subject: Gestão cosmética, um disfarce para deficiências [print this page] Voc, um profissional experiente, especialista em determinados assuntos, quando se defrontar com uma explicao ou trabalho que no consegue entender, e que deveria ser simples, esteja seguro que algo o est mascarando ou desvirtuando.
Questes que se mostram complexas demonstram que h falta de entendimento ou conhecimento.
O caminho na busca de soluo se resume a um processo: Simplifique!
Quando pensamos em frmulas rapidamente imaginamos algo complexo. Relacionadas a questes qumicas ento piorou, no? Lembra da tabela Peridica?
Garoto, trabalhava em um escritrio de contabilidade. Naquela poca preenchamos centenas de declaraes de imposto de renda na mquina de escrever com papel carbono. Calma, no faa conta no. Faz tempo sim!
Todos os dias l estvamos ns. Eu e meu grande amigo Ailton, atendendo o pblico e preenchendo a papelada. Um dia ele me perguntou: - Voc sabe o que est escrito atrs da cibalena?
Lgico que eu no tinha a menor idia. Riu e disparou dimetilaminofenildimetilpirazolona. Um amigo tinha lhe contado e ele escrevera em um papel e treinara at decorar.
Naquela poca vivamos, na escola, s turras com todas as formulaes de qumica, ento pensamos: Isso deve ter alguma lgica, lgico.
Aproveitamos que no havia ningum para ser atendido, largamos o que estvamos fazendo, e comeamos a rabiscar num papel, dividindo a palavra, usando o pouco que sabamos da matria e de compostos qumicos:
Di metil amino fenil di metil pirazolona
Que nos levou a 2 metil amino fenil 2 metil pirazolona
O que aprendemos com isso? Praticamente nada, o objetivo era apenas decorar a palavra. Isso no s consegui como no consigo esquecer e algumas dcadas j se passaram.
Lembra do Einstein? E da frmula que associamos ao seu nome: E=mc?
No sei para que serve, mas que simples .
Que tal dbito e crdito na contabilidade? Demorei um pouco para entender, mas ficou fcil quando me ensinaram primeiro a ler o balano para depois fazer os lanamentos contbeis.
Gesto empresarial no uma matria to complexa como muitos fazem crer. Requer conhecimento, lgica e disciplina.
Um exemplo bastante simples:
Recebemos com freqncia ligaes de pessoas que nos perguntam se fazemos prospeco de clientes. Depois de alguns minutos de conversa verificamos que mais um achando que prospeco de clientes se resume a uma lista de empresas, com nomes, endereos, telefones e e-mails.
Por que esto em busca de novos contatos? Por que aqueles que dispem no esto gerando negcios. Percebemos que a empresa no precisa de mais contatos, mas de habilidade para apresentar propostas. Suas dificuldades no se resumem prospeco de clientes, mas prospeco de oportunidades de negcios.
Empresas pagam caro os emprstimos e os descontos de duplicatas, e seus gestores vivem se queixando. Trabalham com um ou dois bancos apenas e no mostram disposio para conversar com os demais que os contatam. Poucos sabem que os gerentes de suas contas podem ser seus procuradores e defensores dentro das instituies e seus grandes conselheiros.
No tomam recursos do BNDES, com taxas atrativas, mais por desconhecimento do que por encontrar barreiras.
No faltam organizaes com gestes fabris confusas, dispendiosas e ineficientes por falta de um sistema adequado e aplicao racional dos recursos. Algumas pecam por falta de disciplina. Simplesmente, em operaes repetitivas, no observam a continuidade.
Ora, se o sistema pede um, no coloque dois. Precisa ser feito agora? No faa depois. Quando para pesar, no conte. Quando o controle no sistema, no controle em planilha.
Ah, eu pensei que...
Pensemos: Estratgia, ttica, ao.
A estratgia definiu, a ttica estabeleceu, a ao...
O que faz a ao?
Momento de agir no momento para pensar. Quando no souber o que fazer volte aos passos que antecedem a ao.
Cosmticos no processo de gesto s servem para disfarar deficincias. Antes de agir entenda no que est se metendo!
Economista, contador, ps-graduado em controladoria pela USP. Vivncia em empresas nacionais, multinacionais americanas e europia de lingotamento de ao, equipamentos siderrgicos, retroescavadeiras e tratores agrcolas, lentes e armaes de culos, equipamentos de medio de calor, pilhas alcalinas, vesturios, refrigerantes, ferramentas diamantadas , cermicas, bebidas quentes, plsticos reciclados, hotelaria e injeo de plsticos. Executivo nas reas fabril, administrativa/financeira, marketing e vendas. Escreve artigos com foco nos aspectos econmicos e de gesto das empresas para jornais e revistas. Desenvolve trabalhos como gerente consultor nas reas mercadolgica, contbil/financeira e fabril. (Artigonal SC #3338856)
