subject: A mente negou o que os olhos viram para que a boca não falasse [print this page] Estamos prximos de mais uma eleioEstamos prximos de mais uma eleio. Momento de escolha.
No gosto do que vejo. Apatia, desinteresse, desconhecimento, falta de propsito.
Dos candidatos? No, esses tm l seus planos, quaisquer que sejam. Bons ou maus, que atendam o povo ou interesses prprios, mas me refiro ao nosso comportamento.
Poderamos considerar que isso se d por falta de exerccio de escolha ou por falta de oportunidade para debates sobre poltica? No depois de j termos voltado a votar.
Que tal reduzir a rea em foco para debate? Nossa empresa, um mundo ao nosso alcance todos os dias. Questes que podemos resolver, dvidas que podemos levantar, pontos de vista que podemos debater, decises que podemos questionar, solues que podemos sugerir, caminhos que podemos escolher.
Toda ao pode provocar uma reao contrria? Sim, afinal interesses podem ser divergentes. Muitos costumam ser.
Uma questo controversa deve ler levada a debate, afinal duas cabeas pensam melhor que uma. Havendo mais, melhor ainda.
verdade, desde que a motivao para o debate no seja confundida com disposio para discusso e os projetos pessoais possam ser deixados de lado por alguns momentos.
Todos os dias, em todos os lugares, encontraremos situaes carentes de solues simples, mas que permanecem negligenciadas.
Ao se surpreender com esse fato e procurar encaminh-lo voc tambm tentar entender por que nada foi feito. importante verificar se a soluo que dar questo j foi tentada. Isso facilitara seu trabalho, reduzir o tempo e evitar que cometa o mesmo erro de outras pessoas.
Vai descobrir que em muitos casos o problema no est na sugesto ou no modelo proposto, mas no conforto da omisso. Solucionar problemas, normalmente, demanda questionar a ordem instalada, isso pode gerar oposio.
J vi pessoas fabricarem peas erradas sabendo que o desenho que receberam no era correto. O intuito era prejudicar o desafeto que lhe enviou a ordem de servio, infelizmente com desenho trocado.
Estive em reunio na qual o diretor comercial foi despedido devido os maus resultados e no apresentou qualquer plano, embora em sua gaveta tivesse um elaborado a quatro mos. Fora voto vencido em grande parte dos debates na preparao do projeto, por isso no aceitava as solues.
Pude ver o fracasso de um diretor financeiro que foi uma reunio de planejamento na matriz, no exterior, sem levar seu material, por no ter se preparado, acreditando no teria que fazer a apresentao e sairia inclume. Foi enviado imediatamente de volta sem emprego.
Assisti um consultor perder seu contrato por causa de sua agressividade com a equipe de vendas em uma conveno, sem que pudesse sequer permanecer no local.
Interessante, se as pessoas so capazes de atos to radicais, porque poucas so abertas ao debate, reflexo e uma profunda averiguao da ordem instalada?
Ao questionar voc poder ouvir:- No vou arrumar confuso, no gosto de discutir, no quero ficar mal com as pessoas, no vou arriscar minha carreira, entre tantas outras escusas.
A mania da acomodao faz com que as pessoas que questionam sejam vistas como encrenqueiras. Lembre-se que s quem d valor ao que faz e que se importa realmente com o que ocorre sua volta tem a disposio, ou coragem, se assim voc preferir, de questionar.
Tudo o que acontece na sua empresa afetar sua vida, por isso importante que voc faa suas escolhas.
O mesmo ocorre no processo poltico, onde os candidatos, representantes do povo, precisam ser bem escolhidos, para que uma vez no exerccio das suas funes tomem as decises que voc gostaria.
A vida um exerccio constante de comprometimento. No d para viver sob o lema "deixe como est para ver como que fica" sem pagar um alto preo pela omisso.
Por que tantas coisas erradas e sabidas no so combatidas, ainda que informaes tenham sido solicitadas?
Simplesmente por que nesses momentos a mente negou o que os olhos viram para que a boca no falasse.
Economista, contador, ps-graduado em controladoria pela USP. Vivncia em empresas nacionais, multinacionais americanas e europia de lingotamento de ao, equipamentos siderrgicos, retroescavadeiras e tratores agrcolas, lentes e armaes de culos, equipamentos de medio de calor, pilhas alcalinas, vesturios, refrigerantes, ferramentas diamantadas , cermicas, bebidas quentes, plsticos reciclados, hotelaria e injeo de plsticos. Executivo nas reas fabril, administrativa/financeira, marketing e vendas. Escreve artigos com foco nos aspectos econmicos e de gesto das empresas para jornais e revistas. Desenvolve trabalhos como gerente consultor nas reas mercadolgica, contbil/financeira e fabril. (Artigonal SC #3260392)