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A forte presença da cultura de violência motivada pela ausência de uma cultura de paz

A FORTE PRESENA DA CULTURA DE VIOLNCIA MOTIVADA PELA AUSNCIA DE UMA CULTURA DE PAZ


Antoniel Campos Oliveira*

Resumo

Este artigo trata da ausncia da cultura de paz e da forte presena da cultura de violncia na vida das pessoas, dividido em trs aspectos, a cultura de paz onde a conceitua de maneira mais profunda e mais profcua em seguida se demonstra o quanto cultura de violncia exerce influncia no comportamento das pessoas levando-as a se comportar de maneira violenta, depois se mostra a necessidade de desconstruir a cultura de violncia e construir uma cultura de paz. Busca-se tambm provocar uma reflexo no quanto a violncia tem crescido motivado pela ausncia de paz nas diversas dimenses da vida humana.


Palavras Chave: Cultura de violncia, cultura de paz, desconstruo, construo

INTRODUO

Paz no algo inerte, nem passivo, muito menos tranqilo, a Paz puro movimento, um processo incessante de construo revoluo interior puro dinamismo. Muito tem se falado em paz nos ltimos tempos como uma necessidade de vida, uma sada para uma situao aflitiva que parece no ter sada. Para muitos a Paz representa tranqilidade, inrcia, passividade.

Este artigo tenta chamar ateno das pessoas para o aumento crescente da violncia motivado pela ausncia de uma Cultura de Paz nos diversos nveis, paz individual, paz social, paz nas escolas, paz no trnsito. Fomentar a Cultura de Paz nas escolas, reforar a Cultura de Paz nas pessoas, a fim de que elas descubram a paz que existe dentro de cada ser, estimular campanhas de Cultura de Paz no trnsito, so propostas possveis de construo da cultura de paz e conseqentemente desconstruo da cultura de violncia.

Por que as pessoas se envolvem mais com a cultura de violncia do que com a cultura de paz? Essa uma questo importante que o presente artigo tenta responder ela o cerne de todo o trabalho. A maioria das atitudes de cada pessoa, parte inicialmente de uma reao violenta influenciada pela mdia, pela internet, jogos, etc. Enfim se for modificada a qualidade da informao, incentivando a cultura de paz em todos os campos da vida humana, a realidade poder ser mudada de forma eficaz.

Diante da onda de violncia que vive o mundo, torna-se necessrio um novo olhar no futuro que modifique os caminhos da sociedade e esse processo perpassa pela construo de uma sociedade mais fraterna, que coloque um basta na situao insustentvel em que ela se encontra.

O presente artigo trata de um estudo bibliogrfico, exploratrio, descritivo, numa abordagem qualitativa, que teve como objetivo descrever e citar as contribuies dos autores quanto temtica.

2. CULTURA DE PAZ

Muito tem se falado em paz nos ltimos tempos como uma necessidade de vida, uma sada para uma situao aflitiva que parece no ter sada. Mas o que realmente a Paz?

Para muitos a Paz representa tranqilidade, inrcia, passividade, cujo smbolo mais associado a ela uma pomba com um ramo de flor no bico, entretanto para outros a Paz ausncia de conflito, ausncia de guerras, enfim ausncia de violncia, outros procuram a paz em algum lugar, ou que ela um elemento isolado.

A Paz no algo inerte, nem passivo, muito menos tranqilo, a Paz puro movimento, um processo incessante de construo revoluo interior puro dinamismo, como afirma o professor Rohden (1988 p.207): "a Paz no representa um estado de passividade e inrcia, mas uma conquista, uma vitria altamente dinmica".

A Paz no s ausncia de conflitos ou ausncia de guerras, porque pode no haver o conflito ou a guerra e o homem ter dentro de si a nascente da violncia que ir produzir outros tipos de violncia, porque o conflito e a guerra so apenas um tipo de manifestao da violncia, o que prova que Paz ao e transformao das fontes geradoras de violncia para fontes geradoras de Paz como afirma Gilberto Gil (1994 faixa7): "a Paz fez o mar da revoluo invadir meu destino a Paz como aquela grande exploso uma bomba sobre o Japo fez nascer o Japo da Paz".

A paz reconhecida no somente como a ausncia de conflitos, mas como um processo positivo, dinmico e participativo em que se promove o dilogo e a soluo dos conflitos em um esprito de entendimento e cooperao mtuos. Acultura de paz definida como um conjunto de valores, atitudes, tradies, comportamentos e estilos de vida baseados no respeito pleno vida e na promoo dos direitos humanos e das liberdades fundamentais, propiciando o fomento da paz entre as pessoas, os grupos e as naes (Declarao sobre uma Cultura de Paz, ONU, 1999, ARTIGOS 1 e 2).

Desta forma a Paz mostra o seu poder de transformar e abalar as estruturas do ser modificando-o em todos os sentidos, assim se conhece a fora da Paz e no a Paz pela fora. Como afirma o professor Nunes (2002, p.14): "no estamos habituados a experincia do convvio com o poder da fora da Paz. O que conhecemos a Paz pela fora".

A humanidade e, sobretudo o homem moderno nada conhece ou sabe pouco sobre paz apresenta-se apenas um conhecimento superficial inconsistente e principalmente conhece pouco de si mesmo, para entender que tanto as potncias de paz quanto as nascentes da violncia reside h muito tempo nas profundezas do seu ser. Sobre isso vejamos o que diz o professor Rohden (1988 p.205): "O nosso ego humano nada sabe de paz, s conhece a guerra a guerra quente nos campos de batalha, ou ento a guerra fria do armistcio nos parlamentos".

Com efeito, a maioria das pessoas infelizmente est muito distante da cultura de paz, cultura enquanto conjunto de caractersticas humanas que no so inatas, e que se criam e se preservam ou se aprimoram atravs da comunicao e cooperao entre indivduos em sociedade (AURLIO 2001). Isso deve ser cultivado nos relacionamentos interpessoais.

Para essas pessoas a paz vista e sentida como algum que mora num pas bem distante numa avenida potica de uma cidade chamada filosofia, ou ainda que ela deva ser de responsabilidade de alguma instituio internacional que ela est ligada a algum segmento religioso.

Diante disso quem sabe um dia no muito distante se consiga aprender o conceito de paz no pela acepo da palavra mais no completo entendimento profundo que ela representa como manifestao de um comportamento e que ela produza uma mudana consubstancial no comportamento que regido pela violncia, e passe a ser regido pela paz tendo a cultura e o meio social como fatores importantes na construo da nossa personalidade, sendo esse ponto um dos que as teorias psicolgicas convergem cultura influenciam na construo da personalidade humana.

3. CULTURA DE VIOLNCIA

A cultura de violncia est presente na sociedade desde os tempos mais remotos onde aconteceram inmeras guerras, sobre os mais variados pretextos inclusive guerras religiosas como as guerras dentro do cristianismo onde durante muito tempo se matou em nome de Deus. E nos tempos atuais ainda ocorrem vrias guerras de toda ordem, seja nos campos de batalha, seja nas cidades, nas periferias, em muitos lugares parece haver uma fonte inesgotvel de violncia.

Algumas teorias psicolgicas admitem o ambiente e a cultura como fatores importantes na constituio dos sujeitos principalmente no que diz respeito ao seu comportamento e subjetividade. Contudo a psicologia scio-histrica a que melhor se apresenta para a fundamentao desse captulo no presente artigo, pois, concebe o fenmeno psicolgico, entre outros fatores, como uma condio social, econmica e cultural em que vivem os homens.

A humanidade vem se constituindo dentro da cultura de violncia desde os tempos bblicos da era de Moiss que instituiu a Lei do Taleo (olho por olho, dente por dente, que pressupe que se algum agredir a outrem, esse algum poder agredir o outro da mesma forma que foi agredido), isso cultura de violncia, culturalmente se aprende que existem os fortes e os fracos, os que mandam e os que obedecem, os que so oprimidos e os que oprimem, vive-se num mundo onde a cultura de violncia, na maioria das vezes, o modo de viver em sociedade.

As crianas j crescem sendo influenciadas pela cultura de violncia, as msicas cantadas para nin-las todas so cultura de violncia, atirei o pau no gato, mas o gato no morreu; sambalel t doente t com a cabea quebrada; nana nenm que a cuca vai pegar; o cravo brigou com a rosa etc. A programao televisiva infantil apresenta contedos de cultura de violncia os desenhos animados so sempre voltados para as batalhas ditas "entre o bem e mau" onde acontecem sempre mortes violentas. A internet oferece jogos violentos que para passar de fase preciso matar bastante, de outra forma so corridas de carro e motos que estimulam a imprudncia e a alta velocidade despertando assim a violncia no trnsito.

Nas escolas estudam-se as grandes guerras do mundo os heris que so heris para os que vencem porque para os que perdem so assassinos cruis que dizimaram milhares de pessoas. Mas no se estudam os fautores da paz, os legtimos representantes e construtores da cultura de paz.

Quando se encontra algum que muito bom naquilo que faz diz-se: fulano o bicho, a estrutura do futebol toda constituda em cultura de violncia, ou seja, existe a defesa e o ataque os jogadores do meio de campo se dividem em meio de campo defensores e meio de campo atacantes os jogadores que so responsveis por fazerem os gols so chamados de artilheiro e de matador, as manifestaes das torcidas em campo so considerados gritos de guerra ( l, l l, l fulano vem ai, o bicho vai pegar) quando se faz boa prova no vestibular fala-se que fulano brocou a prova, beltrano botou para quebrar, em outros tempos quando se queria comunicar-se com algum se mandava cartas ou bilhetes ou telefonava-se para a pessoa desejada, hoje se manda um "torpedo".

Geralmente os pais educam os filhos tambm com atitudes violentas quando optam por educ-los com a famosa "psicologia do chinelo ou do cinto", a criana entende que se o pai maior pode agredi-la, ento, quando encontrar algum menor poder agredir o outro. Desta forma a cultura de violncia vai se instalando no comportamento das pessoas sem falar na condio econmica, educacional e social que tambm fator gerador de violncia.

Existem dois tipos de pessoas violentas as que praticam a violncia concretizada pela ao, aqueles cujo controle das atitudes no mais existe, pois se trata muitas vezes como uma atitude "normal", e aqueles que desejariam praticar um ato de violncia mais so contidos pela possibilidade de arcar de forma legal (priso, responder a processo criminal etc.), ou pelo medo do castigo divino caracterizado pelo imaginrio judaico-cristo entre outros. Desta maneira a violncia se manifesta de formas variadas nesses sujeitos.

Com efeito, as influncias culturais contribuem consubstancialmente na formao da personalidade, conforme Vigotski afirma o que ocorre no plano interpessoal passa para o plano intrapessoal. Ou seja, a criana internaliza o que aprendeu nas relaes interpessoais (BONIN, 1998).

A Psicologia scio-histrica apresenta uma perspectiva satisfatria na fundamentao dessa proposta at aqui levantada nesse artigo, porque mostra que o "eu" construdo na vida social e que esta constitui as atividades e habilidades dos sujeitos na sua vida emocional, motivacional e cognitiva (BONIN, 1998).

4. DESCONSTRUO DA CULTURA DE VIOLNCIA E CONSTRUO DA CULTURA DE PAZ

Diante do exposto at aqui, cabe apresentar algumas hipteses possveis para o problema levantado, conforme visto anteriormente quanto cultura de violncia sob a roupagem da influncia pode conduzir o comportamento despertando e fazendo transbordar as nascentes violentas do homem.

As dificuldades existentes no dia-a-dia, a onda de violncia, a intolerncia que se faz presente cada vez mais de forma constante nas atitudes do homem, a facilidade com que se admite uma atitude violenta como primeira atitude em um conflito, a banalizao da violncia constante parece ser to "normal" que exige uma reflexo no mnimo necessria e lcida. O que fazer diante de uma situao to catica e desesperadora? Como construir uma nova forma que responda a perguntas sem respostas diante da falncia de tantas outras formas que deram em nada?

O primeiro passo ser desconstruir o paradigma da violncia, da ineficcia e da acomodao, da sensao de impotncia que envolve a sociedade, e da to cada vez mais "comum" situao em que se transformou a idia de que se tem que aprender a conviver com a violncia. Faz-se necessrio a construo, como segundo passo, de um novo paradigma, o da cultura de Paz, uma Paz que no ausncia de conflito, ausncia de guerra, de violncia ou algo que esteja num lugar esperando para ser encontrada, mas uma nova forma dinmica e ativa de viver e de ser, e esse processo comea com a construo da Paz interior para que se possa construir um novo amanh onde as geraes futuras vivam com mais segurana e felicidade.

Ao longo do tempo tenta-se conseguir a Paz usando a fora, a violncia contra a violncia em detrimento da Paz, enquanto que nos gabinetes importantes busca-se encontrar a "Paz" em forma de armistcio que uma pseudo Paz. Tenta-se encontrar uma sada para acabar com a violncia, mas todas as tentativas esbarram sempre em uma nova forma de violncia, ou seja: as inmeras campanhas criadas contra a violncia de nada ou quase nada adiantaram porque todas as vezes que se contra algo ou alguma coisa torna-se combativo e, por conseguinte torna-se violento, de outra forma criam-se campanhas antiviolncia que a prpria palavra cujo prefixo anti, quer dizer oposio, contra, logo se torna combativo como atesta o professor Nunes (2002, p.12):

Todas as vezes que algum reage contra, fazendo-se combativo torna-se tambm violento. por isso que, muitas vezes, assistimos na prtica do combate violncia a utilizao da mesma, ou de maior crueldade, do que aquela que se quer combater. "Violncia gera violncia", dizia o apstolo Joo.

Utilizar o combate a violncia ou a antiviolncia como tentativa de resolver o problema da falta de Paz atacar o efeito e no a causa do problema tratar cncer com analgsico, a medida s usada quando a violncia j est presente. A melhor forma de lhe dar com a violncia usar a No-Violncia que a traduo da palavra snscrita Ahimsa que quer dizer que no se deve provocar violncia nem fsica nem verbal nem mental, esta foi uma das armas utilizadas por Gandhi para libertar a ndia do domnio Ingls no a mesma coisa de ser contra a violncia, combater a violncia ou ser antiviolento, assim afirma o professor Nunes (2002 p.13-14):

No-Violncia no deve ser confundida com contra-violncia nem com antiviolncia, to pouco deve ser entendida simplesmente como ausncia de violncia. Da mesma forma que Paz no apenas a ausncia de guerras, assim como, sade no ausncia de doenas, No-Violncia no a ausncia de violncia. Ou melhor, No-Violncia no ausncia de nada, tambm no a neutralidade passiva, sim a presena de uma fora muito poderosa: a fora da Paz.

Para que a Paz se torne possvel preciso que haja uma grande corrente entre todos que desejam modificar a situao que tem se tornado insustentvel, separados so apenas pontos de vista, juntos ser opinio. A construo da Paz no pode estar nas mos apenas de um segmento da sociedade sejam eles polticos, ou governantes, ou religiosos, todos devem estar juntos na construo desse processo, como bem salienta o professor Nunes (2001, p. 71):

A construo da paz somente ser possvel algum dia na face da terra quando a sociedade civil organizada se der as mos, para perceber a importncia de tornar a Paz uma necessidade do presente e no uma esperana do futuro.

A intolerncia e a falta de dilogo um dos grandes entraves para se construir a Paz, preciso aprender a conviver com as diferenas todos tem o direito de pensar diferente de ter sua opinio prpria, mas o foco a meta deve ser a mesma discutir sem se dessentir para aproveitar as contribuies que cada um tem a dar para construir a Paz, a compreenso e a tolerncia so muito importantes nesse processo, assim afirma o professor Nunes (2001, p.72):

A compreenso das diferenas desenvolve a construo da tolerncia. A compreenso e a tolerncia so fundamentais para que haja unio entre os povos e entre as mltiplas diferenas que existem nas sociedades. A compreenso implica na separao do reducionismo radical de opinies e de todo tipo de dogmatismo sectrio. Implica em estar aberto a novas idias, receptivo a novas vises de outras pessoas mesmo que sejam idias e vises diferentes, e ainda assim, ser capaz de desenvolver a condio de faz-las com as suas. Da o importante significado da tolerncia.

Desta forma o professor Nunes (2001) assevera que ao assumir a condio de tolerantes e compreensveis, o ser se coloca como construtor da Paz porque a intolerncia indicio de ausncia de Paz. Assim a Paz torna-se possvel quando se est imbudo do desejo e da realizao de se tornar um multiplicador da cultura da Paz.

Diversos so os fatores que contribuem para a construo de uma cultura de Paz e No-Violncia ativa, mas o primeiro deles est na auto-pacificao, para que haja Paz no mundo preciso que a Paz comece dentro de cada um, ningum pode ser um construtor da Paz social sem antes ser um construtor da sua prpria Paz ningum pode dar o que no tem a Paz do outro depende de mim. Assim se expressa o professor Rodhen (1998, p.206):

A paz social, nacional e internacional depende da paz individual. Enquanto o homem no fizer as pazes consigo mesmo, no pode ter paz com os outros. Todo e qualquer tratado de paz no mundo poltico-social acabar infalivelmente numa guerra quente, nos campos de batalha, ou ento numa guerra fria nos parlamentos. As leis csmicas so de uma lgica retilnea inexorvel: nada h no mundo social que antes no tenha havido no mundo individual.

Outro fator importante para a construo da Paz a educao, mas h que se pensar no tipo de educao que contribuir nessa construo, as escolas esto mais voltadas para a formao do profissional competidor do que para o profissional colaborador as escolas formam profissionais para o trabalho mais no forma seres humanos para a vida. H que se pensar numa nova pedagogia que se volte para a formao do ser como promotor da Paz e no como promotor da violncia dentro de um processo educacional que mais escraviza do que liberta. Desta forma assevera o professor Nunes (2002, p.19):

A prtica consciente de uma pedagogia transformadora dever criar na educao uma nova linguagem que leve o educador a assumir o seu papel no novo contexto de mudanas na sociedade. Uma educao que incorpore os valores humanos, a Paz e No-Violncia e se torne uma prtica militante e amorosa ao mesmo tempo.

Existem diversos campos onde a Paz pode atuar onde a cultura de violncia est presente e a Paz s est presente nas palavras. A Paz Social, a Paz nas escolas, a Paz no trnsito, a Paz ambiental, e a Paz interior. Diversas aes em favor da Paz devem ser realizadas, divulgar a cultura de Paz de forma que as pessoas compreendam o que a Paz na sua essncia e a importncia da convivncia social em Paz onde todos possam respeitar as diferenas e fazer a diferena na construo da cultura de Paz.

Implantar a cultura de Paz nas escolas que s ensinam cultura de violncia, diversas guerras so estudadas os nossos "heris" so heris para ns, porque para os que perderam a guerra eles so assassinos e promotores da violncia. Ento a idia seria colocar a histria dos verdadeiros heris, aqueles que promovem a Paz, os chamados Pacifistas. Equipar as bibliotecas das escolas e as do Municpio com livros e filmes que contam a histria dos pacifistas para que os estudantes conheam quem foram esses promotores da Paz a da No-Violncia como Jesus Cristo, Gandhi, Dalai Lama Madre Tereza de Calcut Chico Xavier Martin Luterking, Steve Bico, Cal Rogers entre outros. Capacitar professores e educadores para que eles possam ensinar a cultura de Paz, como bem assevera o professor Nunes (2002, p.140):

Trata-se de uma abordagem com um contedo trans-disciplinar, que ao mesmo tempo capacita o professor com conhecimentos bsicos e noes fundamentais para ensinar a Paz, como tambm o qualifica a ser um multiplicador, para que o mesmo possa "ensinar a ensinar a Paz". Preparar o educador para que o estudo da Paz nas escolas no seja lecionado de maneira improvisada e superficial.

Ensinar nas escolas as crianas a conhecer o funcionamento do trnsito com contedos de cidadania de educao no trnsito para que elas cresam aprendendo a respeitar o direito dos outros usurios e a serem cordiais, ensinado-as o valor da sua vida e das outras pessoas, fomentando assim uma cultura de Paz no trnsito.

A humanidade vem degradando o planeta de vrias formas seja nas indstrias, seja nos desmatamentos na retirada desordenada de matrias primas do solo, do despejo de materiais que levam centenas de anos para desaparecer. "Na vida tudo que agredido se defende e na defesa se fortalece", afirmava o professor Rodrigues (1985, p.12). Essa lei vem se cumprindo atravs das enchentes das secas dos tufes dos tsunamis etc. Isso representa ausncia de uma cultura de Paz ambiental onde o ser no reconhece a terra como sua casa e por isso no cuida e no preserva o Planeta, por isso a necessidade de se ensinar cultura de Paz ambiental as crianas nas escolas para que elas cresam aprendendo a amar e respeitar o planeta terra.

A paz possvel na medida em que se empreendem esforos para alcanar tal intento, sobretudo quando o ser conhece as suas potencialidades internas e acredita na sua tendncia individual para o crescimento sade e adaptao que a essncia do pensamento de Cal Rogers, psiclogo americano que foi prmio Nobel da Paz em 1987 como relata no seu artigo sobre a biografia de Rogers, Joo Hiplito (1999): "Recordemos que o "modelo de Campo David" aplicado de novo em 1995, com relativo sucesso, para pr fim, esperemos que definitivamente, ao conflito armado da Bsnia e de novo em 1998 para dar um novo impulso aos acordos de paz no mdio oriente".

A terapia centrada no cliente de Rogers desperta no individuo a conscincia do seu potencial de crescimento interior e a sua capacidade de desenvolver a sua condio de poder se encontrar e encontrar a sada para as suas dificuldades. Desta forma apresenta uma conformidade com a construo da paz interior e de fazer transbordar as nascentes da paz e a autopacificao do ser. A Psicologia tem muito a contribuir nesse processo de desconstruo da cultura de violncia e conseqente construo da cultura de paz porque trabalha com o comportamento, do homem que muitas vezes de violncia, mas pode se transformar num comportamento de paz.

CONSIDERAES FINAIS

A cultura de paz ainda um campo muito pouco explorado seja no conhecimento do que a paz realmente representa seja na tentativa muitas vezes equivocada de alcan-la. O que se conhece de paz algo bastante superficial como as bases da pseudo paz, e a ignorncia dessa representao pode em certa medida demonstrar que tudo que se faz surte um efeito mais colateral do que o desejado e promove a estranha sensao de que devemos aprender a conviver com a ausncia de paz.

Esse trabalho no tem a ingnua pretenso de esgotar o tema ou ter 0achado a soluo para o problema da violncia at por que se trata de uma questo bastante complexa, sem nenhum hiperbolismo. O problema da violncia uma questo multifatorial, mas o presente trabalho remete-a a sua nascente, aqui ela o tronco da rvore e os galhos so a sua extenso.

Com efeito, aes profundas e bem estruturadas que vise promoo da cultura de paz em todas as dimenses em que ela necessite est presente como seja a paz interior, a paz social, a paz no trnsito a paz ambiental etc. Pode ser um caminho para modificar o cenrio que a humanidade se encontra.

Nesse sentido estar dando a humanidade, um importante passo rumo construo de uma sociedade menos violenta e mais harmoniosa para as geraes futuras, onde os atores sejam artfices do seu prprio desenvolvimento pessoal libertando-se das amarras da cultura de violncia gozando da inefvel e inviolvel liberdade que a cultura de paz proporciona aos que dela se fazem merecedores, buscando a conscincia de que buscar um caminho para a paz perder tempo porque a paz o caminho.

REFERNCIAS

Declarao sobre uma Cultura de Paz, ONU, 1999, ARTIGOS 1 e 2 www.scielo.com.br disponvel em 16/03/2010.

FERREIRA. Aurlio B. de Holanda. O minidicionrio da Lngua Portuguesa.5 ed. Rio de Janeiro RJ: Nova Fronteira, 2004

FRANCO. Divaldo. P. A Paz que vem do Senhor, A Paz que vem de Deus; VIAN. Itamar. D. A Paz comea em casa; SAMTEN. Padman. A Paz na relao com a vida. NUNES. Clvis. S. (org.) Construindo a paz: Um dilogo inter-religioso e policultural em favor da Paz. 1. Ed. Sobradinho-DF: Edicel, 2001.

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HERMOGENES. Jos de A. Convite no-violncia: em paz com o mundo. 4. ed. Rio de Janeiro: Nova Era, 2002.

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ROCRIGUES. Henrique. A cincia do esprito 1.ed. Mato SP: O Clarim, 1985.

STREY. Marlene. Neves. et al. Indivduo, Cultura e Sociedade. Psicologia Social Contempornea 3.ed. Petrpolis- RJ: Vozes, 1998

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ABSTRACT

This article deals with the absence of a culture of peace and the strong presence of the culture of violence in the lives of people, divided into three aspects of the culture of peace where the conceptualization of a deeper and more useful then it shows how the culture of violence influences the behavior of people causing them to behave violently, then it shows the need to deconstruct the culture of violence and build a culture of peace. Search also provokes reflection on how much violence has grown motivated by the lack of peace in the various dimensions of human life.

Keywords: Culture of violence, peace culture, deconstruction, construction

A forte presena da cultura de violncia motivada pela ausncia de uma cultura de paz


Por: Antoniel Campos Oliveira

Perfil do Autor

Antoniel Campos Oliveira estudante de psicologia 6 semestre da Faculdade de Tecnologia e Cincias de Feira de Santana com artigo sobre cultura de paz publicado na web artigos. Apresentou na semana de Psicologia da FTC o referido artigo pesquisa o tema entre outros mebro do MOVPAZ - movimento internacional pela paz e no violncia. (Artigonal SC #3214029)

Fonte do Artigo - http://www.artigonal.com/psicoterapia-artigos/a-forte-presenca-da-cultura-de-violencia-motivada-pela-ausencia-de-uma-cultura-de-paz-3214029.html
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