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subject: VELHICE E CONTEMPORANEIDADE: REFLEXÕES PSICOSOCIAIS SOBRE O APRENDIZADO DE INFORMÁTICA EM UM GRUPO DE IDOSOS [print this page]


Autor: Eduardo Pontin de Medeiros
Autor: Eduardo Pontin de Medeiros

Orientadora: Prof. Dra. Suzana Hbner Wolff

RESUMO:

Este artigo se prope a refletir sobre o aprendizado da informtica junto a um grupo de idosos participantes de um programa na Universidade do Vale do Rio dos Sinos e o significado do mesmo em seu cotidiano. Atravs da analise de contedo de entrevistas e com o auxilio de um referencial biopsicossocial, observamos que o principal motivo destes idosos pela busca deste curso deu-se pela necessidade de autonomia frente ao computador. Observamos tambm o quanto estar em grupo significa para eles e o quanto isso contribui para a compreenso e aceitao dos processos de envelhecimento humano.

Palavras-Chave: Envelhecimento; Informtica; Autonomia; Aprendizado; Grupo.

INTRODUO:

Segundo Morais (2007), a populao idosa vem crescendo exponencialmente, visto que a expectativa de vida dos brasileiros que em 1900 era de 33,7 anos, passou para 68,5 anos em 2000, sendo que esta tendncia para os prximos anos aumentar ainda mais esta expectativa.

Frente ao exposto e sabendo que o uso de novas tecnologias por parte da populao em geral ir aumentar significativamente, perguntamos: Como ficaro os idosos frente a essas transformaes?

Ainda segundo Morais (2007), apenas 6% da populao idosa faz uso da internet com freqncia, considerando que a camada da populao brasileira que tem acesso a este servio ainda pequena, se comparada com outros pases em desenvolvimento. Podemos ento pensar o quanto o idoso pode sentir-se excludo. E ainda: visto que este universo est sempre em constante evoluo, acompanh-las pode ser difcil por grande parte desta populao (KACHAR, 2003).

Considerando ser esta uma excluso, o fato coloca mais uma vez o idoso frente a uma funo social de passado e desatualizado, o que pode vir a produzir sentimentos de sofrimento (NERI, 1995).

sabido que um dos elementos para a promoo de um envelhecimento bem sucedido, levando em considerao aspectos biopsicossociais, buscar manter o idoso ativo e exercendo sua autonomia. Um destes recursos pode vir a ser a informtica, pois ela possibilita a ao integradora nos relacionamentos deste velho, promovendo aproximao entre geraes, proporcionando mais autonomia aos idosos, alem de abrir um mundo novo para este idoso aprendente. Esta descoberta pode no s auxiliar no uso do computador, mas pode trazer facilidade para o dia a dia destes idosos, pois aprendendo uma tecnologia nova o mesmo pode quebrar barreiras, sejam elas de gerao ou de dificuldades em incorporar novas mudanas (KACHAR, 2001).

Atualmente faz-se necessrio cada vez mais refletir sobre o que ser velho e envelhecer. Segundo Morais (2007), deve-se pensar em um olhar que supra as demandas destes velhos, para que assim eles possam manter a sua autonomia e usufruir de uma qualidade de vida mais satisfatria.

Tendo em vista estas consideraes, desenvolvemos o presente trabalho, realizando uma investigao qualitativa em trs turmas de um curso de informtica para adultos com mais de 50 anos da UNISINOS. Nestas turmas investigamos, por meio de entrevistas semi-estruturadas, quais eram os motivos para que estes idosos procurassem um curso de informtica, visto que normalmente a informtica atribuda a pessoas mais jovens.

Tento isto em vista, realizamos este trabalho baseando-se nas seguintes questes investigativas: estaria ento se configurando um novo perfil de idosos, que se mantm ativo socialmente, participando das mudanas presentes na sociedade, no se resignando ao papel de ultrapassado que por muitas vezes lhe atribudo? Se o fato de o mesmo ser realizado em grupo influenciou nesta escolha? J que as aulas so todas em grupo, e sabido que o grupo desperta vivncias e sentimentos, poderia este idoso estar procurando algo mais que somente a aprendizado? Por ltimo, nos propusemos a refletir com os idosos colaboradores deste estudo, qual o lugar que a informtica assume no cotidiano deles.

METODOLOGIA:

A presente pesquisa utilizou-se de uma metodologia qualitativo-dialgica para obteno dos dados. Este tipo de metodologia permite uma seleo intencional da amostra, e uma anlise de dados que permite o dilogo com um referencial terico amplo e com recortes dos dados coletados, o que resulta em uma oportunidade para que a subjetividade do pesquisador seja manifestada (PEREIRA, 1999).

Participaram deste estudo os idosos que faziam parte do curso de informtica oferecido pelo PR-MAIOR/UNISINOS no perodo de maro de 2010. Foram entrevistados 12 alunos dos nveis "1", "2" e "3" oportunizando uma amostra de diferentes momentos do aprendizado da informtica. Estas turmas eram compostas por um total de 56 alunos, predominantemente mulheres, com idade entre 60 e 82 anos.

Para obteno dos dados desta pesquisa utilizamos uma entrevista semi-estruturada composta das seguintes questes: Qual o motivo para que a senhora/senhor buscasse um curso de informtica? O fato de este curso ser realizado na UNISINOS pesou em sua escolha? O fato de o mesmo contar com pessoas com faixa etria parecida influenciou na sua escolha? E a senhora/senhor pensa que o grupo pode influenciar no seu aprendizado? Se sim, como? Alm destas perguntas foi deixado um espao em aberto para que o entrevistado acrescentasse algo a mais que julgasse pertinente para sua colaborao com o estudo.

Como procedimento tico foi utilizado o termo de Consentimento Livre e Esclarecido, deixando claro para os participantes que respeitaramos a privacidade de seus nomes, que a entrevista seria gravada e posteriormente transcrita, sendo o contedo destas entrevistas usado apenas para os fins desta pesquisa e sendo de total responsabilidade dos pesquisadores protegerem estes dados.

As entrevistas foram realizadas individualmente, durando cerca de 3 minutos cada uma. Foram realizadas 12 entrevistas, divididas em trs dias de curso, cada um correspondendo a uma turma.

Os dados levantados nas entrevistas foram submetidos a uma anlise de contedo, proposto por Bardin (1995). um conjunto de tcnicas de anlise das diferentes formas de comunicao, com o intuito de investigar e conhecer a realidade que pretendemos estudar. Essa tcnica no tem um modelo pronto, constitui-se atravs de um vai-e-vem contnuo e tem que ser reinventada a cada momento (BARDIN, 1995).

RESULTADOS E DISCUSSO DOS DADOS OBTIDOS:

Para analisar os dados obtidos atravs das entrevistas, fizemos uso de categorias para expor as opinies relatadas pelos participantes dos mdulos de informtica. A diviso em categorias serve para uma anlise mais sistemtica das informaes, agrupando as respostas por temas, e podendo propiciar um dilogo mais prximo com a teoria. Seguem ento as categorias com seus devidos recortes.

O motivo pela procura por um Curso de Informtica

Nesta categoria, relacionamos os motivos pelos quais os idosos procuram um curso de informtica. interessante observar a recorrncia pela busca por uma maior autonomia e independncia, praticamente uma unanimidade entre os entrevistados. Como trazem respectivamente R., 67 anos: "Eu j sei digitar, mas tenho dificuldade em pesquisa. Ento qualquer coisa que dava errado eu dava entrava em pnico, e da eu tinha que recorrer ao filho e isso me incomodava". S., 64 anos traz que: "Eu vou ter mais facilidade para ter o que quero, no vou depender das pessoas, vou evoluir mais".

Alm desta busca por autonomia, tambm aparece freqentemente nas falas destes idosos uma "busca por atualizao" e "obter informaes acerca de que se passa no mundo", segundo J. 62 anos: "Para me atualizar, porque muito importante pra mim, porque eu gosto de ler textos e tem mensagens maravilhosas na internet e eu tenho que estar sempre pedindo pra minha filha e para minha nora buscar para mim".

Este aprendizado no s traz independncia, como tambm contribui a aproximar de sua famlia e netos, demonstrando ser capaz, no dependente para tudo. Isto pode despertar tanto no idoso como nos que o circundam a sua potencialidade. Fica evidente esta capacidade na fala de F., 70 anos: "Para me atualizar, para poder acompanhar a evoluo da modernidade, me aproximar da minha famlia, meus netos".

Kachar (2003) traz que esta atualizao faz parte de uma nova insero social, alm de representar um grito de potncia para estes idosos. Este mostra que capaz de manter-se ativo, no aceitando estigmas de que ser idoso ser resignado e no acompanhar mudanas.

Ainda dentro desta categoria, outro motivador para a procura por este curso o fator idade, ou melhor, similaridade entre a idade de todos os participantes. Esta similaridade de idades ajuda os idosos a no sentirem-se constrangidos, pois os mesmos apresentam as mesmas dificuldades, sejam elas de aprendizados ou de motricidade. Segundo os idosos entrevistados, estas dificuldades inibiriam se estivessem aprendendo informtica com turmas formadas por idades variadas. Segundo Kristensen (2006), compreender e respeitar estes aspectos relativos ao aprendizado e peculiares a velhice so fundamentais para que estes idosos possam sentir-se a vontade para que este aprendizado ocorra. Esta paridade de idades pode ser observada nos seguintes recortes.

Para G. 82 anos "Foi diferencial. Eu acho timo, porque o mesmo nvel de idade e conhecimento. Foi decisivo". Para V. 60 anos: "Acho muito bom. Influenciou muito! Se tivessem jovens estaria fazendo, eu ficaria com vergonha para perguntar, porque agente tem uma certa deficincia, um certo medo, insegurana, e com jovens inibe, tanto que com os filhos j inibe, imagina com jovens. Isso influenciou muito, essa foi a melhor coisa, como eu digo pro meu filho em casa, que bom que tem todo mundo do mesmo nvel de aprendizado".

Estes dois recortes ilustram, assim como outros, que a procura por um curso por parte destes idosos segue um conjunto de critrios, mostrando que a identificao uma ferramenta importante para a construo de conhecimento neste perodo da vida, como analisamos na prxima categoria de anlise.

O Significado do Grupo em um Curso de Informtica para Estes Idosos:

Retomando a idia de Both (1990), o grupo funciona como um dispositivo de aproximao e troca de vivencias, ora ento, trocar vivncias significa aprender com as experincias do outro. Contextualizando com este aprendizado da informtica, podemos pensar sobre as vivncias de cada um, como este aprendizado afeta cada um, e principalmente que a estratgia de cada indivduo para aprender pode ser muito rica, principalmente quando compartilhada com outros, podendo ainda, produzir novos aprendizados oriundos destas trocas.

Alm de funcionar como um dispositivo de trocas, o grupo identifica, faz sentir-se parte de um todo, traz pertencimento, logo se eu perteno a algo, sinto-me mais a vontade para expor minhas dvidas e angstias sobre algo.

Para G., 82 anos: "Influenciou. Porque em grupo eu acho que tu te relaciona, aprende e tem contato com pessoas que pensam quase igual a ti". Para V., 60 anos: "Eu acho que sempre teria que ser assim, em grupos. Eu acho que at tu pode tirar duvidas com teu parceiro do lado, tu pode perguntar as duvidas. Eu acho que agente precisa ter isso, acho muito importante ser em grupo".

No relato de J., 68 anos, aparece tambm o aspecto social da velhice, o convvio com outras pessoas diminui, e este aprendizado em grupo, funciona tambm como forma de ampliar o crculo social destes idosos. Morales (2009) traz que o processo de envelhecimento no mundo de hoje bastante complexo, e principalmente difcil, pois a mudana constante. Esta dificuldade de acompanhar mudanas ajuda a afastar o idoso do convvio social, da a importncia de identificar-se com outros que possuem as mesmas dificuldades. "Eu acho maravilhoso em grupo, porque no fim agente acaba se ajudando, perde o constrangimento, as duvidas so esclarecidas, existe uma cooperao. Amplia o circulo social, agente se relaciona com pessoas que no conhecia, acho interessante".

Observamos tambm um movimento de ajuda mutua nesta fala de J., uma cooperao, pois no h o constrangimento de ajudar, de errar e principalmente de pedir ajuda sem ser julgado. Esta segurana vem do acolhimento dentro do grupo, e da identificao com pessoas semelhantes, tanto em idade, dificuldades e aparncias fsicas.

O grupo assume tambm a funo de ajudar a aceitao de uma nova realidade, a aposentadoria. Esta uma fase muito conturbada, pois se sai de uma plena atividade para uma vida mais serena. Zimerman (2000) traz o sentimento de desvalia e, neste contexto, uma conseqente perda de convvio grupal, pois antes o ambiente de trabalho assumia este papel. Por ltimo, fala de L. 65 anos retrata esta nova realidade e como o grupo pode contribuir para a aceitao da mesma. "Agora em janeiro eu me aposentei, ento eu me senti to estranha, agora eu tomei conscincia da vida, que eu to no meio delas (alunas com mesma idade), e muito bom tambm".

O Lugar da Informtica no Cotidiano destes Idosos:

importante observar que nesta categoria h uma recorrncia de respostas semelhantes primeira categoria de anlise: o motivo da procura. As respostas remetem sempre independncia, autonomia e atualizao.

Praticamente todas as entrevistadas trazem opinies semelhantes, isto nos faz refletir sobre o papel atribudo aos velhos, de pessoas dependentes. Chega um determinado perodo da vida h uma inverso de papis, onde quem cuidava vira cuidador, por vezes este acaba sendo um papel atribudo por quem era cuidado, quase que imposto (SANTOS, 2000). Isso fica claro no depoimento de G., 80 anos quando perguntada se ela achava que a informtica iria modificar algo em sua vida: (Vai modificar) "Muito. Meu Deus, vou caminhar com minhas prprias pernas, sem a muleta da filha".

interessante observar o papel atribudo a filha, de muleta, algo que usamos para nos apoiar, auxiliar em um movimento, fundamental para conseguimos ir para frente. esta a idia que estes idosos passaram, de que esto cansados de precisar de muletas para ir para frente, querem caminhar com as prprias pernas, aprender novos conhecimentos sozinhos e elaborar suas prprias idias. Para B., 63 anos: "Eu vou ter mais facilidade para ter o que quero, no vou depender das pessoas, vou evoluir mais".

Outro papel fundamental da informtica segundo os idosos entrevistados foi a comunicao. Nestes dois recortes abaixo, fica claro como este aprendizado pode contribuir para estreitamento dos laos sociais, mesmo que virtualmente. Fala-se muito em rede social, pensamos que a mesma no substitui a troca presencial, mas pode aproximar muito as pessoas, rompendo barreiras financeiras, fsicas e naturais, que antes delimitavam um relacionamento, como traz P., 74 anos: "Meu filho viaja muito pela empresa, ele disse "me vai fazer, quando eu tiver na Europa, no fica to caro para falar contigo, e podemos nos comunicar mais seguido". Quando tu tiver melhor eu te compro um computador melhor, mas s se tu for fazer o curso. A eu fui fazer n, mas eu acho legal, eu vejo meus netos e minha nora mexendo, acho assim, eu tenho condies de estar nesse mundo, de estar aprendendo".

CONCLUSES:

Baseados nos relatos obtidos, conclumos que esta pesquisa trouxe a tona um novo perfil de idoso que vem se construindo, engajado com as mudanas tecnolgicas que o circundam, cada vez mais com sede pelo aprendizado, e principalmente construdo pelas suas prprias mos, sem depender do filho, neto ou outros.

O significado assumido por um simples ato, como ligar o computador, imenso. como a metfora trazida por uma das idosas: "caminhar sem muletas". Esta metfora ilustra muito bem a busca pela autonomia, estes idosos querem continuar conquistando conhecimentos, no ser um individuo passivo, sempre dependendo da disposio dos outros.

Este aprendizado trabalha vrios aspectos biopsicossociais dos envelhecentes. Pensamos que uma ferramenta fundamental para um envelhecimento bem sucedido, pois atua diretamente na psique humana, alm de ampliar laos sociais e trabalhar com aspectos corporais, como a motricidade exigida na execuo de tarefas, plasticidade e manuteno da atividade cerebral.

Sampaio (2006) traz que necessitamos sempre ir alm, ter uma vida com desejos, aspiraes e sonhos. Para muitos destes idosos, aprender a usar um computador pode se encaixar numa destas categorias. Envelhecer bem sucedidamente no s possuir ausncia de doenas, tambm expandir a vida, ultrapassar limites impostos, mesmos que erroneamente por ns, ou pela sociedade.

Criar espaos voltados para o ensino de idosos se faz cada vez mais necessrio. A tendncia de que cada vez mais idosos procurem este conhecimento, a tecnologia nos circunda e desmistificar a mesma torna-se cada vez mais fundamental, seja apenas como forma de aprendizado, manuteno do convvio social, estreitar laos sociais com familiares ou principalmente potencializar a autonomia destes idosos frente a algo contemporneo, que ainda desperta muito medo e fascnio nestas pessoas.

Referncias:

BARDIN, Laurence. Anlise de contedo. Braslia: Editora 70, 1995.

BOTH, Agostinho. Conversas sobre a terceira idade. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1990.

KACHAR, Vitria. Terceira idade e informtica:aprender revelando potencialidades. So Paulo: Cortez, 2003.

KACHAR, Vitria et al. Longevidade:um novo desafio para a educao. So Paulo: Cortez, 2001.

KRISTENSEN, Christian H. Funes executivas e envelhecimento. In Cognio e envelhecimento, Porto Alegre: Artmed, 2006. 311 p

MORAIS, Eunice M. R. de. Informtica para pessoas na terceira idade: incluso ou cidadania?In: CORRA, Osvaldo M (Org.). Revista Caderno de Artigos, Belo Horizonte, p. 75 80, 2007. Disponvel em: . Acesso em: 24 abr. 2010.

NRI, Anita L. Psicologia do Envelhecimento. Campinas: Papirus, 1995.

PEREIRA, Jlio C. R. Anlise de dados qualitativos: estratgias metodolgicas para as Cincias da Sade, Humanas e Sociais. So Paulo: Edusp, 1999. Movimento,Porto Alegre, v. 12, n. 3, p. 73-96, set./dez. 2006.

SAMPAIO, T. Tecendo cultura com mediaes que unem o corpo, sade e lazer.

SANTOS, Jos M.M. et al. (Org.). Gerontologa social. Santiago de Compostela: Sega, 2000.

ZIMERMAN Guite I. Velhice: aspectos biopsicossociais. Porto Alegre: Artes Mdicas Sul, 2000

VELHICE E CONTEMPORANEIDADE: REFLEXES PSICOSOCIAIS SOBRE O APRENDIZADO DE INFORMTICA EM UM GRUPO DE IDOSOS

Por:
Eduardo Pontin de Medeiros

Perfil do Autor

Formando em Psicologia pela UNISINOS (Artigonal SC #3164609)

Fonte do Artigo - http://www.artigonal.com/psicologiaauto-ajuda-artigos/velhice-e-contemporaneidade-reflexoes-psicosociais-sobre-o-aprendizado-de-informatica-em-um-grupo-de-idosos-3164609.html




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