subject: A Instância Simbólica, O Instante Diabólico, E O Estantuário [print this page] quarta-feira, 13 de janeiro de 2010 A INSTNCIA SIMBLICA, O INSTANTE DIABLICO, E O ESTANTURIO Em A troca simblica e a morte, Jean Baudrillard discorre sobre o problema sistemtico da compensao encerrado na acumulao sintagmtica pela duplicao. Duplicao que gera equivalncias gerais frente o introcvel radical da singularidade: a prpria morte-signo que faz com que todos os outros troquem-se. A morte no se troca. Mas a prpria duplicao gera a acumulao como reproduo que mantm a morte como sua internalidade radical, transcende radicalmente como internalidade mtica, como mistrio e como Incosnciente. A lgica da morte e da duplicao a mesma: anulao das diferenas ao indistinguvel - a pseudodicotomia morte- vida se reduz nas identidades dos signos reproduzidos a coincidir no vazio como acumulao. Por isso, para Baudrillard, a economia poltica e o capital so o sistema de morte. O ser-para-morte sinalizou Freud os vetores seu mito da pulso de morte, no menos mtico que do Incs. A pulso de morte era a tendncia sistmica do organismo reduzir-se a seu estado inorgnico, que lhe mais primitivo. O problema que ser-para-morte contm em si o paradoxo, o de que a morte nunca deixa de ser, ela se troca com seu alelo. Ser e morte coincidem na indeterminao que contm a pulso: estado primitivo da plenitude mtica. Morte seno como ltimo suspiro que se faz no mito de sua angstia. A relao tambm tende a conservar seu estado na reproduo, equanto relao mesma j contm a negao. A reproduo viva com as diferenas a superao do idntico cumulativo pela mudana da qualidade. Eros duplicado uma troca smbolo da morte no sexo, como signos pares, alelos: morte contrainvestida. Porque a morte a ainda signo e resguarda o minimum da distino e produz valor, sendo a morte mesma inestimvel, sem valor. O sistema simblico da morte, e a pulso como seu emblema, consiste numa autoabsoro de signos idnticos entre si. A a acumulao sintagmtica, ou uma rotao invarivel se equivalem como funo de mortificao, como a onomatopia o equivalente lingustico da morte da prpria linguagem, quando ela se autoanula na acumulao indistintas de seus prprios termos, como a angstia da morte-viva signo da morte na vida. O problema da duplicao para a economia dos signos na ordem simblica o mesmo do simulacro de produo ou a mmese narcsica: o de no poder haver troca entre idnticos, se misturam, interpenetram-se, tornam-se de pronto uma s coisa indistinta. No h a possibilidade de superao qualitativa, de reproduo das diferenas e conservao destas: a homossexualidade assombra a como simulacro sexual, sexo sem troca, acumulao ergena, acumulao libidinal que representa a morte pela inoperncia, pela falta de finalidade, total represso na ordem dos signos e dos valores correspondendo liberao total, isto , anulao mtua. Nessa perspectiva, nosso modo atual de produo e de trabalho social no outro seno o da morte - equivalncia geral e indistino, perda efetiva de radicais. Ora precisamente isso a predileco da morte, e tambm por isso a pulso de morte s se faz-se mito, ltimo recurso da Razo trocar-se na ignorncia da prpria morte (incognoscvel), ignorncia prpria. FELLIPE KNOPP, Ateu Postado por THEORIKNDOXAS
A Instncia Simblica, O Instante Diablico, E O Estanturio