subject: Espiritismo, ciência de observação ou fruto da imaginação? [print this page] Essa questo, muito embora j esteja bem esclarecida e fundamentada por Kardec, permanece merecendo ateno especial. Muitos ainda demonstram inconsistncias na argumentao sobre a validao cientfica dos fenmenos espritas. H um fato citado na Gnese, o qual devemos estar atentos: "Tornou-se observao comum, naquela poca e ainda hoje, manifestaes de individualidades inteligentes demonstrando total desconhecimento do seu estado desembaraado do corpo fsico, acreditando ainda fazerem parte da vida terrestre.
Consideremos ainda que nenhuma manifestao antecipada se deu afirmando-nos a existncia de espritos. Os fatos observados e repetitivos chamaram a ateno daqueles que, na poca, se dispuseram a pesquisar com seriedade, no sendo estabelecida nenhuma teoria preconcebida. Assim, no foi proposto como hiptese a existncia de Espritos, nem perisprito ou qualquer aluso a reencarnao. Os fatos espritas no vieram confirmar uma teoria. A teoria que veio posteriormente explicar e resumir os fatos observados, da podermos afirmar que o Espiritismo uma cincia rigorosamente de observao e no produto da imaginao. A metodologia adotada pelo Espiritismo segue a mesma forma que as cincias positivas, ou seja: fatos novos se apresentam sem que possam ser explicados pelas leis conhecidas; ento segue-se uma sequncia de aes observao, comparao, anlise. Remontando os efeitos s causas, chega-se lei que os rege, para depois deduzir-lhe as consequncias e buscar aplicaes teis.
A cincia material tem por objeto o estudo das leis que regem o ambiente material denso. O Espiritismo tem por objeto de pesquisa o conhecimento das leis que regem o princpio espiritual bem como o ambiente no qual reina a matria sutil o campo em que a inteligncia e a individualidade assumem caractersticas potenciais de liberdade muito mais amplas e diversificadas. Assim, como j dissemos em outras abordagens, Espiritismo e cincia no devem se confrontar, mas o seguimento cientfico do Espiritismo propicia um novo enfoque para a cincia tradicional, ampliando-lhe o campo de observaes e pesquisas num encadeamento perfeito; alis, processo este que no apresenta nenhuma novidade, j que um breve exame da evoluo cientfica nos leva a seguinte reflexo: "Todas as cincias se encadeiam e sucedem numa ordem racional desde os mais remotos tempos". A astronomia se apoiou na fsica para evoluir, assim como a qumica tambm, e juntas marcham, uma se amparando na outra, de forma complementar. A anatomia, a fisiologia, a zoologia, a botnica e a mineralogia s se tornaram cincias srias com o auxlio da qumica e da fsica. A geologia e tantas outras cincias hoje disponveis, tal como a mecnica quntica, a nanotecnologia, a engenharia gentica, foram sucessivamente agregando valores ou at mesmo provocando revises de conceitos relativos s que lhes antecederam na histria evolutiva.
Devemos nos lembrar que, ignorantes sobre as leis que regem o mecanismo do Universo, os astros eram, para o vulgo, seres misteriosos, alvo de inmeras supersties. Quando Galileu, Newton e Kepler tornaram conhecidas essas leis, quando o telescpio rasgou o vu e mergulhou nas profundezas do espao, os planetas apareceram como simples mundos semelhantes ao nosso e o encanto pelo "maravilhoso" desmoronou. O mesmo se d com os fenmenos espirituais, antes na categoria do "maravilhoso", dos "milagres", da feitiaria, que foram estudados metodologicamente por Kardec, descortinando-nos pelo Espiritismo as leis que nos permitiram resgatar esses fenmenos para o campo da normalidade, apenas e simplesmente ocorrendo num campo onde a cincia ainda no havia penetrado. Hoje, as pesquisas cientficas, na sua trajetria evolutiva, vm ganhando cada vez mais velocidade numa rota de convergncia com o Espiritismo. A cada dia a cultura popular vem agregando esses novos conceitos sobre a "vida", tanto no campo encarnado como no desencarnado, especialmente por intermdio da televiso, do cinema ou da rdio, para no se falar das inmeras obras literrias e pesquisas de inestimvel valor que se vem produzindo em perfeita harmonia como o plano espiritual. O fenmeno da psicografia, em especial o estudo das obras de Andr Luiz, vem, a cada dia, por fora das necessidades humanas atuais, trazendo de volta a esperana e uma compreenso positiva da vida em suas extraordinrias e ilimitadas possibilidades para alm das nossas percepes materiais momentneas. O Espiritismo nos prope a libertao de ns mesmos, possibilitando-nos um incomparvel significado para nossas existncias, em especial, nos transmitindo foras para os enfrentamentos evolutivos que nos cabem.
Espiritismo, cincia de observao ou fruto da imaginao?