subject: A Adversidade como aliada [print this page] A adversidade, em muitos casos, tem sido fator gerador de grandes avanos na humanidade.
Alimentos enlatados, carnes e peixes defumados, bolos vendidos em fatias so produtos das adversidades. As dificuldades que fizeram com que o homem desenvolvesse formas de garantir o sustento e criasse produtos que o mercado no mundo todo incorporou em seus hbitos.
A adversidade cria a cultura da poupana, meio de assegurar o futuro, e tambm o interesse pelo investimento, forma de garantir maior produo, gerando, consequentemente, condies para maiores reservas. Esse de fato um crculo virtuoso.
A escassez e a possibilidade de outras adversidades que tm levado a humanidade a desenvolver formas de multiplicao, como vemos, por exemplo, com a reproduo dos peixes em laboratrio. Esta a lio que temos que levar para dentro de nossas empresas.
Lamentavelmente, o pensamento econmico em nosso pas s consegue enxergar a elevao dos juros como meio de controlar a inflao, colocando o mercado num estgio de dormncia h dcadas. O custo do dinheiro, aliado a absurda tributao, so as grandes adversidades dos nossos empreendedores.
Para as empresas que precisam crescer, melhorar a produtividade, gerar empregos, investir muitas vezes parece pouco razovel frente a tantas incertezas.
Neste pas, mal o mercado comea a mostrar sinais positivos, o pavor de um aumento da inflao leva o governo a tomar medidas para conteno do consumo. O mercado sabe que decises como essa inibem imediatamente os investimentos, com efeitos retardados do consumo.
Caindo o consumo, as empresas faro promoes para desova dos estoques, evitaro novas compras, cortaro despesas, postergaro ainda mais os investimentos, entrando numa fase de estagnao, recesso ou dormncia.
A busca de alianas, a substituio de materiais, a simplificao de produtos e processos, a montagem de turnos de produo ininterruptos, as negociaes em grupo, as parcerias para desenvolvimento de tecnologia so fatores que o mercado precisa aprender a usar para driblar adversidades como: insegurana e falta de recursos para investimento.
Nossa cultura mercadolgica voltada ao mercantilismo pontual, onde cada venda se torna uma negociao isolada. Isso custa demasiadamente caro para nossas empresas e o processo fica sem continuidade.
Precisamos aprender a fazer alianas no s comerciais e de fornecimento de materiais, mas alianas intelectuais.
No podemos nos esquecer, nunca, que os nossos concorrentes esto, no s no prdio vizinho como do outro lado do mundo, trabalhando no conceito 24 x 7 x 365, num mundo que no para. Hoje a tecnologia permite que se processe informaes, para a mesma empresa, no mesmo dia, em vrias partes do mundo.
Tenho insistido no seguinte ponto: - A luta pelo futuro comea no como uma batalha pela participao de mercado, mas como uma batalha pela liderana intelectual. Essa a liderana que as empresas no podem perder, caso queiram perpetuar sucesso.
As maiores adversidades j superadas pela humanidade foram possveis devido da soma das capacidades individuais. Fato que hoje o homem voa e com segurana.
Diferenciais para sua empresa podem ser obtidos tornando as adversidades sua aliada.
Pense: - Que barreiras vocs conseguem superar e seus concorrentes no?
No est claro, no to simples perceber?
Lembre-se do capital intelectual que sua organizao possui e o faa trabalhar!
Economista, contador, ps-graduado em controladoria pela USP. Vivncia em empresas nacionais, multinacionais americanas e europia de lingotamento de ao, equipamentos siderrgicos, retroescavadeiras e tratores agrcolas, lentes e armaes de culos, equipamentos de medio de calor, pilhas alcalinas, vesturios, refrigerantes, ferramentas diamantadas , cermicas, bebidas quentes, plsticos reciclados, hotelaria e injeo de plsticos. Executivo nas reas fabril, administrativa/financeira, marketing e vendas. Escreve artigos com foco nos aspectos econmicos e de gesto das empresas para jornais e revistas. Desenvolve trabalhos como gerente consultor nas reas mercadolgica, contbil/financeira e fabril. (Artigonal SC #3354498)