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Ônibus Das 11:10H

Author: Valria Arajo Cavalcante

Author: Valria Arajo Cavalcante

nibus das 11:10h Em torno da 11h eles j comeavam a se reunir logo nas imediaes da parada de nibus, do velho e conhecido por todos, o Barroso.O seu trajeto era repleto de paradas e o nome da linha se referia a um bairro, que ficava pouco antes de Messejana.

Pelo fato da estrada ser ruim, os nibus que eram destinados a realizar o trajeto eram no mnimo pssimos, e davam o prego, ou seja, quebravam,constantemente. As caractersticas eram as mesmas, sempre muito velhos, comcarcaas bastante desgastadas a ponto de parecerem soltas, a cada curva a sensao era de que o veculo iria virar, vidros e bancos quebrados eram comuns, a sujeira era simplesmente absurda, fora o barulho ensurdecedor.

Mas isso no constitua problemas pros adolescentes que embarcavam s 11:10h, afinal eles pouco observavam esses detalhes. Eram alunos do colgio Cearense, Pio X, Joo Pontes, Brasil, entre outros, das redondezas da Praa Corao de Jesus em Fortaleza.

Na verdade, voltar no Barroso era a maior expectativa, visto que os alunos se preparavam com espigas de milho, caroos de pitomba e embalagens de desodorantes para o ataque que impreterivelmente ocorria na viagem de volta.

Logicamente, eles no aguardavam na fila. Mas, quando o inconfundvel veculo apontava na esquina, algum gritava invadir! Invadir! Invadir!, e todos corriam como podiam em direo a estreita porta a presso, que de to gasta permitia a passagem dos mais esbeltos com algum esforo. O problema, que as pessoas que esperavam na fila ficavam furiosas, porm ningum se atrevia a meter-se entre eles. Poisestavam ficando robustos...

Naquele dia em particular, havia uma senhora esquisita na fila. Logo chamou ateno pelas vestes extravagantemente coloridas, sua maquiagem forte e borrada, alm das vrias saias superpostas, com detalhes e tamanhos diferentes, muitas pulseiras, colares, muitos adornos de cores diversas eum turbante na cabea.

Claro, que na hora que os estudantes invadiram e simplesmente tomaram a frente das pessoas se agarrando aos apoios laterais da porta traseira, quando o nibus ainda nem havia parado, ela berrou Bando de cavalo! Vocs estudam pra que? Seus brutos!.Porm, sua voz foi abafada pelo barulho do carro que fazia manobras pra frente e pra trs. Enquanto alguns permaneciam grudados na porta, outros comearam a empurrar para entrar assim que o veculo parasse.

Ento, comeoua massagem. Era tanta presso pra lados opostos que ningum saa do lugar, todos disputando um espao, at que o mais forte retorceu-se mandando cotoveladas ao vento e tomou a frente dos que estavam na porta.Estes, estavam imveis devido presso contra o veculo. Algum disse abre a porta motorista!, de mediato a resposta vem do fiscal, no est na hora.

Foravam um pouco as borrachas e as portas velhas, que j no ofereciam muita resistncia se abriam. Logo, alguns entravam, outros eram derrubados ou pisados, mas fazia parte do show. O interessante, que, os adolescentes,faziam confuso pra entrar e no sentavam nos assentos. Preferiam ir de p, pra poder executar os "planos de ataque", o primeiro no sinal da Aguanambi e o segundo na parada do Loureno Filho

Na subida, a mulher, dos seus aproximadamente sessenta anos no se controlou ao ver tamanhos absurdos, e comeou a falar sem parar Estudante coisa do coisa do co! Num t vendo isso, falta de educao! Bando de bicho! Deviam t numa jaula! Devia ser proibido estudante andar de coletivo, eles no so gente! Seu motorista, tome uma providncia, o senhor que tem esse direito! Mande esses moleques calarem a boca! Eles fazem muita zoada, t que um inferno isso aqui!

O motorista fez ouvido de mercador, afinal, seus passageiros eram os alunos, ele por fazer aquele horrio h muitos anos j havia se afeioado a meninada e at contribua pra algazarra. Vira e mexe fazia arrancadas e paradas bruscas e todos gritavam em coro ahhhhhhhhh segurando onde dava, e o som era sempre nas alturas!

Isso fazia com que a mulher se irritasse cada vez mais. Ao perceber que era ignorada passou a baixar o nvel, e a fazer agresses verbais. J no sabia quem ofendesse, ento saiu xingando todo mundo, desde os estudantes ao trocador, motorista culminando na me do motorista. A o bicho pegou!

As essas alturas rolava um bate boca danado no nibus, eram todos contra a mulher. Enquanto ocorria a discusso, na parada da avenida Aguanambi, aconteceu o primeiro tiro de lanamento de sabugos de espigas de milho e caroos de pitomba ao alvo, que era o interior dos carros parados no sinal.Ao dar partida foram contabilizados cinco veculos atingidos no seu interior,sendo duasbem na cara da patricinha ou no mauricinho. Os pontos foram anotados para os respectivos lanadores.

Para evitar ouvir mais abusos, o motorista resolveu aumentar o som. O nibus ficou completamente absorvido em rudos, a mulher parecia a co chupando manga! At o trocador, que era um cara de paz, estava indignado.

Segunda parada de ataque, Loureno.Um dos lderes grita:baixa todo mundo, se abaixa, se abaixa ai, algumas poucas pessoas entraram. Aquele horrio era conhecido, quem ia pela primeira vez, no ia nunca mais. Quando o motorista deu sinal de partida l vem o grito de ordem agoooooooooora!!, e vrias mos saram das janelas borrifando algum tipo de lquido nas pessoas da parada com suas embalagens de desodorante lotadas. Ouviam-se alguns gritos e ofensas de toda qualidade, mas no interior do nibus todos estavam dormentes de tanto rir. Isso tudo porque alguns alunosdo Joo Pontes no se davam bem com outros do Loureno Filho, conseqncia dos jogos de futebol entre as selees dos colgios.

Continuou a viagem com a confuso cada vez mais inflamada. Os estudantes, que agora j respondiam, nos mesmos termos, provocavam naquela humilde senhora a extrapolao do que havia de mais sujo no seu vocabulrio.


Ocorre que no meio de tanta confuso, a mulher estendeu o brao e puxou o fio dando sinal ao motorista para descer. Porm, devido a tanto barulho o motorista no ouviu o sinal e passou do lugar.

Imediatamente, a mulher esbravejando dio dirigiu-se ao motorista e de modo estpido e aos gritos disse seu motorista!!t doido? surdo? Ou os dois tudo junto? t com mal de corno???? Olhe, faz um tempo que eu puxo no cordo dessa descarga aqui e voc no pra pra eu descer!. Estarrecido, o motorista no teve outra reao seno parar imediatamente, mas estava engasgado com tamanho desaforo. Ento disse logo que parou, em alto e bom tom ento pode descer seu monte de merda!!!!!About the Author:

Adoro a criatividade humana, e a ausncia de limite que remete. Admiro os escritores, pois exploram o que h de mais lucido, absurdo, obscuro e louco dentro do seu mundo. O artista se expe, extrapola, vence suas barreiras e nos leva a reflexes inimaginveis! Gosto de criar e me entregar a esse mundo to saudvel e revigorante, onde nele tudo possvel, nele posso sonhar, explorar minha imaginao, enfim, nele sou completamente livre!

GOSTARIA QUE QUEM SE INTERESSASSE VISITASSE MEU BLOG, L TENHO OUTROS TRABALHOS E TAMBM H ESPAO PARA DIVULGAO DE TRABALHOS DE SEGUIDORES, TODOS ESTO CONVIDADOS! O ENDEREO : http://valeriaaraujocavalcante.blogspot.com/
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