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Escritos críticos I: discursos educacionais em escolas de zona rural

O presente texto uma breve reflexo crtica acerca do mal-estar presente na vida cotidiana

, digo na social. Quando nos reportamos vida social, logo discutimos o homem e o ambiente a qual ele est inserido, seja familiar ou relativo aos grupos sociais (amigos, colegas de trabalho, sujeitos em espaos de lazer), no entanto, no se leva muito em considerao o espao reservado para o trabalho. interessante perceber que as discusses e debates acerca do homem e a sociedade sempre esbarram nas aes deste primeiro diante um poder advindo ora do Estado, ora das Classes Sociais, mas em relao ao mal-estar do homem em seu trabalho, principalmente se este ltimo um homem de cultura, como dizia Bobbio referindo-se aos intelectuais.

Bom, raramente vimos sujeitos dotados de um intelecto superior ou classificados como tal, no interior das instituies de ensino, aqui no caso, a escola. Esta classe foi praticamente extirpada de todas as escolas, pois o que realmente se quer um indivduo que reproduza dados e discipline os alunos. No h uma preocupao com uma formao intelectual do aluno. Este fato pode ser afirmado, perante uma fala proferida por uma professora em uma escola de zona rural, hodiernamente.

Segundo ela: "para cuidar de vacas ou recolher esterco ou apanhar caf, no precisa saber ler e escrever, s de saber assinar o nome j est bom". Esta afirmao provocou em minha pessoa um mal-estar, uma nusea como dizia Sartre. Logo fui acometido por um turbilho de sentimentos, talvez seja um exagero da minha parte colocar estas emoes como a melancolia, o desprezo, a angstia, a vergonha, creio que seja melhor parar por aqui.

Ao ouvir tais palavras, refleti profundamente sobre o quanto pessoas podem ser desumanas no sentido de menosprezar o outro. No podemos nos enganar acreditando que se dermos o mximo em sala de aula, em se tratando de domnio de contedo, didtica, atividades diversificadas, iremos mudar radicalmente a educao. Porm, se fizermos o contrrio, simplesmente estaremos impedindo o acesso do aluno a uma educao melhor.


Se um professor no acredita em seu aluno, do que serve seu trabalho? No que ele deva acreditar fielmente que seu aluno, a partir de seus ensinamentos, ir transformar-se em um intelectual ou em uma pessoa consciente do seu papel, crtica e que saiba usar os princpios recebidos na escola. No entanto, o aluno merece respeito, por ser humano e ter o direito a educao.

Quando algumas pessoas dizem, inclusive os prprios docentes, que "professores so intelectuais", penso que, esta afirmao fcil de ilidir. Se estes so intelectuais porque no agem como tal? Muitos professores esto na escola para obter apenas seu sustento, algo anlogo ao funcionalismo pblico, onde o funcionrio executa suas atividades em um determinado perodo e logo vai embora desvencilhando do trabalho, ou seja, no leva nada para casa. Frequentemente, eu tenho contato com docentes dotados desta postura. A melhor forma de analisar este fenmeno estando incorporado, dentro desta classe na escola, em especial na sala dos professores.

O aluno tratado como o bom ou o ruim. Mas, mesmo o considerado bom aluno, se cometer algum deslize, com certeza ser alvo de crticas. Lembro-me perfeitamente de um excelente aluno que tive. Era educado, com bom desempenho acadmico, auxiliava os colegas, enfim, respeitava as regras impostas pela escola e pelos professores. No entanto, certa vez ele havia fechado sua nota em todas as disciplinas, obtendo um mnimo de 80% da nota total em cada disciplina. claro, era seu ltimo ano na escola, j havia sido aprovado, portanto a escola era para ele apenas um lugar para encontrar os colegas e socializar. Porm, alguns professores acharam um disparate da parte deste, por ir escola, no levar mais seu material e querer ficar dialogando com os seus colegas. At apropriado da parte destes docentes reclamarem desde que este perpetre infraes, contudo, o problema so os discursos que eles proferem como se fossem profetas. A preleo de que "ele foi um bom aluno, agora est virando um baderneiro", "ele j foi bom aluno", e outras falas desastrosas. Estas demonstram a pobreza de opinio. Eles no levaram em conta a carreira escolar da criana/adolescente, para eles o que vale o momento. Ora, este o reflexo da sociedade, no qual basta analisarmos como oscila as notcias em revistas e jornais e como elas controlam a opinio pblica, fazendo as pessoas mudarem constantemente de opinies e partidos, como se muda de roupas.

Com esta histria quis demonstrar o quanto o professor no tem partido e muito menos opinio. Desta maneira, como ele pode ser um intelectual? Do ponto de vista de quem? Se for considerado um intelectual por escrever e produzir, ento questiono, por que o planejamento, de muitos professores, simplesmente o sumrio de livros didticos? Quantos professores escrevem durante ou depois das suas aulas? So questes que evidenciam o docente como um simples tcnico ou como dizia Zeichner, um "consumidor acrtico" de informaes.

Alm claro da questo intelectual do professor, na qual patenteei como uma forma de questionar as aes deste profissional quanto educador, pois se ele no dotado de algumas qualidades como opinio, respeito pelo outro, senso crtico, domnio do seu contedo escolar e de outros, simplesmente creio que este sujeito ento no digno de educar. Bom, para, alm disto, tem a questo humana, o respeito ao homem, pois ele tem direito de viver, ser livre, como tambm o acesso a educao e a sade. Umberto Eco disse em uma entrevista que, "o homem tem direito a falar, ouvir, comer, dormir e caso prive isto dele, com certeza esta uma forma de tortura". Impedir as pessoas de movimentarem e falarem, e complemento, criando obstculos na formao educacional de jovens, reprimindo-os ou tendo atitudes preconcebidas quanto a sua condio de vida, afirmo que uma tortura, portanto so intolerveis tais aes.

Ora, ento um aluno que, quando est fora do perodo escolar, trabalhando no recolhimento de esterco de animais ou apanhando caf, no digno de ter uma educao de qualidade? Por qu? Basta apenas ensinar-lhe a escrever o nome ou at mesmo, o "bsico" que na minha concepo o ensino fundamental, sendo a educao infantil e do primeiro at o quinto ano. Ou nem isso, como disse anteriormente a professora e que, causou em alguns professores crises de risos ou expresses de consentimento.

Assevero que tudo isto, me causou um mal estar que, senti vergonha de estar com aqueles "homens de incultura", naquela hora e lugar. Para no tornar enfastioso meu texto, resolvi ento propor um fim a este ensaio. Para finalizar, questiono: a escola para quem ento? Ser que realmente para aquele aluno da zona rural que trabalha para ajudar a famlia? Bom, para muitos professores creio que no!

Escritos crticos I: discursos educacionais em escolas de zona rural


Por: Beger de Franz

Perfil do Autor

(Artigonal SC #3389231)

Fonte do Artigo - http://www.artigonal.com/educacao-online-artigos/escritos-criticos-i-discursos-educacionais-em-escolas-de-zona-rural-3389231.html
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