subject: Mediunidade e Incorporação [print this page] Mediunidade e Incorporao Mediunidade e Incorporao
O significado de um esprito estranho entrar no corpo do mdium o mais difundido popularmente, mas o dicionrio Aurlio define "incorporar" como "reunir intimamente". E com esta definio que devemos observar o fenmeno medinico da incorporao. Kardec, no Livro dos Espritos, questo 474, deixa claro que dois espritos no podem ocupar um mesmo corpo. Andr Luiz, por sua vez, na srie de livros que escreveu, descreve o fenmeno da incorporao com riqueza de detalhes. Quando um esprito deseja se comunicar ele atua no crebro do mdium, atravs do seu perisprito, que a interface entre o esprito como essncia e a matria, e o perisprito do mdium. A o processo pode assumir diferentes graus de interao e de interveno, de acordo com as intenes do esprito, do grau de disponibilizao do mdium, das condies ambientais, e diversos outros fatores, onde pode-se ir desde uma leve ideia sugerida como inspirao, at a atuao direta em algum centro do crebro em que o esprito literalmente assume o comando, por exemplo, do brao, caso em que o mdium escreve sem nenhum controle nem conhecimento prvio do que ser escrito. So ocasies em que se veem mdiuns escrevendo sobre assuntos ou idiomas que no domina, visto que no ele quem est escrevendo e sim outra mente que ali se expressa. Muitas vezes este controle pode ser sobre o centro da fala. Ento o mdium no estar propriamente falando, mas sim emprestando seu aparelho fonador. Os espritos tambm podem lanar mo de objetos inanimados com a mesma finalidade, a exemplo das cestas com um lpis amarrado a elas, utilizadas nas primeiras experincias, nos primrdios da doutrina esprita, no sculo XIX. Todavia, sempre se fazia necessria a colaborao de pessoas como doadoras de fluido anmico. Isto se dava com o intuito de eliminar qualquer dvida de que era uma entidade completamente independente dos presentes que ali escrevia. Nos dias atuais, em que a existncia dos espritos, bem como a sua faculdade de se comunicar com os "vivos" so coisas exaustivamente comprovadas, no existe mais esta necessidade, e os espritos podem se servir dos mdiuns diretamente, o que facilita o trabalho, alm de se obter um resultado mais apurado. No fenmeno da obsesso observamos mecanismo semelhante, visto que as boas ou ms intenes de ambos (espirito e mdium) no so determinantes para que a interao ocorra. Na obsesso tambm no ocorre a entrada do esprito intruso no corpo do obsediado. Neste caso, o termo "encosto" estaria exprimindo melhor a situao corrente do que a famosa ..."sai deste corpo"... Mas a obsesso tema para um outro artigo futuro. O importante ter a noo de que uma incorporao um processo de interao entre um esprito e um encarnado, onde o esprito serve-se de um veculo fsico para se expressar e transmitir suas ideias, e no a entrada propriamente dita de um esprito a mais em um corpo.
Tecnico em quimica, desde 1983 trabalhando ligado a rea industrial, tendo adquirido experiencia em processos, alm de manuteno, automao e sistemas de gerenciamento da qualidade.
Espirita, recebi de meus pais, ainda criana, as primeiras noes sobre a doutrina, e desde ento procuro estudar e entender os ensinamentos do Cristo.
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