Board logo

subject: Liberdade, Doutrinas E Educação [print this page]


Author: Carlos Henrique Arajo
Author: Carlos Henrique Arajo

Liberdade, Doutrinas e Educao. Carlos Henrique Arajo .No h educao sem liberdade de pensamento. O essencial no ato de educar possibilitar ao estudante o acesso tradio do pensamento, a ricas experincias de contedos e a informaes relevantes. Explicitar mtodos e procedimentos no ato de educar fundamental para ajudar as pessoas a aprenderem por si mesmas, de forma autnoma, perseguindo as solues de suas curiosidades O estudante precisa estar capacitado a escolher as informaes relevantes dentre as infinitas possibilidades. John Dewey (1859-1952), um grande filsofo e educador americano, afirmava que o ideal de uma educao centrada no aluno no o acmulo de informaes e conhecimentos, mas o desenvolvimento das capacidades. Mas, professores esto sendo vencidos por dogmas e clichs. Muitos tentam ensinar por meio de meias verdades, criando mistrios e apenas construindo obscuridades. Abdicam da descoberta, da curiosidade, da dvida e do saber factual. Cultivam a mansido do pensamento, o decorar e o repetir. Doutrinam! Professores e alunos deixam de descobrir, interagir e aprender. Ao contrrio da doutrinao, educar o exerccio da motivao e da curiosidade para o aprimoramento paulatino do conhecimento, do domnio das tcnicas e do desenvolvimento de habilidades. Exige como procedimento disciplina, foco, clareza e envolvimento. Educar, no mbito da escola, , sobretudo, facilitar e instrumentalizar o estudante para o entendimento necessrio sobre as coisas, as pessoas e as relaes. Uma grande parte de nossos professores apenas repete informaes inteis e trabalha com ideologias e clichs em sala de aula. A pedagogia que est funcionando das caricaturas e advm diretamente do ensino superior. Os pedagogos e os licenciados brasileiros, recm formados, descrevem os interesses e os conflitos em torno de sua disciplina, mas no esto preparados para o cotidiano da escola. Trabalham grandes questes tericas, mas sequer podem orientar o estudante a compreender e entender os mecanismos da matemtica e da leitura. Um estudante tpico que consiga finalizar o ensino mdio no Brasil no aprendeu um ofcio, no desenvolveu habilidades e competncias exigidas pelo mercado de trabalho, dificilmente domina outra lngua e apresenta inmeras deficincias em leitura e pensamento lgico. Sobre cincias, decorou algumas poucas frmulas para resolver problemas treinados. A imensa parte dos estudantes sequer entrou em um laboratrio e ainda pensa a natureza de forma pr-cientfica e popular. Uma rpida avaliao do ensino de humanidades na educao bsica brasileira pode assustar as mentes mais atentas. Uma boa parte da mitologia social e poltica matria de doutrina de nossos alunos, em escolas pblicas ou privadas. Percebe-se que o ensino de geografia, histria, sociologia e filosofia esto dominados por ideologias e falsas hipteses de explicao dos fenmenos sociais. Os alunos saem a repetir frases feitas, panfletrias, que reduzem e subjugam os dados factuais aos moldes de idias preconcebidas. Quando finalizam o ensino mdio acreditam, por exemplo, que os problemas nacionais so derivados das imensas injustias sociais cometidas por uma elite m e perversa. Juram que os empresrios e as grandes empresas so o mal encarnado. Repetem e versam teorias conspiratrias como explicaes da realidade social. Por vezes, os males do mundo so frutos da ao do grande Imprio norte-americano outras do catolicismo e suas normas ultrapassadas. Em muitas salas de aula de humanidades no h nenhum fenmeno social, poltico ou econmico que no seja reduzido a uma simples luta de classes. Doutrinam fortemente os estudantes a pensarem por meio de teorias de claros interesses polticos. Para confirmar isto uma simples leitura de livros didticos de estudos sociais suficiente. Doutrinar e educar so duas posturas radicalmente diferentes e incompatveis. O mundo global exige muito mais do que a mera repetio e reproduo de antanho. Exige uma mente aberta e preparada para aprender de forma permanente, superando obstculos e desenvolvendo percias. No Brasil, sequer estamos ensinando os estudantes a lerem com competncia. Maus leitores so presas fcies da propagao de mitos e manipulaes. Infelizmente, isto o que est acontecendo no Pas. O remdio para combater a invaso das doutrinas em nossas salas de aulas a leitura competente como um atributo de todos os que esto no sistema de ensino. preciso desenvolver as capacidades e no cerce-las! Mestre em Sociologia, Consultor em Educao e Ex-Diretor do InepMEC.About the Author:

Mestre em Sociologia, Consultor em Educao e Ex-Diretor do InepMEC. chfach@gmail.com




welcome to loan (http://www.yloan.com/) Powered by Discuz! 5.5.0