabore na elevao das condies de vida em sociedade;

Preparar profissionais com a formao tcnica e humana para o exerccio das atividades voltadas para a Administrao de bens e servios em um contexto local e global.

5 - COMO O PROFESSOR VAI FORMAR O NOVO SUJEITO SOCIAL?

Face s mudanas sociais, discutem-se amplamente mudanas educacionais: surgem novas necessidades sobre o trabalho docente, e conseqentemente, novo desafios, suscitando questionamentos sobre a formao de professores. Essa discusso indica que os cursos de formao de professores nos modelos que esto sendo desenvolvidos no atendem efetivamente s novas necessidades sociais, assim, a prtica pedaggica caracteriza-se como fonte de conhecimento e geradora de novos conhecimentos. Nessa perspectivas a prtica pedaggica desdobra-se em novas competncias e habilidades, como aes necessrias para que o professor possa desenvolver o seu trabalho nos moldes de ensino que a sociedade necessita nos dias atuais.

Ao exigirem-se novas competncias pedaggicas, seja em aperfeioamento de recursos humanos seja de capacitao de servios aos profissionais da educao, deve-se proporcionar a instrumentao para que o professor construa uma prtica pedaggica reflexiva, crtica e criativa, que favorea sua participao direta na elaborao e/ou na re-elaborao do saber e no acelerado desenvolvimento tecnolgico. Nesse contexto, o professor dever programar estratgias sua prtica e a sua formao a fim de viver e saber conviver com as diversas mudanas que ocorrem nos contextos sociais e educacionais. Desta forma, APPLE afirma que:

O reconhecimento de: ...que mudanas no currculo e na Pedagogia precisam estar acompanhadas de alteraes de poder na escola, nas relaes entre a administrao central do sistema e os professores e entre as escolas e a comunidade local.

Essas mudanas exigem que os professores entendam que o conhecimento hoje se apresenta de forma diferente, logo, as prticas educativas para serem significativas devem estar aliceradas na histria de acordo com os conflitos prvios. Nesse contexto, APPLE considera que:

A educao uma arena de diferentes grupos, com diferentes vises polticas, sociais e econmicas, que tentam definir quais devero ser os meios e os fins de uma sociedade, a partir da produo de conflitos ideologicamente construdos.

CAPTULO II

1 - PROFESSOR REFLEXIVO NOVA REALIDADE

O que preciso Saber para Ensinar? J dizia GAUTHIER:

a ao de ensinar constitui o professor, sendo assim, compreender como uma pessoa vai se tornando professor relaciona-se com o trabalho de ensinar, atividade que sintetiza o aprendizado desse sujeito.

Quando falo em implementar estratgias, penso que os professores "reflexivos"tm que aprender a utilizarem-se dos mesmos recursos utilizados na prtica de uma educao repetitiva conservadora, em uma atividade desafiadora e reflexiva, para tornar mais clara as realidades que eles, professores e estudantes, experimentam e constroem no cotidiano.

Nesse contexto, os professores tm que se apropriarem dos conhecimentos e das prticas j existentes, transformando-as para mostrar possibilidades de interpretaes alternativas, ou opostas de mundo, uma vez que os Professores reflexivos e crticos preocupam-se com a educao democrtica e cumprem o seu papel social e poltico de intervir para minimizar as contradies presentes nos mais diversos contextos.

Nessa nova prtica pedaggica o professor deve construir o seu caminho frente ao seu desenvolvimento pessoal e profissional, a fim de proporcionar uma integrao entre os alunos, os professores e a gesto que se fundamente na busca, na descoberta, na comparao, na anlise e na organizao do conhecimento, a fim de proporcionar a todos os participantes desse processo o incentivo a critica, a co-responsabilidade no processo ensino-aprendizagem, a sua prpria autonomia, a partir do relacionamento crtico entre os conhecimentos, as cincias, os hbitos e os valores do momento social em que estamos vivendo.

Os movimentos histricos, sociais e polticos exigem nova operacionalidade de pensamento - obteno de outros conhecimentos, de competncias e habilidades alm da formao de atitudes frente aos novos conhecimentos construdos. O individuo deve apropriar-se do conhecimento e aplic-lo nas situaes prprias do seu cotidiano. Torna-se necessrio que o professor busque a unio da teoria com a prtica, para a construo de sua pratica docente individual e coletiva, a fim de alicerar nessas aes a construo de seu saber fazer.

Nesse contexto, professor deve afastar-se da racionalidade tecnocrata imposta a ele durante a sua formao inicial e criar espaos para desenvolver suas habilidades cognitivas, afetivas e sociais, haja vista que ao alargar os limites impostos pela sua formao inicial o professor abranger a sociedade na sua totalidade numa constante busca sobre a sua prtica.

Dessa forma, o professor reflexivo est sempre questionando sobre o seu saber o seu conhecimento; sobre o seu fazer teoricamente; e sobre o seu saber fazer que sujeito ele quer formar.

Essa competncia pedaggica nasce sobre a reflexo da prpria prtica do professor num movimento que a ao o agir; a reflexo o refletir; e a ao que direciona uma nova ao, melhorando assim, a sua prtica. Nessa relao, observa-se que o professor no desvincula o agir e o pensar, visto que a relao entre a atuao e o pensamento do professor, implica a utilizao da reflexo como um processo de unio entre o agir e o pensar - entre a teoria e a prtica.

O professor reflexivo deve propiciar condies para que ele desenvolva uma prtica transformadora capaz de formar alunos conscientes, crticos, com capacidade para investigar, e autonomia para encontrar as suas prprias respostas. Nesse contexto, o professor deve quebrar com as suas cristalizaes instaladas na sua formao inicial, para buscar outros conhecimentos na realidade em que est inserido. Mudar as aes do professor, a partir de um outro pensar sobre a formao inicial e contnua, me leva a considerar PIMENTA que afirma que os cursos de formao inicial desenvolvem :

... um currculo formal com contedos e atividades de estgios distanciados da realidade das escolas, numa perspectiva burocrtica e cartorial que no d conta de captar as contradies presentes na prtica social de educar e que pouco tem contribudo para gestar uma nova uma nova identidade do profissional docente.

A formao inicial dos professores uma preparao formal, na qual o formando adquire conhecimentos pedaggicos atravs de disciplinas acadmicas. Segundo PIMENTA esses cursos de formao pouco tm modificado a prtica docente, haja vista que os mesmos no utilizam a prtica docente e pedaggica nos seus contextos. Assim, servem apenas para ilustrar individualmente o professor medida que no possibilita a articulao e a traduo de novos saberes em novas prticas.

O ensino como prtica social deve proporcionar uma compreenso do ensino como prtica social a partir das necessidades e desafios que se apresentam no cotidiano dos professores, a fim de que ao investigarem sua prpria atividade, constituam e transformem os seus saberes docentes, num processo contnuo de reconstruo da identidade do profissional.

Aliados aos saberes acadmicos, os saberes prticos apontam para a arte de aprender sobre a tcnica e o "oficio" do ensino. Sobre esse aspecto ZEICHNER afirma que para:

... se referir crena segundo a qual as experincias prticas em escolas contribuem necessariamente para formar melhores professores, acredita-se que algum tempo de prtica melhor que nenhum, e que quanto mais tempo se dedicar s experincias prticas melhor ser.

As novas aes das prticas educativas apontam novos caminhos na formao de professores, e se representam como um dos seus aspectos os saberes docentes: da experincia, do conhecimento e dos saberes pedaggicos. Mobilizar os saberes da experincia implica mediar o processo de const

A FORMAO DO DOCENTE NO ENSINO SUPERIOR - QUE ATUA NA UEMG UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS - CAMPUS DE FRUTAL

Por: NUNES A.L.P.F

Perfil do Autor


NUNES A.L.P.F.

PS GRADUADA EM PEDAGOGIA - ADMINISTRAO ESCOLAR

GRADUADA EM ADMINISTRAO DE EMPRESAS (Artigonal SC #3415962)

Fonte do Artigo - http://www.artigonal.com/ensino-superior-artigos/a-formacao-do-docente-no-ensino-superior-que-atua-na-uemg-universidade-do-estado-de-minas-gerais-campus-de-frutal-3415962.html
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