subject: ADESÃO AOS MEDICAMENTOS ANTIRETROVIRAIS DOS PACIENTES DA VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DO MUNICIPIO DE LAGES-SC [print this page] Ao assistirmos pessoas com AIDS, percebemos que importante entender quem so, quais singularidades devemos aprender e quais as vivncias e experincias dessas pessoas, o que, s vezes, no tarefa muito fcil. Conhecer os reais entendimentos, concepes e anseios de um paciente possibilita-nos uma assistncia mais direcionada necessidade daquele paciente, obtendo assim, resultados mais eficazes na adeso ao tratamento do portador da doena.
Os dados obtidos neste trabalho apontaram que a grande maioria dos pacientes tem dificuldade em aceitar sua doena e receio em falar sobre ela, observamos a dificuldade que os mesmos tm em revelar seu problema para familiares e at mesmo para os profissionais de sade da Unidade Bsica do seu bairro por medo de serem discriminados.
"O medo de sofrer estigma, preconceito ou discriminao faz com que comunicar o diagnstico para outras pessoas do convvio scio-familiar seja uma deciso difcil, cujo ato, muitas vezes, ainda adiado ou evitado" (BRASIL, 2008).
Mas apesar de todos os problemas, percebemos que a grande maioria dos entrevistados procura levar seu tratamento corretamente, seguindo horrios, mesmo tendo dificuldade em guardar seus medicamentos para outras pessoas no verem. Outros pacientes citaram terem interrompido o tratamento pelo menos uma vez, por falta de vontade de continuar o mesmo.
Quando h uma boa relao entre profissionais da sade e pacientes, ou seja, atravs do dilogo, possvel construir a aceitao do regime de tratamento prescrito. Alguns pacientes ainda no fazem uso do tratamento medicamentoso, mas vale lembrar que quando o paciente ainda est em estgio da infeco do HIV, que no necessita de tratamento medicamentoso especfico (momento assintomtico), isso no deve excluir outras formas de cuidado. nesse momento que profissionais de sade podem identificar possveis dificuldades psicossociais vivenciadas e, assim, prepar-lo para primeira prescrio antiretroviral.
Constatou-se que a maioria dos entrevistados procura informaes sobre sua doena e que ao descobrirem que so portadores da mesma, consideram importante e necessrio a adeso ao tratamento, sabendo o que pode acontecer se no aderirem ao tratamento medicamentoso, no influenciando a idade e nem a escolaridade dos pacientes, pois as repostas foram similares.
importante ressaltar que a partir do momento em que os pacientes passam a adquirir mais informaes tendem a tornar-se mais questionadores. Observamos que a combinao medicamentosa de todos os pacientes varia, alguns citam que tem reaes adversas e outros que nem sentem que tomam o coquetel. Sendo que a grande maioria j faz o uso dos medicamentos h mais de cinco anos. Alguns relataram que sua qualidade de vida at melhorou aps a adeso ao tratamento, outros dizem que levam uma vida normal.
Dessa forma, tais resultados apontam que os entrevistados tm conhecimento sobre sua doena e a importncia da adeso do tratamento, cabendo assim aos profissionais da rea da sade compreender, acolher e atender as demandas do usurio, dispensando-lhes a devida ateno, com o encaminhamento de aes direcionadas para sua resolutividade.
Conclumos que o diagnstico de HIV/AIDS ainda suscita nas pessoas muitas questes e desafios de natureza psicolgica, social, cultural e econmica. Do ponto de vista do tratamento, o momento atual tem mostrado avanos na produo de medicamentos mais potentes, com administrao facilitada e com menos efeitos colaterais, melhorando assim a qualidade de vida do paciente que portador dessa doena.
REFERNCIAS
BRASIL. Ministrio da Sade. Departamento DST/AIDS. Adeso ao tratamento da AIDS no Brasil, 2004. Disponvel em www.aids.gov.br; acessado em 19/05/2010.
_______. Ministrio da Sade. Departamento DST/AIDS. Projeto Viva Cazuza, 1994.
FIGUEIREDO, R.M; SINKOC, V.M; TOMAZIM, C.C; GALLANI, M.C.B.J; COLOMBRINI, M.R.C. Adeso de Pacientes com AIDS ao tratamento com antiretrovirais: Dificuldades relatadas e proposio de medidas atenuantes em um hospital escola. Rev. Latino-Am. Enfermagemv.9n.4Ribeiro Preto, 2001.
ADESO AOS MEDICAMENTOS ANTIRETROVIRAIS DOS PACIENTES DA VIGILNCIA EPIDEMIOLGICA DO MUNICIPIO DE LAGES-SC
"Juro dedicar minha vida profissional a servio da humanidade, respeitando a dignidade e os direitos da pessoa humana, exercendo a Enfermagem com conscincia e dedicao, guardando sem desfalecimento os segredos que me forem confiados. Respeitando a vida desde a concepo at a morte, no participando voluntariamente de atos que coloquem em risco a integridade fsica e psquica do ser humano, mantendo elevados os ideais da minha profisso, obedecendo os preceitos da tica e da moral, preservando sua honra, seu prestgio e suas tradies." (Artigonal SC #3380219)
