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Formação, educação, socialização

Formao, educao e socializao

Formao, educao e socializao

Torna-se necessrio recuar at ao primitivo, s comunidades indgenas, para que possamos entender a forma de organizao social dessa poca, qual o tipo de evoluo, e a direo que tomaram as sucessivas transformaes sociais, que encontramos hoje na sociedade.

O conceito de comunidade indgena, em que o ser humano era parte constituinte de um todo, a sociedade, era liderada por um chefe que cumpria, e fazia cumprir as leis, existindo moral, e a tica correspondente. Pode-se considerar a existncia de uma interligao perfeita entre todos os elementos da comunidade, em que existia uma referncia, o chefe, a lei, e que tudo se promovia em torno dessa figura.

Percebe-se essa referncia como um padro absoluto, que tinha de ser respeitado.

A criana desenvolvia-se dentro desse crculo comunitrio, de forma natural e em liberdade, porque cada um era responsvel por todos, e a aprendizagem fazia-se naturalmente, onde os exemplos dos adultos eram seguidos, porque a lei se mostrava a mesma.

Todas as tentativas de desvios de comportamento, eram rectificados na hora. As crianas tinham todo o espao da aldeia para brincar, o espao comunitrio, no existindo separao quanto ao sexo, o que lhes permitia um certo nivelamento cultural.

Comunidade e sociedade, era exatamente a mesma coisa.

A era grupal tnica, com caractersticas prprias bem vincadas, sentimentos idnticos, em todos os aspectos, social, econmico e poltico.

Notam-se outras comunidades, com outras formas de pensar, e de sentir as coisas.

Etnias diferentes, como uma postura prpria, cujas diferenas deram origem a lutas entre elas.

No existia a tolerncia para entender que outros seres humanos, constituintes de outras comunidades, poderiam ter uma outra forma de entender o mundo.

Se estivermos atentos, verificamos que no mundo de hoje, nota-se a mesma postura, porque no tratmos do SER intolerante e prepotente, a humanizao, que nos pudesse conduzir a uma ideia de socializao.

No conseguimos observar o sentido humano nesse conceito.

A organizao social, implica simplesmente um modelo especfico, a que os seres humanos lanaram mo para a construo de um determinada ordem social, cuja lgica pode ser humanista, ou representar apenas um acordo social, onde um, ou vrios grupos defendem os seus interesses, que embora identifique os seus membros, no representativa da sociedade, entendido no seu todo.

Atravs do casamento entre elementos pertencentes a diversas etnias, interagem e interligamse costumes e conceitos, que tendem a ser esbatidos, emergindo ao fim de algum tempo, uma idia comum.

Salientemos o papel da mulher na socializao, como elemento de unio entre os homens, que promove o esbater de diferenas tnicas e culturais.

O fato de ela ser submissa ao homem, para alm dos aspectos que cada um possa levantar em relao dignidade e liberdade da pessoa humana, encobre uma outra questo, que julgo ser fundamental, o esbater das diferenas culturais, que possam conduzir o ser humano socializao.

Nasce do primitivo a primeira construo psquica de ordem racional, o grupo, como modelo de organizao dos seres humanos, que mais no que a procura de preservar o seu modo interior de entender as coisas, no que se refere a uma ideia nuclear do pensamento incorporado.

A necessidade do grupo, um mecanismo de defesa contra as investidas de animais selvagens, e de outras comunidades tnicas, sendo uma forma proteccionista, e de resistncia agresso externa.

O simblico, como forma primria de identificao, tem uma relao direta com os objectos e a natureza, encarnando os chefes dessas comunidades o esprito referente a animais e plantas, como smbolos de poder, sagazes, e rpidos, onde se percebe o mtico.

A origem mtica deve-se no compreenso de fenmenos naturais, devido a um conhecimento primrio, arcaico, que impe o medo, e o possvel castigo divino, ou demonaco.

primitiva a presena de uma organizao social, hierrquica, disciplina sequencial, que determina a ordem nas pessoas, nos objetos, que devido repetio, se torna mecnica e automtica, com uma lgica prpria, seguidista, em constante progresso de acordo com as necessidades, na tentativa de contornar obstculos, e de adaptao, facilitando a comunicao, e o acesso ao mundo exterior.

A comunicao nasce da necessidade de entendimento, para todos perceberem do que esto a falar, e a quem o orador est referir-se. .

curioso notar que as pessoas que projetam a vida num determinado sentido, com resultados pouco agradveis, devido a esta lgica seguidista, repetitiva, mecnica, continuam tantas vezes a fazer o mesmo, tendo como objetivo um resultado final diferente.

No conseguem fazer as coisas de outro modo, como se no existisse vontade em alterar alguma coisa.

Sem alterar na realidade os fatores, que so a causa desses resultados, entendem como demonaco o que lhes sucede sempre, e procuram no divino, no mistrio de tudo isto, a cura para aquilo que entendem misterioso, como se o demnio os perseguisse, no os deixando ter outros resultados.

Percebe-se ento que o mecanismo de repetio uma vez em andamento reproduz sempre a mesma postura, seja considerada agradvel. ou no.

Mais curioso ainda se entendermos, que pela ausncia de referncia, abandonada esta, ou devido a referncias mltiplas, se ajoelham e vergam perante o que tentam renegar, na tentativa de entender o mistrio da sua vida.

O psquico no aceita a ignorncia, o desconhecido, por isso tenta organizar, dar uma ordem, uma razo coisa no compreendida, e na impossibilidade de mais saber, recorre fantasia, e ao mtico para explicar algo para si, e tornar o desconhecido em entendido, quee no no conhecido.

O psiquismo ignora tudo sua volta, e por sentir-se ignorante, que parte na procura de mais saber.

Percebe-se ento que a falta de referncia, ou os mltiplos significados em relao mesma referncia, em vez de clarificar o pensamento, e permitir um rumo na vida de cada um, criam a confuso, e as atitudes diferenciadas.

Por falta de leis, ideologia, que ordenam, e do sequncia aos passos da nossa vida, quando surge um desprazer, provocado por uma situao qualquer, ela se mostra aos nossos olhos como fora de controle e nos mete medo.

Ficamos agora vulnerveis e inseguros, porque no observmos a segurana que o cumprimento da lei, da referncia nos transmite, tentando agora a proteco de um poder qualquer, como simples proteco, mas no porque se queira seguir as suas leis.

Mesmo que se esse desejo se observe, os impulsos tero que ser reprimidos, a postura tem que ser outra, o que no se compreende, tem que ser entendido, e isso demora tempo, tanto tempo, quanto aquele que demorou a chegar at aqui, e por norma se fica pelo meio do caminho, porque o desprazer j no se sente com tanta intensidade.

Algum prazer foi possvel encontrar para equilibrar um pouco o emocional.

Pode-se deduzir ento, que a noo de equilbrio varia de indivduo, de acordo com o sentido que tem da vida.

Os primitivos percebiam, devido ao experimento, e aos sentidos, onde a viso ocupa um lugar de evidncia, por enxergarem todo o tipo de fenmenos naturais, que os objetos exteriores e o meio envolvente, tinham uma relao direta com eles, ntima e especial, vnculo que determinou uma crena, uma f, que por sua vez fez nascer a superstio de algo que lhes poderia acontecer de ruim, se no observassem e adorassem esses objetos.

Algo estaria a falar com eles, e deles, que no compreendiam.

Sou de opinio, que a divindade emerge a partir de uma necessidade de acalmar o demnio, entendido como fenmenos naturais que causavam medo.

O chefe ao encarnar esse esprito, era adorado, respeitado, e poupada a sua vida, como a referncia desses fenmenos, dando uma certa ordem e disciplina, obedincia s leis, percebendo-se uma necessidade do ser humano em ter regras de comportamento entendidas por todos.

A hierarquia na tentativa de contribuir para uma determinada ordem social, percebendo-se nele o princpio de um modelo de organizao, j era evidente.

Se repararmos luta-se por uma referncia ideolgica, esprito, e no pelo parental, pelo que a ruptura a tentativa de retorno ao ideolgico, desejando ser Pai ou ter um Pai, para sentir o esprito da lei, porque aquele Pai, chefe, no reconhecido como tal, promovida a ruptura, por no se perceber nele a lei espiritual, o esprito.

O filho no pretende ocupar o lugar do Pai, simplesmente o entende como seu criador, a referncia, e desejando ser Pai, encarna o seu esprito.

O mesmo ser afirmar, que o filho tenta desalojar o pai do seu lugar, quando no incorpora o seu esprito.

Na teoria de grupo, quando se pretende derrubar o chefe, por falta de identificao espiritual, como referncia ideolgica, e a ruptura parental tende a ser promovida..

A oralidade, a palavra, vem dar um nome coisa que se conhece, a identificando, de forma a que ns, e os outros, possam saber a que nos estamos a referir, a que objeto, e a escrita produz no papel em forma de letra, as mesmas caractersticas simblicas, de uma oralidade primitiva e arcaica, identificando os objetos, e a relao primria com eles.

A viso que enxerga, e faz com que o ser humano conhea o objeto, o identifica dando-lhe um nome, que reproduz oralmente, ou atravs da escrita, so formas diferenciadas de identificar o mesmo objeto, mas que simbolizam o mesmo.

A oralidade primria, o simblico, por falta de mais saber, percebe-se como causa efeito, que se mostra agradvel ou desagradvel, pertena do mundo sensitivo, como o primeiro processo de aprendizagem, o experimento, como efeito produzido daquilo que se experimenta, sem ter um conhecimento antecipado do que possa acontecer, que logo se constata que deve ser, ou no, experimentado novamente, pertence a um estado primrio da prpria existncia do indivduo..

A necessidade de uma doutrina religiosa, posterior ao primitivo, tentou manter o mesmo estado anterior, no entanto ocupando o seu lugar, em que a f, a moral, e a tica se faziam sentir do mesmo modo.

O absoluto do universo, porque no compreendido, atormenta o ser humano, resultando da o medo, que de certo modo equilibrado com a relatividade de uma referncia.

A sensao que essa referncia capaz de preservar da morte o indivduo, apazigua a sua alma, tornando a referncia simblica em algo absoluto.

A ideia do absoluto do universo, transportada para a referncia absoluta.

Os primitivos transportavam consigo essa ideia do absoluto do universo, como um todo, que faziam reflectir nas suas vidas, e a sua referncia espiritual, no era mais, que a reproduo dessa ideia absoluta.

O objeto tinha em conta essa ideia absoluta.

As aldeias funcionavam com este modelo social, e a sua subsistncia vinha da natureza, da caa e dos frutos, e mais tarde do cultivo das terras, a agricultura, surgindo depois o arteso, e a ideia do comrcio familiar, para satisfao das pequenas necessidades sentidas.

Com a revoluo industrial, derivada do avano tecnolgico e das cincias, se formaram plos em torno dessas atividades, concentrando um nmero significativo de seres humanos na mesma rea, dando origem s grandes cidades, e diminuindo a populao nas aldeias.

O ser humano caminhou no sentido da oferta, que no da procura.

As aldeias mantiveram at hoje, mais ou menos a mesma ordem social, sem alteraes profundas, onde se pode estar, caminhar e viver com respeito e considerao pelo ser humano, sem se ser importunado a qualquer momento, por assaltos e violncia gratuita.

O avano tecnolgico, devido ao conhecimento cientfico, necessitava de pessoas para a produo, da a concentrao num determinado espao, que deu lugar a um modelo de organizao social, mas desprezando em parte o ser humano.

Ele passou a fazer parte de uma mquina produtiva.

Nestas condies desaparece o conceito de comunidade nesses plos industriais, comerciais e cientficos, e s persiste a ideia de sociedade mercantilista..

E outro tipo de problemas comeam a surgir, devido a essa alterao de organizao social.

Como gerir essa sociedade mercantilista, em que a referncia comunitria a famlia ?

E qual o papel que os grupos econmicos, sociais, polticos e religiosos desempenham nesta nova forma de estar do ser humano ?

A organizao familiar, a nica que transporta consigo os traos arcaicos, primitivos e afetivos, sentimentos, do antigo sistema comunitrio,.

Todos os outros grupos construdos posteriori, podem ser considerados de interesses econmicos..

Parece residir aqui o problema que atormenta a sociedade e o ser humano de hoje, a falta de referncia, ou as mltiplas referncias que se tem de ter em conta, para que a sua vida seja possvel.

A sociedade est dividida no em comunidades, mas em grupos societrios, que em tudo so diferentes na prtica, no s quanto liderana, mas sobretudo no que se refere a normas, e tica.

Substituiu-se a raa, a etnia, os costumes e a cultura, por princpios de organizao social, que se diferenciam por uma forma esttica social, cuja relao de poder foi transferida para as camadas inferiores da sociedade, em que todos se julgam poderosos, no aceitando o princpio da lei do Pai.

Outra construo psquica foi organizada pelo ser humano.

Deve-se ento entender que as transformaes sociais, o meio envolvente, pode condicionar o modo de sentir as coisas no ser humano, que por vezes parece no ter armas, solues para harmonizar o seu EU, ao mundo que o rodeia.

O mundo mexe com ele, mas no sabe como mexer com o mundo.

O grupo funciona com uma ideia base de referncia, mas a que lhe falta na maioria das vezes um conjunto de normas e ideias racionalizadas, leis, que tantas vezes o lder no respeita, nem faz respeitar, simplesmente esto naquele projeto por interesses particulares, de forma inconsciente, ou no.

Existe uma relao de poder, tantas vezes contra o poder da sociedade.

No existe a partilha, a cumplicidade por um modelo nico de sociedade, mas antes a procura de ganhos secundrios mobilizados atravs dos grupos.

A referncia parental na sua essncia afetiva.

Pais e filhos amam-se de forma objetal, a nica regra exigida para esta relao o desejo de amar e ser amado, o que se transfere para o cotiano na relao com outros seres humanos.

Amar e ser amado a qualquer preo.

A referncia da lei do Pai e da me, tem a ver com um valor ideolgico, doutrina assumida pelos progenitores que passada aos seus descendentes, o legado, onde as normas, os costumes, a religio, a moral e a tica so assumidas e divulgadas de forma compreensvel e dialogante para que seja possvel a incorporao da lei, em que se promove por ambas as partes o seu cumprimento.

Esta lei determina a forma de comportamento, a postura na relao com os outros, o respeito e considerao que os outros nos merecem, e uma srie de princpios de avaliao e definio para sabermos com quem estamos a lidar, de que sentimentos esto possudos, se so merecedoras da nossa confiana e intimidade, que nos possa permitir passar do simples convvio a uma relao mais ntima.

A relao parental, objetal e primria, simblica, que s identifica o objeto, a coisa com que nos relacionamos, que desejamos amar, e ser amado.

A referncia da lei do Pai e da me, uma forma superior de entender o objeto para alm do desejo de amar e ser amado, em que a ideologia, a doutrina, exige outro tipo de entendimento para alm do desejo, que no primitivo comeou com a proibio do incesto.

Por se perceber nele uma forma elaborada, de construo psquica, que no s parece ter em conta a preservao da espcie, mas tambm de forma consciente ou no, se colocou um travo a esse modo objetal de relao, entre Pais e filhos, os levando a entender que para alm do objeto, existe uma regra, a lei que se tem de respeitar, e ser cumprida.

A relao parental de origem puramente animal, e a segunda comea a exigir uma transcendncia desse estado para o da humanizao, e como consequncia no sentido da socializao.

Se esta via no for desenvolvida, desenvolvendo o conhecimento quanto aos sentimentos, derivados desta, ou daquela forma de pensar, perceber as suas implicaes, se no existir uma postura de dilogo, e a compreenso dos limites que temos de ter, no s em relao a ns, mas sobretudo em relao aos outros, no conseguimos a transcendncia de um estado primitivo. Ficaremos prisioneiros dele, da que percebamos a relao puramente objetal na maioria das pessoas, em que s o simblico valorizado, e que a avaliao dos sentimentos percebe-se posteriori, proveniente dos atos praticados.

Pode-se deduzir com alguma clareza, que a falta de referncia, lei, ou as mltiplos significados em relao mesma coisa tm o mesmo efeito, no prescindindo o ser humano de uma lei de referncia de forma absoluta, no s para se poder comunicar, mas sobretudo para entender-se com os outros.

E foi nesse conflito, entre o desejo de amar e ser amado, a possibilidade e a impossibilidade de o fazer de forma livre, indiscriminada, que a forma racionalizada comeou a desenvolver-se, tentando elaborar no psquico o dever, e o no dever.

Se existir a ausncia, ou a distoro dessa forma elaborada, dever e no dever, o retorno forma primria, objetal, parece inevitvel, dada a oposio dos outros objetos nessa relao.

Mas ao existir a proporcionalidade objetal, promovida a aproximao meramente objetal pelo lado esttico, ou parental, que devido falta de ideologia, lei, se substitui por outro objeto to, ou mais esttico, que o anterior, mas sempre de forma inconsciente procura da lei, da referncia.

Aqui se levanta um pouco o vu, quando se fala da necessidade do ser humano ter lei, regras e normas, que na falta delas sente-se rfo, que de forma inconsciente ou no, as procura, dado que os acontecimentos so causa de frustrao, angstia, dor e sofrimento.

Auto punir-se ao mesmo tempo a tentativa de apreender algo que o possa arrancar das garras da maldio, da castrao psquica.

A referncia no um objetivo em si mesmo, porque o indivduo pode, ou no, cumprir as leis, as regras, que de todas as referncias emergem, mas antes constitui uma esperana de as observar, que se respeita, e que desejamos ter, para nos alimentar o ser, porque se deseja ser, Ser, embora nem sempre consigamos ser o que desejamos, porque outras coisas desejamos ter, cujo retorno ao primitivo garantido, de cada vez que no vislumbramos soluo para o nosso conflito interno.

um desejo, uma perspectiva, uma esperana, um caminho, uma referncia, nada mais.

O problema toma outras dimenses, quando o ser humano desejando uma referncia, no a consegue encontrar dentro de si, ou a tendo, embora de forma distorcida, no natural, no consegue encontrar o fio meada, para a partir dele elaborar de forma racionalizada, e continuar rumo a um objetivo, e, nesta altura que sente a necessidade de uma referncia.

A procura dentro de si, e na impossibilidade a procura nos objetos sua volta.

Torna-se evidente que tudo que no conseguimos encontrar dentro de ns, o procuramos no exterior, e tudo que consta do nosso interior projetado para o exterior da mesma forma.

Parece evidente o arco reflexo na forma psquica do ser humano.

Quando na realidade do dia a dia, j no conseguimos gerir nada nossa volta, os objetivos no so alcanados, nos sentimos derrotados, angustiados e tristes, como que isolados, julgamos no pertencer a este mundo, porque existiu uma paragem no movimento.

A vida exige movimento, agitao quanto baste para sentir o sangue a correr pelas veias, porque algo tem que se deslocar em direo a qualquer coisa, percebendo no movimento um rumo, que poder conduzir o indivduo ao objetivo.

Este estado de pr morte, que nos conferido pelo o imobilismo, que recusamos, e no desejamos, resolvido tantas vezes com o recurso fantasia, nos envolvendo com o mistrio, acreditando que ele encerra em si o milagre para que seja possvel a vida, a nossa vida, porque no encontramos em ns, nem no espao terreno soluo para o conflito.

Se acreditarmos nesta possibilidade, acreditamos que algo existe para alm de ns, mais forte que ns, mais sbio, com poder suficiente para nos libertar ou nos matar, ou fazer da nossa vida o inferno, deduzindo a existncia de vida para alm da morte, a vida eterna, que se renova a cada ciclo.

Pode-nos conduzir a um outro pensamento que formulado do mesmo modo proporcional podemos afirmar que a falta de elaborao psquica, nos aproxima cada vez mais desse processo primrio.

Por outro lado o sentimento de impotncia, de castrao psquica, derivada desse conflito, nos faz sentir isolados, que produz a procura de objetos disponveis na procura do aconchego e da possvel soluo.

As aldeias eram ilhas isoladas, de corpo nico, em que o conceito de comunidade confundia-se com a sociedade, onde as regras, a moral e tica eram as mesmas para toda a gente, com corpo jurdico prprio, representado pelo chefe, que cumpria, e fazia cumprir as normas.

Esta forma de organizao social dos tempos primitivos, aquela que tem alguma semelhana com o regime ditatorial observado nos tempos de hoje em algumas naes, onde existe um s chefe, e um pensamento nico, que o poder tenta cumprir, e faz cumprir o pr estabelecido.

Nestas condies os ndices de violncia so muito baixos, onde existe a constante represso na tentativa de no existirem desvios, quanto ao comportamento, em que o prprio sistema no cria necessidades nas pessoas.

Tal sistema pode garantir a sensao de conforto e proteco ao indivduo, mas tende a colidir com o princpio de liberdade, e de satisfao.

De outra forma no se pode compreender, em face da violncia, dos roubos, assaltos, e da impossibilidade prtica de andar na rua, que se faa lembrar os tempos da ditadura como um tempo de paz social, em que se associa o regime tranquilidade, e proteco da integridade fsica, colocando em causa o regime democrtico neste particular.

Podemos observar nas aldeias de hoje a tranquilidade desses tempos, e nas cidades o contrrio disso.

A periferia da cidade e os bairros degradados, so habitados por pessoas oriundas do interior, das aldeias, que tm um modelo prprio social, que embora mantenham algumas caractersticas primitivas, tendem descaracterizao.

No conseguem incorporar na totalidade os padres prprios das pessoas da cidade, constituindo um novo extrato social a ter em conta, que se estivermos atentos verificamos, que alguns deles escolheram o modelo do chefe comunitrio, representado pelo trfico de drogas e armas, contrabando e outros negcios, boa maneira indgena.

Podemos considerar como uma tentativa de instaurao de um modelo de organizao social, gente que no aceita a ordem de outros chefes, e o seu modelo de organizao, por sentirem-se desprotegidos e excludos.

Percebe-se ento que o extrato social determina, na maioria das vezes, o tipo de crime que se pratica, sendo a corrupo a fraude, e os favores pblicos derivados de um extrato social mais intelectual, e aqueles que atentam contra a vida do ser humano originrios de um extracto social mais primitivo.

Por outro lado, nos dado a observar que alguns tipos de crime so semelhantes, e que o extrato social de um maior poder econmico e poltico, serve-se dos mais desfavorecidos, como mandantes de crimes, que lhes parece estar vedado.

Parece necessrio preservar a imagem do santo, mesmo sendo o diabo.

Parece evidente que existe um desajuste, em que parte da sociedade gerou em si conflitos, que os exterioriza na violncia do cotidiano, com assaltos, roubos e atentados contra a vida do ser humano, e que todos os argumentos que se baseiam no ter, nas necessidades por preencher, na misria ou no analfabetismo, s parte do problema, mas no a sua essncia.

Os grandes plos industriais e comerciais, fizeram convergir para esses centros um grande nmero de seres humanos, alterando de forma acentuada o modo de distribuio das pessoas, as concentrando num determinado ponto.

Os extratos sociais derivados dessa nova distribuio, a cidade, a periferia, os bairros degradados, e a aldeia do interior, apresentam posturas diferentes, e formao familiar diferenciada, que reflexo do tipo de formao infantil de cada um.

A referncia, a lei do Pai em cada caso mostra-se determinante, e encontramos no mesmo espao social, com as mesmas caractersticas sociais, econmicas e polticas, crianas que tm uma personalidade baseada em valores e costumes bem distintos.

Essas diferenas, vem derrubar a tese daqueles que tentam defender, que o poder econmico, e o acesso ao ensino, responsvel pela violncia, ou por qualquer outro tipo de crime, pois verifica-se que nas aldeias do interior, em que a pobreza evidente, o fator econmico bastante limitado, e o acesso ao ensino difcil, ou at mesmo inexistente, a criminalidade bastante baixa,

Nas aldeias, em que o conhecimento limitado, dada as circunstncias, em que a criana se v obrigada a trabalhar para o sustento da famlia, onde os centros de sade so escassos ou inexistentes, so os lugares mais tranquilos do planeta, onde a violncia quase no existe.

Formao familiar coisa independente de tudo o resto.

Formao da criana uma matriz incorporada pelos Pais.

Ela tende a refletir-se mais tarde na sua vida social, econmica e poltica, nas relaes com outros seres humanos, cuja postura consequncia da formao infantil.

A forma de expresso corporal, uma consequncia da formao familiar, depende em muito como a criana vive o seu dia a dia, e dos conflitos que transporta consigo, cujas energias so libertadas de uma ou outra forma, mais ou menos intensa, mais ou menos organizada, limitada ou sem limites, ou apresentando uma apatia generalizada.

A educao no sistema escolar, deve consistir em aproveitar essas energias prprias, e as dirigir para outros objetivos, contando outras histrias, porque a criana s conhece as histrias prprias do meio que a envolve.

As mais apticas, so de um modo geral mais difceis de lidar com elas, oriundas de uma famlia recalcada e intensamente repressiva.

A vivncia de uma formao familiar, cede lugar convivncia com outras crianas, e posteriormente a uma relao ntima entre elas, e na fase da convivncia, em que se colocam perante o mundo e os outros de forma prpria, que existe posteriormente a escolha das suas relaes preferenciais, que por sua vez dar lugar aos grupos, sendo esta a forma de sentirem-se protegidas, e levar por diante a sua forma prpria de pensar e agir.

Quando o sistema educativo, no quer, ou no consegue, porque lhe falta conhecimento bastante para lidar com este tipo de problema, no estar a fazer mais do que a consolidar este tipo de postura.

O sistema tornou-se incapaz de captar essas formas de energia, e as conduzir noutro sentido, em que o medo de conspurcar o que ainda se julga puro, tende a afastar o que se pretende que seja semelhante, os excluindo do convvio, os condenando ao exlio. .

No podemos esquecer que estamos a falar de crianas de 6-7 Anos, ignorantes, que ainda possuem todas as condies para alterar a sua postura, a sua maneira de pensar, coisa que se torna bem mais difcil, e em alguns casos impossvel quando se entra na fase da adolescncia.

A criana nesta altura da sua vida ainda uma vara verde, que tem condies para ser moldada de uma ou outra forma, coisa que se torna mais difcil quando apresenta o dobro da idade.

Levantam-se as vozes contra a famlia por ser responsvel por uma educao deficiente, que gera no seu seio filhos violentos, agressivos, agitados, que detonam a escola, impossibilitando as outras crianas de conviver e aprender.

A famlia reclama do sistema escolar por mostrar-se ineficiente na conduo da educao, e ensino dos seus filhos, e os professores so apanhados nesta guerra, que tm alguma dificuldade em gerir, porque o sistema no os preparou para este tipo de conflito, nem se disponibiliza para lhes garantir um tipo de formao humana adequada para lidar com a nova situao.

Ou seja, quando algum reclama devido falta de uma lei de referncia, ou distoro no cumprimento desta, cujo efeito parece ser o mesmo, por inexistncia de uma razo ideolgica, que uns e outros no desejam, ou no sabem como gerir.

Devido revoluo industrial e comercial, a organizao social foi alterada profundamente, e o Estado no quis, ou no soube adaptar as novas propostas de organizao, s condies sociais e culturais do seu povo, originando da uma baguna, onde todos ralham, e ningum parece ter razo.

Assim, revela-se ser importante que o educador, no s perceba que existem crianas com traos caractersticos bem diferentes, mesmo no seio de um determinado extrato social, mas sobretudo os perceber como naturais, derivados de uma formao familiar diferenciada, que no deve causar estranheza por uma postura, que tantas vezes considera pouco prpria, dado que no tem mecanismos prprios dentro de si, que lhe permita gerir a situao, e a converter em educao.

No vale a pena argumentar com a falta de tempo dos pais para educar os filhos, quando a qualidade que se coloca em causa, nem acusaes, que no podem ser sustentadas, quando encontramos em todos os extratos sociais, por vezes o mesmo tipo de problemas, ou outros semelhantes.

A falta de resposta a um problema educacional, e formao familiar, sem que se perceba uma causa localizada, concreta, deve merecer o estudo, e uma investigao profunda acerca desse fenmeno.

Ao dar uma resposta, tenta-se com ela justificar algo, mas no significa que ela seja a correta, simplesmente tenta-se tornar compreendido o que no se entende.

Pode-nos conduzir a uma outra viso, embora polmica, em que os prprios envolvidos no processo educativo mostram alguma resistncia em alterar seja o que for, no assumindo uma base ideolgica diferenciada, como sendo aquela que melhor possa servir a educao e a criana.

obvio que no existe m vontade, mas algo inconsciente no permite ou bloqueia um outro tipo de abordagem, que certamente passar por entender o passado sociolgico, econmico e poltico dessas crianas, envolvidas no seu meio ambiente, bem assim como as alteraes que se deram no decorrer dos anos, que fez com que existisse uma profunda alterao nessas estruturas familiares, sem a devida adaptao dos educadores.

A preservao e proteo essencial para a criana, a referncia do Pai, da lei, que uma vez arrancados do seu meio envolvente, e sem essas referncias, as procura de qualquer outra forma.

Como podemos entender o chefe do trfico de drogas, que d emprego aos seus membros, agora at com escrita organizada, em que o chefe protege os seus membros, e estes o devem proteger, pagando com a morte, quando um deles fura as regras do grupo ?

A origem no deve ser encontrada fora de um quadro primitivo de organizao social, porque ela na realidade mantm todas as caractersticas daquela.

O que se pode perceber, que essa gente arrumada num lugar, bairro ou gueto, e perante necessidades que no conseguiram satisfazer, vindos da aldeia, e sentindo-se desorganizados socialmente, da o sentimento de excluso, se promoveram num projeto prprio, organizados de forma primitiva, mas cuja evoluo ao longo dos tempos podemos perceber, que os conduz a um determinado objetivo, a criao de condies financeiras satisfatrias.

Para cumprir as necessidades bsicas para a maioria, e de luxuria para outros, mas contudo percebendo-se um modo de vida, onde a luta entre grupos rivais, so semelhantes ao tempo das tribos primitivas.

Eles se viram durante muito tempo sem referncia, sem lei, desprotegidos, e procuraram unir-se em grupo, porque o Estado no teve essa viso, os deixou entregues sua sorte, no os incorporou na vida da cidade, mas os deixou permanecer na periferia abandonados, sem lei, sem referncia.

Trataram de organizarem-se da forma que conheciam, com o modo prprio da aldeia, embora recorrendo ao trfico de drogas, porque outra coisa lhes vedado fazer, ou no sabem como fazer, ficando desempregados, ou com empregos que mal lhes garante o sustento da famlia.

Contudo parece mais determinante a falta de um chefe, da lei, da referncia, que todos os outros motivos, que verdade seja dita, gera discusses acesas, mas a que no se chega a concluso alguma..

Derivada desta questo levantada, do chefe, da necessidade da lei, como referncia, coloca-se em questo no a livre circulao de pessoas, mas a fixao de pessoas em determinadas reas urbanas, sem que se perceba muito bem o seu propsito, e as condies que o prprio Estado pode oferecer para a sua permanncia.

A falta de regras urbansticas, que leva a implantao no terreno de todo o tipo de construo, uma das consequncias da falta de normas, de lei, no porque as construes rudimentares, sem condies de sanidade, encerrem em si o maior perigo, mas antes o abandono dessa gente, permite esse tipo de pensamento, e organizao social.

Alguns limites o Estado democrtico tem que ter.

Observar, e fazer cumprir as leis, um dos limites.

Organizar os bairros com todas as estruturas devidas prioridade..

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Formao, educao, socializao


Por: Joao Antnio Fernandes

Perfil do Autor

(Artigonal SC #3333730)

Fonte do Artigo - http://www.artigonal.com/ciencia-artigos/formacao-educacao-socializacao-3333730.html
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