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VISITA CASA DE MINHA AV NO PARAGUAI
VISITA CASA DE MINHA AV NO PARAGUAI

No ano de 1984, eu e minha irm fomos ao Paran a procura de nossos parentes que estavam perdidos por l. Andamos em vrias cidades e chegamos at Astorga onde eles moravam. No procuramos muito, fizemos algumas pesquisas. Resolvemos apenas passear e rever os lugares antigos onde provavelmente os nossos parentes andaram. Eu tinha muita vontade de conhecer minha av a qual no conheci durante esta vida. Alis, como meu pai andarilho, nunca conheci parente algum a no ser a minha prpria famlia. A gente sente muito esta necessidade. Mas, eu nada podia fazer. Voltamos para casa.

Em casa continuamos nossa vida normal. Esquecemos todos estes detalhes e certa noite, desdobrei-me e fiz uma visita ao Paraguai, bem num lugarzinho do interior.

Cheguei a um campo de pasto bem verde, no vi gado. Havia dado uma chuva e estava tudo molhado. Havia uma estradinha, parecia que s carroa andava por ali. As casas estavam do lado direito de quem segue rumo ao norte. Do outro lado era pasto, pelo jeito parece que a atividade ali era gado. Havia apenas algumas casas, totalizando seis. Vi um homem armado de um revlver, ele era meio gordo e baixo, usava uma cala cinza e uma camisa branca.

Na porta vi uma senhora gorda e um pouco baixa. Estava olhando para o homem que saa. As casas eram de madeira (com uns 5 anos de existncia ou um pouco mais). Entrei na casa. O fogo era de lenha. Tinham poucos mveis na casa. Os canecos (a maioria de alumnio e de ala, estavam pendurados na parede). Por dentro da cozinha, onde mais olhei, as paredes estavam esfumaadas. Esta mulher parecia ser uma conhecida minha muito antiga e o homem que caminhava era o atual marido dela.

Eu no sei explicar, mas no fundo eu sabia que esta mulher era a me de minha me, ou seja, a minha av a qual no conheci em vida, nem mesmo por fotografia. O meu pai separou-se dela quando eu era ainda muito pequeno.

A mulher ficou muito tempo na porta observando o marido que no era meu av, pois ele morrera antes de eu ter nascido. Ouvi uma voz que me disse: "V para o quintal". Desci para o quintal e notei que havia uma grande descida, um despinhadeiro. A terra era uma areia escura. Como havia chovido, havia alguns sinais de enxurrada. No quintal havia muitas mangueiras, algumas laranjeiras e jaqueiras. No me preocupei com as fruteiras. Desci mais e encontrei um ribeiro que descia para o sul. Tinha uma pinguela nele e do outro lado uma grande subida e um pasto muito alto, percebendo-se que no tinha nenhum tipo de gato no momento. O caminho era muito estreito. No atravessei, fiquei parado na pinguela observando a gua muito clarinha e um cardume de peixinhos nadando ali. Existiam muitas rvores dos dois lados.

Achei o lugar muito bonito, tudo muito verdinho. Um lugar tranqilo com poucos moradores, uma vida pacata. Um ar fresco percorria o local, trazendo um bem estar s pessoas, nenhuma espcie de poluio. Na verdade foi apenas uma visita minha av a qual no sabia onde estava.

Observei mais um pouco e retornei para casa. O lugar era muito bonito e quando eu retornava ouvi conversas em castelhano. Alguem me disse ento: "El Paraguay". No ouvi mais nada e retornei ao corpo e fiquei pensando o resto da noite na bela visita que acabara de fazer. nica vez que vi minha av.

VISITA A CASA DE MINHA AV NO PARAGUAI

Por: Henrique Pompilio de Arajo

Perfil do Autor

(Artigonal SC #3212410)

Fonte do Artigo - http://www.artigonal.com/religiao-artigos/visita-a-casa-de-minha-avo-no-paraguai-3212410.html




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