subject: Ilusão e associação [print this page] Aquele Telefonema Aquele Telefonema
Certa noite, recebi um recado de minha me.
- Telefonaram para voc l pelas nove horas. Era mulher, voz bonita.
- Suzana, Letcia, Martha?
-No, no. Parecia muito interessada,mas no quis deixar recado, nem o nome. Simplesmente falou que ligaria depois.
-Depois quando?
-No sei, filho. Depois... mas tarde, amanh,depois...
Mas o tal telefonema "depois" no aconteceu. Nem mais tarde, nem outro dia, nem outro... e acabei por esquecer.
Tempos depois os dois telefonemas me vieram lembrana, o que aconteceu e o que no aconteceu, juntamente com uma srie de perguntas e conjecturas. Quem era ela? O que queria comigo? No seria aquela que sempre esperei? No teria sido aquele telefonema um fato decisivo que poderia ter redirecionado a minha vida?
Mas eu no estava em casa. Estava na rua, numa noite absolutamente normal, gastando tempo e usando a testosterona com compromissos baratos. Por qu?
Nunca mais ela me ligou, verdade, mas no fundo, sinto que ainda vai me ligar e por isso talvez eu fique com insuspeita expectativa ao soar o telefone noite. Vez por outra, penso nisso e sorrio por dentro, Aquele telefonema "depois" ainda vem.
Valria, Valria, quanta saudade! Rogria, digo Valria, nunca vou me esquecer...
O que, mesmo? Valria, aqueles seus trs peitos. Peitos? No! Beijos! Beijos! Aqueles seus trs beijos naquela festa, Valesca, doce lembrana. Sim! Esperana ou... Vitria.
, Vitria, voc era demais. Nua, nunca perdia. Sempre Vitria. Fui derrotado pela Vitria. Glria! Glria dela, claro! No! Clara; sim, seu nome Clara. Agora me lembro!Glria! Por que Glria de novo? Seria este o seu nome ou o seu bairro?
Nunca vou me esquecer os seus cabelos azuis. Azuis? No!Os seus olhos azuis. Quanta pureza. Teresa? Sim, Teresa. No. Santa Teresa. ali que ela morava. Ela se chamava... se chamava Leo... Lau... Sue... Sus... suspiros de saudade. Humph!Humph!
Eu amei, amei sim, essa malandrinha. Sim, Sandrinha, agora achei, a.. chei Sheila! No, Leila.. sim, Leila, nosso amor valeu a pena, Helena! Maria Helena Isso mesmo. Suas mos, gestos a esmo, seus dedos, todos dez, seus ps, seus medos, havia segredos e muitos Alfredos. Foi bom, mas passou. Valeu. Ela no escreveu e no leu. Era de pouca cultura, mas tinha classe.
Sim, valeu! Mas, quem mesmo? De verdade?O nome? O bairro? Ah! Ela se chamava Adelaide. Ah! Delade, AIade. No! Me enrolei. Ela era... era... sria! Sim, sria.Valria, Valria, quanta saudade! Rogria, nunca vou me esquecer.., o que, mesmo?
Carioca nascido e criado em Ipanema, Engenheiro metalurgista com especializao em Business e em RH. Ex faixa preta de judo e ex remador. Contrabaixista, tecladista e compositor com curso de harmonia e composio. F de Leon Eliachar e de Rajneesh. Fez curso de detetive particular por correspondncia e de salva-vidas e foi aprovado em ambos. viciado em mulher bonita, em ler e em dormir tarde vendo vdeo. Gosta de mgica, jogar em cassino, danar swing e de jogar tranca. Tem mania de comprar sapatos Se veste de preferncia com roupas escuras (gostaria de ter uma capa tipo do Drcula) Escreve livros de humor reflexivo. bem mope, canhoto (no totalmente) e do signo de virgem (totalmente). J esteve em St. Jones (Caribe), Rabat (Marrocos), Malmo (Sucia), no bairro francs (New Orleans), Jerumenha (Piau), So tom das Letras (Minas) e em Rio Maior (Santa Catarina) considerado, por quem o conhece pouco, uma pessoa meio estranha. ESCRITOR , MSICO, PENSADOR, FUTURISTA E VISIONRIO (Artigonal SC #3287172)