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" A IDOLATRIA DA BELEZA FÍSICA "


"A IDOLATRIA DA BELEZA FSICA"

Muitas pessoas famosas aceitam propostas para se exibirem nuas em revistas, jornais filmes, vdeos, etc. Esse tipo de notcia vem se repetindo, h dcadas, e com muita freqncia, em nossos noticirios. Mais e mais mulheres conhecidas ou no; ricas ou pobres esto a oferecerem seus corpos desnudados curiosidade da maioria dos homens e de muitas outras mulheres. Muitas dessas exibicionistas-narcisistas, algumas, at em franca decadncia fsica, concorrem com suas plsticas, "Botox" e outros remendos, nessa imensa vitrine de aougue, onde esto expostos peitos, traseiros, pernas, ps, coxas e midos. Deixam-se fotografar e filmar em poses acrobticas, quase radioscpicas, como se isso fosse a coisa mais importante de suas vidas. Muitas delas possuem fama e dinheiro; todavia, sentem prazer e ganncia na exposio dos seus corpos, numa oferenda pblica voracidade fantasiosa e doentia dos imaturos erotomanacos. Boa parcela dessas mulheres exibicionistas se diz realizada,quando expostas publicamente, so desejadas por todos os leitores e expectadores; nestes, incluindo-se todo tipo de marginal, manacos sexuais, decrptos, foragidos e degenerados de todo naipe.

No raro essas exibicionistas se mostram com tamanho despudor que pensamos no mais ser possvel criarem novas posies erticas. A necessidade em se mostrar tornou-se uma obsesso em nossos dias, em todo o mundo. Antes, as pessoas se envaideciam por seu conhecimento, cultura e saber; o que era muito bom e til para elas e para todos ns. A competio vaidosa entre sbios, leva descoberta de remdios,inovaes tecnolgicas,vacinas,utilidades,conforto,felicidade e tantas outras benfeitorias geradas da "vaidade" cultural entre os grandes vultos da humanidade, como: Oswaldo Cruz,Carlos Chagas,dson,Ford,Bell e tantos outros. Ao contrrio, a vaidade moderna se liga aos bens e riquezas materiais, beleza fsica e qualquer outro tipo de futilidade. A maioria das mulheres ( e, muitos homens tambm) , principalmente adolescentes, est obcecada na exibio pblica de seus corpos. Estamos na Era do Umbigo; no tempo (e Templo) da vaidade,do exibicionismo material,do narcisismo patolgico, do voyeurismo e, logicamente, na Era da tolice, da nulidade, do vazio existencial,do niilismo global ,da depresso e...do suicdio fsico,espiritual,mental e moral ! A regra do nudismo-pervertido est generalizada. Desde as mais humildes at s mais sofisticadas, a preocupao maior a de exibir a anatomia externa, principalmente quando tem alguma "salincia" ou algum atributo fsico exagerado (mesmo que por uma aberrao gentica), que seja "atraente" para o sexo oposto (ou at mesmo para o mesmo sexo).

As ruas se tornaram passarela de um constante desfile esttico, cuja submisso moda, atesta a nulidade interior dos seus seguidores, cuja racionalidade deixa muito a desejar. Deixar-se levar pelos outros, pelo modismo desenfreado e furta-cor do momento, demonstra a imensa decadncia mental e cultural da maioria das pessoas deste nosso pobre tempo. s vezes a roupa est em flagrante desacordo com o clima ambiente e com o estado fisiolgico e financeiro do exibicionista. Entretanto, permanece usando-a, at que outro vendedor de moda resolva ditar e impor novas regras no jogo exibicionista. A explorao do corpo, principalmente do feminino tornou-se o filo comercial explorado por todos. Em nossos dias, o contorno epidrmico da mulher considerada "bonita", est vendendo tudo, nas mltiplas facetas da publicidade mercantil, influenciando as mentes frgeis das numerosas pessoas imaturas. claro que todo homem normal aprecia a nudez feminina! O que nos impressiona, como clnico, o condicionamento do valor humano epiderme, s formas fsicas das pessoas; logo hoje, que se fala tanto em valores humanos e dignidade das pessoas! Essas discrepncias e incoerncias esto de acordo com a imaturidade e desequilbrio da maioria das pessoas que escolheram como dolo o exterior, o invlucro e a casca do seu semelhante. Preocupa-nos muito a origem e as conseqncias desse desenfreado exibicionismo corpreo. A justificativa comumente que se ouve, para tal comportamento, a de esses exibicionistas esto se mostrando para eles mesmos; se "embelezam" para si; por pura satisfao pessoal, suprindo dessa forma um gosto e prazer individuais. Parecem-nos remota as possibilidades de algum mentalmente so; se enfeite e se exiba para ela mesma. Isto , uma pessoa que sai rua vestida de forma a exibir o seu corpo, estaria, unicamente, satisfazendo o seu "Ego"! Seria muita ingenuidade aceitar-se tal premissa; pois estaramos negando as necessidades inconscientes, peculiares mente humana, principalmente s das pessoas imaturas; que a da maioria desfilante. Na busca da aceitao, por se sentirem vazias, dependentes dos aplausos e da aceitao dos outros. Cada vez mais as pessoas necessitam mostrar aos demais, aquilo que elas acham ser o mais importante, nelas mesmos. Alguns (poucos), mostram conhecimento e saber; outros, ostentam riqueza material e, a maioria, exibe seus corpos como seu nico valor demonstrvel. O carnaval; os concursos de beleza; as revistas, os jornais, a televiso e a internet, comprovam muito bem essa carncia mental e espiritual.

A valorizao excessiva do corpo no mais que o corolrio do sentimento interior de nulidade e vazio existencial, sentido e pressentido pelo exibicionista. Quem se sente realizado como Ser Humano, sente-se rico interiormente; pouco ou nada necessitando dos aplausos e aceitao dos demais. Porque o formato do corpo e a pele que o cobre valorizou-se de modo to intenso e evidente em nossos dias? Por quais razes o contedo mental, a alma, o esprito, a sabedoria e o interior pessoal se desvalorizaram tanto? , que o enriquecimento interno um processo lento e penoso que exige introspeco,quietude,esforo,dedicao,renncia, e isolamento, para lapidar o crebro e a mente ,atravs do conhecimento e prtica cultural . A herana gentica constitui-se, to somente, nos instintos indispensveis s necessidades iniciais da vida biolgica da espcie, como o choro,o sono, a suco,a fome,etc. O seu aprimoramento decorre do acmulo de dados captados pelos rgos dos sentidos:viso,audio,gustao,tato e olfao que so as entradas naturais do crebro para a percepo do mundo que nos cerca. Sem essa percepo, o indivduo ficar imaturo, incapaz de sobreviver sem a dependncia de outrem; dependncia fsica e ou psquica. Poucas pessoas dedicam tempo a esse penoso, porm indispensvel processo de desenvolvimento interno ou mental. Por esta razo que vemos tantos, se preocuparem tanto com o invlucro externo, cujos defeitos podem e so mascarados pelos arranjos alegricos disponveis na crescente e lucrativa indstria de cosmtico e da moda. A maior parte das pessoas desconhece a finalidade do crebro. Por tal heresia biolgica tornam-se mais vtimas que sujeito, de suas prprias e empobrecidas vidas. A exortao apotetica da beleza fsica, ao contrrio do que muitos pensam, uma deficincia interna, uma desestruturao mental inconsciente que contribui, severamente para originar diversos transtornos pessoa e aos demais. Conheo casos de pessoas que eram bonitas antes; e, hoje, ao passar dos anos ,ou devido doenas ou um acidente desfigurante, sofrem graves conflitos mentais depressivos,motivados pela rejeio daqueles que, antes, as cobriam de ofertas,admirao e bajulao. Sem a fora interior da sabedoria elas sucumbem quando desaparecem os seus adornos fsicos; ou seja, quando deixam de ser bonitinhas. Muitos terapeutas se ocupam em casos como esses, cujo tratamento difcil e oneroso. Passemos a analisar, agora, um tipo de discriminao, cuja origem est no excessivo culto da beleza externa.

A Discriminao Esttica

bastante notria, mais na atualidade, a preferncia por pessoas dotadas de beleza exterior ou fsica. Esse tipo de preferncia injusto e fere os direitos humanos; que so muito falados em verso e em prosa, porm, pouco respeitados na prtica. A distino esttica discrimina aqueles que no foram contemplados por esses atributos genticos, sofreram alguma doena degenerativa ou sofreram algum acidente deformador. Essa descriminao fruto da imaturidade mental que afeta a maioria das pessoas, principalmente as de menos idade, porque se prende a valores e predicados efmeros e ilusrios. Ningum, a no serem alguns tipos de psicticos, duvida da fragilidade do corpo. Um acidente, uma enfermidade e, principalmente, a passagem (cada vez mais rpida) dos anos, encarregam-se de desmoronar a formosura fsica; s uma questo de anos; ou melhor...., de dias. Com a runa externa, muitas vezes desaba tambm, a estrutura interna, que j se encontrava fragilizada pelo narcisismo. A valorizao exagerada do envoltrio anatmico prende-se ao prprio sentimento (s vezes inconsciente) de posse e usufruto do corpo alheio, como simples objeto de sexo. A inverso dos valores naturais para os artificiais induzida pelos meios de comunicao, notadamente pela televiso, num condicionamento repetitivo e desestruturante, levou as pessoas carentes de afirmao ao endeusamento e idolatria da Aparncia, em prejuzo do seu Interior e dos seus valores humanos mais autnticos. Em tudo, e em quase todos, se nota a idolatria da aparncia externa. Nas embalagens das mercadorias, nas aberraes de cores, na enxurrada de cosmticos, na moda que uniformiza e tiraniza, nos apelos comerciais que reduzem os valores da pessoa sua epiderme, na exposio e oferta do corpo feminino (paradoxalmente criticada, consentida e desejada por muitos) ao consumo dos que se dizem no-manipuladores e igualitrios. O mundo no constitudo somente por coisas e pessoas "bonitas" ou "bonitinhas". Grande parte da populao formada por indivduos com defeitos fsicos; por pessoas de peles diferentes e speras; muitos so destitudos de contornos esculturais e outros com um imenso tipo de mazelas e, que nem por isso, so menos humanos que os "bem dotados" fisicamente. Muitos destes at superam, em valores humanos , os "bonitos" e "bem dotados". As mulheres, ao mesmo tempo em que induzem e alimentam a discriminao esttica, so as suas maiores vtimas. Inicialmente, no frescor da juventude o sexo feminino se beneficia desse seu atributo fsico. Mas, com o passar dos anos (cada vez mais rpido),por um acidente ou enfermidade; tornam-se vtimas da falta da beleza que perderam. A beleza exterior sem a solidez estrutural interior; resulta, quase sempre em deteriorao mental, quando os seus traos fisionmicos forem afetados pelos diversos fatores externos e internos a que todos ns estamos expostos. Como isto acontece? Novamente nos reportamos Psicobiologia para nos responder com acerto cientfico. Repetindo: sendo a beleza fsica apenas uma ddiva gentica, independe da nossa vontade e esforo prprios. Est alm do querer consciente o querer, ou, o ser fisicamente bonito e perfeito. Por se tratar de uma ddiva aleatria, a beleza fsica efmera, inconsistente e inconsistente.

Quando algum valoriza algo que no tem o respaldo da realidade; est se iludindo; deixando de ver a transitoriedade do atributo, sendo, portanto, uma pessoa guiada por seu Inconsciente e, dessa maneira, uma pessoa imatura. Nela o consciente ( a Razo) perdeu,ou no teve a condio fundamental de sobrevivncia , que a Predio. A capacidade preditiva se verifica graas ao conhecimento do passado e do presente, com todos os estmulos acessrios ambientais, registrados e acumulados no crebro, que capacita a mente humana na planificao e planejamento da vida futura da pessoa, tornando-o previdente e precavido. A ausncia dessa capacidade torna a pessoa insegura quanto ao seu futuro, ainda no presente. Inseguro, portanto, de forma dupla. Todo aquele que escolhe unicamente pelos atributos estticos, no passa de uma pessoa insegura e vazia, espiritual e mentalmente. No de se espantar, pois, que atravessamos uma era de incertezas e, ao mesmo tempo, um perodo de excessivas sofisticaes materiais que no trouxeram, no trazem e nunca traro a felicidade e paz to falados e desejados por todos. Inmeras pessoas capacitadas e ricamente dotadas dos verdadeiros valores morais, espirituais e humanitrios so rejeitadas e preteridas do social pelos muitos nulos e apavonados da esttica facial.

A Realidade da Vida

_ R.A., 26 anos, filho de fazendeiro, nasceu com um dos braos atrofiado, causando-lhe fortes sentimentos de auto depreciao. Foi crescendo e notando o afastamento dos colegas, principalmente das meninas da sua idade, apesar destas, afirmarem que no tinham preconceitos contra ningum. Na verdade, todos tinham namorados, menos R.A. No lhe faltava companhia para os estudos,para as brincadeiras, passeios e conversas; mas, para namorar, no conseguia uma parceira. O pior que R.A., alm do defeito fsico que se acentuava com a idade, no era o tipo considerado "gato" pelas meninas, como alguns do seu grupo. Cedo veio morar na Capital e com o apoio do pai, montou um apartamento luxuoso e tornou-se muito festivo. Logo suas festinhas passaram a ser conhecidas e muito freqentadas por pessoas de sua idade. Fazia festa todo fim-de-semana; com todos os gastos por sua conta(do pai) e os convidados davam-lhe "alegria"e companhia, semanalmente. Falavam de tudo nas suas festinhas, desde "reforma agrria, at de "sexo livre". O esquisito,notava ele,era que, apesar de falarem tanto em "sexo livre"; as meninas no queriam nada de sexo com ele; apesar dos seus desejos,tentativas e...gastos. R.A. conseguiu um vasto crculo de amizade, principalmente do sexo oposto( o que mais queria). O som, no mais alto volume, incomodava com freqncia os seus vizinhos. Seus "amigos" festivos chegavam e saam pela madrugada, acelerando as suas mquinas" e "rocando" seus estridentes motores; o que lhe valeu algumas denncias e ocorrncias policiais. O tempo foi passando e ele se sentia cada vez mais s; apesar dos seus esforos, despesas, sorrisos e de ser considerado pela turma como um "cara legal". Na verdade, R.A. sempre ficava sozinho, aps as sua noitadas festivas, quando todos os seus convidados se retiravam bbados e/ou drogados, cada um deles "ficando" com uma coleguinha, para a sua tristeza,cime,inveja e frustrao. Para o desespero de R.A., nenhuma garota lhe dava nada, alm dos dois beijinhos em sua face corada. As mais desejadas por ele, se "amarravam" mesmo era nos garotes mais "bonitinhos" e nos esteticamente normais. Pobre R.A.; sempre se sentia rejeitado e sozinho, com o seu defeito esttico, cheio de fantasias erticas com as suas coleguinhas, a duvidar da solidariedade dos jovens, to falada e propagada por suas convidadas. Ele tambm notou que raramente era visitado ou tinha companhia feminina, quando no fazia as suas festinhas. Quando lamentava o seu defeito fsico e a falta de beleza esttica, os outros sempre corriam a consolar-lhe com palavras bonitas de solidariedade, consolo e incentivo, apontando a sua "simpatia" e "solidariedade" com os colegas que ele tanto ajudava nos trabalhos em grupos, etc., (R.A., era muito estudioso). Mas, apesar de tanta oratria de consolo que as coleguinhas lhe ofertavam, o que ele realmente queria, era sexo; muito sexo mesmo (estava muito carente). Mas elas s queriam satisfazer-se com os seus amiguinhos mais "bonitos" e "gates" da turma. Hoje, com 26 anos, solitrio, impedido de atrair as garotas com as suas festinhas ( o pai cortou-lhe metade da mesada), ele se encontra sob forte depresso, sob risco de atentar contra a prpria vida. Seus festivos e barulhentos "amigos" deixaram de visit-lo, salvo uns poucos, menos estticos, solidrios na rejeio esttica.

-N.S.:, de 24 anos, foi salva do suicdio(aps uma tentativa), graas a presteza do atendimento psicoterpico. Est muito abatida e magra. Nem de longe lembra a beleza fsica que tanto atraa a moada, h alguns anos. Aproveitou-se (contou ela) de seu contorno epidrmico por apenas 10 anos. Nunca imaginou que o tempo iria lhe passar to depressa. Julgava-se bonita para sempre. Aos 14 anos era considerada a garota mais bonita de sua cidade. Era desejada por todos (ou quase todos) homens dali. Era muita "convencida", diziam muitos. Comeou a sair, ora com um e ora com outro; procurando na variedade ertica precoce, o prazer efmero das iluses coloridas da sua imaturidade mental. Na escola, desfilava lascivamente, pelos corredores e ptio, vendo e sentindo os olhares "gulosos" dos seus colegas, de toda a idade. Isto era o mximo que desejava, "inflando" o seu Inconsciente narcisista dominante. Estava sempre cercada pelos "caras" mais ricos e mais "bonitos" e com eles estava sempre envolvidas nos encontros furtivos,em barzinhos(onde aprendeu os "bons costumes" de fumar,bebericar e outros menos saudveis), festinhas ,etc. Seus pais se mudaram para um grande centro e N.S., mudou de palco e de...platia. Continuou a receber elogios e favores duvidosos de admiradores que espreitavam e cobiavam as deliciosas curvas e arremates cuidadosos do seu, sempre, exposto corpo. Ela se deliciava em saber-se desejada por tantos e tantas. Um squito de homens a acompanhava para onde fosse; obviamente, interessado apenas em sexo (iguais aos machos dos animais inferiores, que acompanham e brigam pela fmea, quando no cio). Noites sem dormir, barzinhos, botecos, bebidas, churrascos semanais, sexo variado e promscuo, etc.; foram marcando o corpo e a sua mente. Um dia, por insistncia dos seus colegas e "amigos", para no desapont-lo e no ser chamada de "quadrada", N.S. fumou o seu primeiro "baseado". Da foi um "pulo" para a dependncia de drogas variadas. Ento, rapidamente, foi perdendo a sua atrao, a sua sade e a sua nica fora atrativa e seu nico valor: a beleza fsica! Fora a Esttica, o que mais tinha ela a oferecer? Esgotou-se o seu manancial ertico e se viu solitria, engravidada, rejeitada e destruturada no fsico e na mente. Quase todos os seus admiradores, fs e "comensais" se afastaram por ela no ter mais belos traseiros, dianteiros, pernas, coxas e midos; tal como so exibidas aos fregueses, as diversas partes bovinas nos balces dos aougues. Segundo nos confessou: "os homens acabaram com a sua beleza e sade"! Quando procurou a terapia, N.S. estava muito deprimida e sem nimo para viver; assim como muitas outras, sem contedo interior, vtimas da imaturidade mental e da discriminao esttica; algozes de si mesmas.

Conversando com famlias do Interior, ouviam-se, com freqncia, relatos sobre "moas bonitas" que deixaram seus lares e cidadezinhas para se prostiturem nos grandes Centros; condicionadas e ludibriadas pelos exemplos negativos das novelas e comerciais da televiso que enaltecem e idolatram os atributos fsicos e externos das pessoas. Quantas pessoas capacitadas, principalmente femininas, so rejeitadas para determinadas funes e empregos, unicamente por serem consideradas "feias"? Quantos outros so bem aceitos, bajulados, cortejados e indicados para empregos, apenas por seus dotes fsicos exteriores! Muitos at incompetentes e incapacitados para esses empregos; mas, como so fisicamente "bonitos" e atraentes so colocados no lugar de quem tem competncia,honestidade e capacidade para exercerem as mesmas funes; mas, no "bonita" por fora!

As Razes do Mal

A formao vem do bero, diz o ditado popular. Com efeito; a criana condicionada pelos adultos que a rodeam. E esses primeiros adultos e modelos; so os pais. Estes so os seus mais importantes exemplos, principalmente a me, com relao filha e o pai, com respeito ao filho. A residem as principais causas de todo comportamento futuro da criana, do adulto e do futuro cidado maduro ou imaturo; consciente ou inconsciente; negativo ou positivo; animal ou Ser Humano; til ou nocivo Humanidade. No que toca ao exibicionismo esttico e a sua idolatria; temos que, quando uma me veste a sua filha pequena, de forma a expor o seu corpo, esta me est projetando na criana os seus desejos exibicionistas, narcisistas e erticos. Ela est usando a filha para aquilo que gostaria de fazer; mas, que se o fizesse, encontraria resistncia e crtica de outras pessoas. Essa mesma me andando nas ruas com a sua filha de saia curta ou justa, por exemplo, canaliza para si (de forma inconsciente ou mesmo sabendo) os olhares lascivos e desejosos dos homens , que a filha possa atrair. Vejam o quanto um distrbio mental se liga a outro! Imaginem, quantos doentes, desajustados e manacos sexuais esto soltos no meio da multido e daqueles que esto expiando o corpo da filha desta me! Multiplique este fato pelas vezes que as mulheres fazem isso com as suas crianas com o nmero de indivduos inconscientizados e desestruturados no mundo inteiro! A, vemos um dos fatores comportamentais que levam prostituio, idolatria do corpo, misria material e mental que tanto assola a humanidade. Na maioria das vezes as mes que procedem assim com as suas filhas; so mes imaturas, sem o conhecimento das bases do comportamento negativo e pouco ou nada sabem das motivaes que as levam a agir dessa forma doentia. Uma criana assim formada ( e so milhes e milhes) ser um adulto imaturo e, conseqentemente, inseguro,tanto quanto os seus pais. D para se avaliar a quantidade de pais e filhos imaturos e mentalmente desestruturados na nossa sociedade e no mundo.

O que se deve esperar deles? Se o indivduo, principalmente a mulher, possui os atributos fsicos desejados; se o seu corpo for atraente para os homens e vice-versa, condicionados que esto para verem somente o lado externo do outro,; tornar-se- um exibicionista at que entrem em decadncia esses mesmos atributos fsicos que lhes dava boniteza e servia de "isca" para atrair indivduos imaturos e volveis. Quando a degradao fsica vier, seja pela idade, por doena, pelo uso de drogas e vcios ou por algum acidente ( que pode nos acontecer a qualquer momento da vida), a pessoa "bonita" sofrer a rejeio daqueles que antes a desejavam e, que agora, iro em busca ( "caa") de novos corpos, mais novos e bonitos, a fim de satisfazerem as suas lascvias e fantasias sexistas . Quando aquela criana, exemplificada acima, tornar-se adulta no apresentar seu exterior fsico de acordo com o padro de beleza tipificado, exigido e condicionado pela sociedade; ela ser rejeitada e corre o risco de ser depreciada de maneira material, social e moral; alm dos transtornos psquicos que podero atorment-la por toda a vida; como nos dois exemplos clnicos citados acima. Ela, mesmo destituda dessas "belezas" fsicas, poder suplantar a "deficincia" com o enriquecimento interior,fortalecendo a sua mente Consciente(o Consciente Crebro-Mental), atravs do Conhecimento,da cultura ,dos Estudos e do Saber.

Uma pessoa internamente Bela mais interessante, til, Formosa e promissora; que, uma centena de beldades unicamente estticas e cheias de curvas, retas e tringulos eqilteros ou obtusos! As pessoas "pouco dotadas" fisicamente so comparadas e confrontadas com aquelas esteticamente "bem-dotadas". So os valores internos,mentais,humansticos e espirituais que advogamos, cuja constituio dar a segurana necessria para se sentir til e desejado, no pela efmera e ilusria embalagem epidrmica; mas, sim, pelo contedo rico e duradouro da solidez mental e espiritual; um autntico Ser Humano. Lembremo-nos que, no raro a beleza fsica e a permissividade sexual (que difere da liberdade sexual) esto ligadas ao crime, s drogas, s doenas fsicas e mentais e prostituio do corpo,da mente e do esprito. Comumente vemos nos noticirios criminosos famosos com "carres", iates e manses luxuosas, cercados por mulheres bonitas, distribuindo largos sorrisos de uma pseuda felicidade que de um momento para o outro podero ser substitudos por lgrimas e choro, quando forem desprezadas (quando no sofrem o pior) e substitudas por outras mais novas e bonitas. notrio que a beleza externa seduzida,facilmente, pelo dinheiro e pela fama. Agora, analisemos outros prejuzos e perigos que causados pela beleza fsica. Pensemos na frustrao que sente uma pessoa que v na rua, no cinema,na televiso,nas revistas,internet e vdeos porn-erticos. Essa pessoa sendo pobre, que tenha alguma deficincia fsica ou mental, que seja "feio"; ou, que seja um excludo social, como mendigos, marginais, tarados, foragidos, etc. Como reagiro to carentes pessoas ao verem centenas de mulheres desfilando e se exibindo, com seus corpos desnudos,exuberantes,lascivos e provocadores ? Seguramente, em sua mente consciente e/ou inconsciente formar-se- uma imensa frustrao por saber que uma mulher bonita e atraente no vai querer,normalmente, se envolver com uma pessoa que ela percebe no poder lhe proporcionar riqueza,poder e fama. Assim, na cabea daquele pobre e desesperanado admirador da "beldade", um turbilho de impulsos nervosos o levaro a tomar duas atitudes: resignao ou agresso. Para se resignar diante de tanta descarga eletroqumica, impulsionadoras de comportamento animalesco-sexual; necessrio que aquele crebro-mente esteja bastante forte, com um consciente vigoroso para conter e dispersar tanta energia do seu Inconsciente. O que pouco provvel em uma pessoa sem conhecimento, depauperado, revoltado, frustrado e faminto. O que mais deve ocorrer o ataque vtima bonita e desnudada, principalmente quando as encontram sozinhas e noite; como faz qualquer fera faminta. Da, tantos ataques sexuais. Dcadas atrs, o psiclogo americano Eckhard Hess comprovou que as pupilas de um homem se dilatam muito ao verem mulheres nuas e que as pupilas femininas pouco se dilatam ao verem homens nus. Tal fato j havia sido notado, h vrios sculos, pelos comerciantes chineses que observavam as pupilas dos seus fregueses para saberem do seu interesse pelas suas "mercadorias".

provvel que muitos homens, com suas pupilas muito dilatadas, estejam "vendo" e tratando as mulheres "bonitas" e sedutoras como "mercadoria" e "objetos" que aps o seu uso e desgaste, rejeitam-nas em troca de outras mais "bonitinhas", deixando muitas delas deprimidas e "desgastadas" pelo "mau uso" que delas fazem eles. Devem, pois, as mulheres, aprimorarem as suas mentes para saber distinguir os homens imaturos dos conscientes e responsveis. Outro problema que merece a nossa anlise quando se expe o corpo em mostrurio pblico; ele passa a ser visto e avaliado como uma mercadoria que se pode comprar trocar e vender. Exibindo-se desta maneira, as mulheres tero grandes dificuldades em se impor, alm de objetos de uso e descarte. . Quando algum valoriza em demasia a sua casca, no pode exigir que os outros reconheam e dem valor ao cerne, ao seu contedo; como querem muitos e muitas. Ao terminar este Trabalho, no poderamos deixar de enfatizar que o nosso propsito foi o de esclarecer a opinio pblica (voltado mais para a segurana,sade e bem-estar feminino), sobre eventos inconscientes,capazes de provocar transtornos mentais e fisiolgicos. Focalizamos mais a beleza fsica porque esta, sem o devido respaldo da maturidade mental, torna-se responsvel por grande nmero de conflitos, notadamente entre as mulheres, alvo preferido pelo condicionamento dos interessados na obteno de lucros e no prazer sexual dos neurticos sexistas. Certa vez, atendemos a uma jovem mulher que aos 15 anos tinha perdido a beleza exterior e se encontrava em deplorvel estado psicossomtico, em decorrncia do doentio erotismo precoce, vtima da prpria idolatria esttica ( dela e dos outros). Focalizamos mais o sexo feminino, neste Trabalho, por causa dos sculos de submisso a que foi submetido, causando-lhe dificuldades ao acesso cultura cientfica; razo pela qual, somente agora que elas esto tendo mais destaque (com muita competncia) no mundo cientfico. Dessa forma, o conhecimento sobre o seu universo mental lhe foi subestimado, restando-lhes, apenas, o cultivo de suas formas externas; do seu lado material subserviente aos homens imaturos de todos os tempos. lamentvel que at hoje, muitas, ainda, se encontram neste deplorvel estgio mental. Assim, ficaram vulnerveis frente s vicissitudes da idade, dos defeitos fsicos, da gentica no-embelezadora e das desfiguraes estticas. No tivemos a inteno de criticar ou julgar quem quer que seja; pois no somos juzes,puritanos ou salvadores. Focalizamos como terapeuta as causas e efeitos do tema aqui abordado. claro que nem todas as mulheres encontram-se voltadas, unicamente, para as suas peles. Cremos que muitas "Tereza de Calcut" passam despercebidas por ns. Seus valores esto alm..., muito alm da epiderme, onde os olhos vesgos do nosso tempo no alcanam.

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Nota: todos os dados pessoais, citados nos exemplos clnicos acima, foram trocados e modificados em respeito s suas dignidades.

Obs.: Este Trabalho, com algumas atualizaes pelo autor, foi publicado no Jornal "O Estado de Minas",em 12 de janeiro de 1986, sob o patrocnio da Jornalista e Editora Anna Marina Siqueira.

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Autor: CARLEIAL. Bernardino Mendona;

Psiclogo-Clnico pela Universidade Catlica de Minas Gerais;

Estudante de Direito da Faculdade de Direito Estcio de S-BH

Escritor e Pesquisador nas reas Jurdicas e Psicobiolagicas.

" A IDOLATRIA DA BELEZA FSICA "

Por: CARLEIAL Bernardino Mendona

Perfil do Autor

CARLEIAL. Bernardino Mendona;


Psiclogo-Clnico pela Universidade Catlica de Minas Gerais;

Estudante de Direito da Faculdade de Direito Estcio de S-BH

Escritor e Pesquisador nas reas Jurdicas e Psicobiolagicas. (Artigonal SC #3305567)

Fonte do Artigo - http://www.artigonal.com/psicoterapia-artigos/a-idolatria-da-beleza-fisica-3305567.html
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