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Insegurança Alimentar

Author: Renato Arajo
Insegurança Alimentar

Author: Renato Arajo

com pesar que chegamos marca de 1 bilho de pessoas passando fome no mundo. Em estudo divulgado pela FAO (Food and Agriculture Organization of the United Nation), somente na Amrica Latina e Caribe, 53 milhes de pessoas sofrem de fome crnica. Este estado mundial reflexo de nossas escolhas, nosso modelo de desenvolvimento deve ser revisto. A produo de commodities e no a de alimentos que impulsiona a economia de pases como o Brasil. Em meados dos anos 60 e 70 passamos pela chamada Revoluo Verde, com a promessa de aumentar a produtividade e a diminuio do manejo. Sim, aumentamos a produo e trocamos o manejo tradicional por manejos qumicos, e hoje vemos, cada vez mais, a dependncia dos pequenos e mdios agricultores das grandes transnacionais. A biotecnologia, a maquinaria pesada e o uso de fertilizantes e agrotxicos levou a uma verdadeira crise no meio rural. Uma crise ecolgica, que abrange o social e o ambiental. O vnculo que essa metodologia de cultivo produz doentio. Como no caso dos transgnicos, onde o agricultor convencido que alcanar maior produo e rentabilidade se cultivar monocultura de uma semente modificada geneticamente. O grande problema em questo no a tecnologia em si, mas sim os efeitos socioambientais que so gerados por este sistema. Em reao a isto, no dia 21 de outubro, foi realizada uma manifestao no centro de Porto Alegre para marcar o dia nacional de luta contra os transgnicos. A questo da segurana alimentar de fundamental importncia para a estratgia de uma nao. Nosso atual modelo de desenvolvimento agrcola se concentra na produo de gros para exportao, e no de alimentos para a populao. O sistema da agroindstria utiliza grande quantidade de insumos qumicos, onde, segundo estudo da consultoria alem Kleffmann Group, o Brasil j o maior mercado de agrotxicos do mundo. Este atual modelo de agricultura no est sendo capaz de resolver o problema da fome crnica no mundo, alm de estar causando um novo xodo rural, condensando as terras nas mos de grandes corporaes transnacionais. Para resolver o problema temos que adotar outra postura. J esto sendo desenvolvidas diversas experincias no campo da agricultura ecolgica ou regenerativa. Nesse contexto, h uma teoria que traz um novo alento para este modelo de cultura, a trofobiose. Em estudo feito por Jos Lutzenberger, as plantas cultivadas em um solo sadio, com vitalidade, no sofrem os mesmo ataques de pragas, como no sistema de monocultivo, com o uso de insumos qumicos. Essa teoria prope que os aditivos qumicos, tais como os adubos (sais solveis concentrados) e os agrotxicos, alteram a sntese de protenas das plantas, causando uma desarmonia no metabolismo do vegetal. Sendo assim, elas se tornam doentes e carregadas de aminocidos livres, acares e nitratos. Estes so os alimentos preferidos de fungos, bactrias, caros, nematides e insetos. Em um sistema agrcola manejado de forma ecolgica o solo possui fundamental importncia. Na agricultura moderna o solo apenas um suporte para a cultura produtiva. Tcnicas simples como adubao verde, que consiste no cultivo de plantas gramneas, leguminosas, ervas nativas, arbustos ou rvores que enriquecem o solo com nitrognio, fsforo, potssio, clcio, enxofre e micronutrientes; mais a adubao mineral com produtos de solubilidade lenta, como p de rochas e restos de minerao, aliados adubao orgnica que o uso de esterco curtido, compostos fermentados, cobertura morta ; junto com o uso de defensivos naturais, formam um sistema de cultivo que no pode ser patenteado por nenhuma grande, mdia ou pequena empresa. Tais tcnicas podem representar a liberdade do agricultor. Alm de cooperar com a Natureza, tais mtodos podem ser uma alternativa para o pequeno e mdio produtor se manter no campo de forma justa e digna, e assim cultivar alimentos saudveis para a populao mundial. About the Author:

Renato Arajo ecologista gacho formado em tcnico em Meio Ambiente, atuando como voluntrio na Fundao Gaia - Legado Lutzenberger




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