subject: Falta A PolĂtica Que Importa. E Exporta [print this page] Author: charles dorli bueno Author: charles dorli bueno
Entre os principais efeitos da crise econmica mundial, iniciada em 2008 nos Estados Unidos e que se espalhou pelo planeta, est o arrefecimento do volume de transaes comerciais entre os pases. A temperatura do comrcio internacional esfriou bruscamente. No Brasil, o tamanho do impacto da crise sobre a balana comercial de 2009 pde ser visto com os dados anunciados na segunda-feira pelo Ministrio do Desenvolvimento, Indstria e Comrcio Exterior (MDIC). Com o comrcio mundial minguado, as exportaes brasileiras tiveram a maior queda em relao ao ano anterior, desde 1950, quando se iniciou a srie histrica do ministrio. O tombo nas vendas externas foi de 22,2% em comparao s exportaes de 2008. At hoje, a maior reduo, de 19,8%, havia sido registrada em 1952. O resultado no impediu que a balana comercial continuasse com um saldo positivo pois, com a crise financeira, as importaes tambm sofreram uma queda, de 25,3%, a pior desde 1953 (33,5%) mas levou a balana a apresentar o menor saldo em sete anos. O supervit de 2009 ficou em US$ 24,615 bilhes. E o que preocupa mais, independentemente dos efeitos da crise, que esta j a terceira queda consecutiva. Depois do pico em 2006, quando o saldo positivo chegou a US$ 46,45 bilhes, o maior da srie histrica, o supervit s tem cado: passou para US$ 40 bilhes, em 2007, e para US$ 24,96 bilhes, em 2008. Dois fatores contribuem para este declnio. O primeiro a forte valorizao do real frente ao dlar, o que incentiva as importaes e inibe as exportaes, encarecendo o produto brasileiro. A segunda razo a falta de uma poltica de incentivo s exportaes. preciso que o MDIC e o Ministrio da Fazenda trabalhem em conjunto e revejam o sistema de tributao das exportaes. A ampliao do chamado regime de drawback que fornece estmulos importao de matrias-primas de produtos voltados para a exportao uma medida bem-vinda, assim como o tratamento especial aos setores da economia mais orientados para o comrcio exterior. Ambos foram apontados como sadas pelo MDIC. O que ainda pouco. Mais do que tudo, o pas necessita de uma sria poltica de exportao. o que tem feito, ao mesmo tempo inteligente e agressivamente, a China. Especialistas costumam ponderar que mais importante do que ter um supervit comercial elevado o pas exportar muito e, ao mesmo tempo, importar muito. Isso seria um indicador do dinamismo e da fora de sua economia, em constante troca comercial e tecnolgica. O problema que tanto o volume de exportaes quanto o de importaes caram. Isso mantm a participao brasileira no comrcio global no patamar extremamente insatisfatrio, nfimo. H mais de 30 anos, o pas representa ainda apenas 1,2% das transaes internacionais. A fatia dos chineses, por exemplo, cresceu de 8% para 10%. O quadro brasileiro s no leva ao pessimismo porque os fundamentos da economia esto slidos. O pas saiu rapidamente da crise. A Bolsa est em alta. notcia ruim da balana comercial contrape-se a fora do mercado interno. de se elogiar as medidas de incentivo do governo. A reduo do IPI movimentou a economia e atenuou os efeitos da crise. Mas o mercado interno depende do equlibrio externo para continuar saudvel.About the Author:
Me chamo Charles, sou empresrio, formado em administrao de empresas e atuo na rea de comrcio exterior.Tenho msn para contato: charlesdorlibuenoartesanatosme@hotmail.com ;