O ecumenismo a palavra de ordem em nossos dias. Devemos esquecer as diferenas que nos separam e nos unir em uma grande congregao universal. Assim no h mais judeu, protestante, catlico, muulmano, budista ou esprita; todos so "iguais" e adoram o "mesmo" Deus. At mesmo aquela que dizia ser a "nica e verdadeira Igreja de Cristo", agora deseja comungar com outras confisses de f. Essa "revelao" passou a fazer parte da pauta da Igreja a partir do Concilio Vaticano II, quando os catlicos foram instrudos a dialogar com outras religies. A partir da sucederam-se diversas reunies ecumnicas no Vaticano e em diversas partes do mundo. Pousaram para fotos figuras no menos como Billy Graham, Dalai Lama, chefes da Igreja Ortodoxa russa e lideres da CMI (Conselho Mundial de Igrejas).
comum ouvir ou ler hoje no Brasil sobre trabalhos ecumnicos feitos em "prol da sociedade" ou celebraes em igrejas catlicas envolvendo protestantes histricos e demais lideranas religiosas do pas. O mesmo acontece entre universidades batistas e adventistas. Algum poder perguntar: que mal h nisso? De certo no h nada de errado em dialogar com outras religies, desde que tal dilogo no seja com o intuito de "mesclar" doutrinas ou passar ao sincretismo puro e simples. Jesus no ensinou que devemos nos afastar da sociedade, mas conviver com ela. Tal convivncia, entretanto, no significa concordar com desvios doutrinrios, mas usar a ocasio para testemunhar-lhes a mensagem do evangelho. O maior perigo , obviamente, no dialogo inter-religioso, cair no erro da Nova Era e suas mltiplas faces no mundo. Somos totalmente contra todo tipo de descriminao religiosa, social, racial ou tnica; entretanto, usar tal pretexto para "universalizar" a f um erro que devemos evitar a todo custo.
No h unidade entre catlicos e evanglicos
pura iluso pensar que possvel haver "unidade" entre catlicos e evanglicos. Os motivos so os mais diversos, desde a organizao eclesistica (papas, bispos, pastores) at a base doutrinria dos dois movimentos. H uma pequena minoria de batistas que acreditem que sim, que possvel estabelecer um "lao" de comunho com Roma; eles se esquecem, entretanto, o que foi dito na Segunda Confisso de F Batista Londrina (1677-1689), e que foi endossada ao longo dos anos por batistas ao redor do mundo. "O papa de Roma no pode, em qualquer sentido, ser o cabea da Igreja; ele o anticristo, o homem da iniqidade e filho da perdio, o qual se ope e se levanta contra Cristo e contra tudo que se chama Deus, a ponto de assentar-se no santurio de Deus, como se fosse o prprio Deus. O Senhor Jesus o matar com o sopro de sua boca".[1]
Segundo Gilson Santos, da parte do Vaticano nenhum passo consistente tem sido dado na direo da f evanglica, desde a Reforma. Pelo contrrio, novas doutrinas e prticas, igualmente antibiblicas, foram adicionadas ao credo catlico-romano: incorporao dos livros apcrifos ao Cnon (1546); o dogma da Imaculada Conceio de Maria (1854); a doutrina da infabilidade papal (1950); o dogma da assuno de Maria (1950) etc. E o que dizer da idolatria mais vil e grosseira? No que diz respeito a sua espinha dorsal, Roma vem mantendo alguma consistncia. Ela no mudou. O mesmo j no pode ser dito de algumas igrejas do mundo evanglico-protestante. Que os batistas e demais evanglicos aprendam, e nunca esqueam - Roma, semper eadem (Roma, sempre a mesma). [2]
Referncias Bibliogrficas
1. SANTOS, G. Dilogo entre batistas e catlicos, Terespolis, Rio de Janeiro: citado por jornal Desafio das Seitas, 2 trimestre de 2009, ano XIII, nmero 50, pg. 11.
apologista, escritor, colunista da revista Apologtica Crist, pesquisador de seitas pseudocrists, palestrante e fundador do Instituto de Pesquisas Religiosas (INPR Brasil).
