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subject: Pânico: o medo e seus efeitos restritivos [print this page]


H que se valer do alerta que a vida lhe d - o sintoma - para buscar viver melhor...entender-se mais!

Medo?!

Viver pressupe riscos. um ato dinmico, no pode ser controlado.

Ainda assim o ser humano busca a segurana e o controle ao longo da vida.

Quer fazer seguro de tudo...e o medo lhe vem de rebote.

Quanto mais medo sente, mais recursos tm que mobilizar para tranqilizar-se.

Quanto mais tenta, mais experimenta o medo.

Tudo isso porque no v a perda como um processo natural da vida.

No quer passar por isso: fracasso, erros, etc...

No entende a funo do desapego como um caminho para o seu crescimento.

"Vencer ao mundo fcil. Difcil vencer a si mesmo".

S a vida lhe dar as situaes adequadas para este ensinamento.

Mas como duro!

Tudo o que se faz tomar estas questes como situaes a serem vencidas!

Mas "de que adianta ao homem vencer o mundo se vier a perder sua alma?"

Para onde estamos olhando?

O que estamos valorizando?

Estamos dispostos a ir mais alm?

Abrir-nos ao que no conhecemos ou concordamos?

Ou apenas tentando nos defender?

Quando beb, sente-se totalmente vulnervel e dependente.

Tem que contar com pessoas para cuidar de si.

Veio de uma outra condio: a de aparente perfeio.

O alimento vinha-lhe da maneira exata, a temperatura parecia criteriosamente regulada...enfim tudo lhe parecia perfeito.

Quando nasce, parece passar por um grande trauma: a separao, a mudana de vida.

Estranha, sente-se perdido.

Precisa de tempo e de ajuda para acostumar-se nova realidade.

dependente. Precisa de quem o ame e cuide.

No se conhece e nem ao mundo.

Tudo o que sabe o que sente.

Quer ser amado...importante.

Sua identidade se formar a partir do seu relacionamento prioritariamente com a me ou sua substituta e a partir dos valores que esta tiver e de suas percepes do mundo.

certo que j nasce com caractersticas prprias e tendncias, mas suas experincias afetivas com esta figura de ligao e sua respectiva tica de mundo, influenciaro diretamente sua maneira de ver a si mesmo e a tudo...e ter toda uma vida para tentar compreender e ir alm desta simbiose inicial, para tornar-se algum com caractersticas prprias.

Como nada perfeito na vida, herdar at o que no se gostaria: medos, dificuldades e inseguranas daquelas pessoas mais importantes em sua vida.

Tender a repetir seus comportamentos e sentimentos.

Alm disso, sua forma de ser e estar no mundo sero em parte conseqncia de situaes difceis que tiver atravessado na infncia (ou a sensao disso ter acontecido).

Exemplo: ameaas de separao ou perda podem gerar posteriormente um comportamento de ansiedade, fobias ou Sndrome de Pnico, a serem avaliados, claro dependendo ao que estas lembranas estiverem associadas.

Estas experincias, uma vez registradas,ainda que no se perceba consciente e claramente, podem produzir uma conduta medrosa ou angustiada quando em contato com situaes que lhe remetam de alguma forma quelas vivenciadas.

Quanto mais dolorosa e difcil tiver sido a situao, maior a dificuldade de acessar e entend-la livremente.

Podem surgir pesadelos horrveis, fobias ou outros casos mais complexos, a depender de como se tenha administrado estas dificuldades internamente.

s vezes, sofre-se de problemas que nem se sabe o porqu.

So medos aparentemente ilgicos e inexplicveis que aparecem como que do nada o deixando desesperado e com a sensao de impotncia por isto lhe causar tanto sofrimento e estranheza e por no vislumbrar a sada para o problema.

No se pode esquecer, claro, que tudo isso valeria para qualquer situao de vida que se estivesse analisando. preciso enfatizar tambm que as coisas no so to esquematizadas e lgicas quanto possa estar parecendo.

Cada pessoa dar seu prprio tom ao que tiver vivido. Alm disso, existem os fatores genticos e tantos outros que devem ser considerados tambm para uma devida apreciao da situao. Contudo, sempre vlido exercitarmos nossa capacidade de reflexo. No podemos apenas buscar nos medicar, como forma nica e principal por esta exigir menos envolvimento com o processo que estivermos vivendo e seguir em frente sem atentar para os motivos mais inconscientes que esto determinando nossas escolhas ainda que estas possam estar parecendo s nicas cabveis.

Muitas pessoas hoje em dia esto sofrendo da chamada Sndrome de Pnico.

interessante notar que em geral so pessoas muito capazes, com personalidade do tipo independente que, em algum momento, comeam a se sentir o contrrio do que essencialmente so. Tornam-se limitadas, apavoradas...bloqueadas por seus medos. Buscam incessantemente as causas e nada parece estar associado a nada, o que lhes aumenta ainda mais o medo, inclusive o de no ficarem curadas.

Aumenta a ansiedade e com isto as chances de crises e estas lhes tornam cada vez mais temerosas e limitadas, Por qu? Por que ser?!

H que se analisar criteriosamente, mesmo porque vrias podem ser as causas assim como as formas de tratamento.

Vale sempre lembrar o quanto vivemos longe de ns mesmos alienados...inconscientes.

Vivemos reagindo, ou seja, agindo no espontnea e livremente, mas em resposta a alguma coisa.

Como no paramos para pensar mais profundamente nas coisas que esto nos acontecendo, temos que dar respostas ao que est sendo proposto a cada momento.

Perdemos o contato com o nosso eu.

H tanto o que fazer...Mas sempre dizemos no termos tempo para aquelas coisas que exigiriam mais de ns. Autoconhecimento? No, a medicina est avanando to rapidamente que logo teremos os remdios para estes desconfortos mentais e emocionais.

At quando fugiremos deste momento? Por que to difcil parar? Por que continuamos achando algum ou alguma coisa resolver por ns a situao? Por que permanecemos alheios ao que nos acontece?

Somos responsveis por ns mesmos, pela vida que estamos delineando...

Por que no buscamos mais? Por que no mergulhamos nas pistas que esto sendo dadas e usar a situao como um motivador para arranjar a fora necessria para vencermos nosso comodismo e automatismo?!

No adianta deixarmos na mo dos outros ou culp-los pelo nosso sofrimento... Sempre devemos nos perguntar se estamos agindo ou apenas nos lamentando.

Como agir se temos medos que nos tornam to restritos? Entrar em contato.

Fugir s aumenta a dimenso do problema e nos torna frgeis e vulnerveis.

Alm disso, tememos muito o que no conhecemos ou dominamos. Mas nunca as coisas acontecem do nada. Por isso preciso nos aproximar mais de ns mesmos, pois as respostas estaro neste lugar: o do inconsciente. Muita gente fica apavorada com isso pois no se sente capaz ou tem medo e muitas vezes optam por caminhos mais passivos, relativamente, como massagens, tratamento exclusivamente medicamentosos, hipnose, etc..."faam com que eu fique bem". Nada contra mtodo algum e sim um alerta para o pensamento mgico ou medroso.

Precisamos crescer, buscar, escolher...questionar. Ningum poder viver a nossa vida por ns, resolver nossos problemas.

Temos muito medo de sofrer. Tememos at pensar no que possa nos acontecer...

preciso perceber que o que nos chega deve ser por ns bem recebido.

Devemos nos abrir a vivenciar as situaes com f e sem desespero, na certeza de que se algo est se apresentando em nossas vidas deve ter alguma funo importante.

Lutar contra, resistir, s tornar as coisas piores.

Nada de jogar a toalha ou pensarmos que merecemos sofrer. Devemos lidar com a situao. Cultivar o firme propsito de viver! Combater em ns, tudo o que contrrio opo pela vida, o desnimo, a preguia, o negativismo e todo o tipo de ato que consciente ou inconscientemente nos leve autodestruio...e nos deixar ensinar e moldar a cada momento, a cada situao, a cada tristeza, a cada vitria...

Ir em frente, lidar com o medo de viver e de ser o que se .

...ser, amar, viver!

Pnico: o medo e seus efeitos restritivos

Por: Larissa Tmara De Melo

Perfil do Autor

Auditora Fiscal da Receita Federal, Ps Graduada em Direito pela USP, Bacharel em Psicologia pela UNIMAR. Atua em diversas palestras, nacionais e internacionais na rea criminalstica, previdenciria, penal e civil.

Psicoterapia individual de crianas, adolescentes e adultos.

Psicoterapia familiar.

Psicoterapia conjugal. (Artigonal SC #3499021)

Fonte do Artigo - http://www.artigonal.com/auto-ajuda-artigos/panico-o-medo-e-seus-efeitos-restritivos-3499021.html




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