Jornalismo, ética e política¹
Limites da objetividade
Limites da objetividade
O cdigo de tica do jornalismo americano condena o envolvimento poltico por parte do jornalista ou veculo. A concepo de jornalismo no poltico, utpica. O jornalista sofre influncias de doutrinas e filosofias e tem suas opes como eleitor. A prpria carreira faz com que o profissional adquira conhecimento em relao a ideologias partidrias e faa suas escolhas. Cada ser moldado pelas suas convices pessoais; mas esses aspectos da personalidade de cada um podem atrapalhar o ideal de objetividade no jornalismo.
Porm, o que objetividade? Segundo o jornalista Eugnio Bucci em seu livro Sobre tica e Imprensa, a
"Objetividade uma palavra que vem de objeto. Diz-se que tem objetividade o discurso em que se expressam as caractersticas prprias do objeto e no as do autor do relato (sujeito). O jornalismo (...) adota a pressuposio tcita de que uma descrio pode ser (...) inteiramente fiel s caractersticas do objeto, sem que o sujeito [jornalista] a deforme" (2000, p. 92).
Informaes que se baseiam no princpio da objetividade muitas vezes podem representar vazios informativos. fato que o jornalismo existe para pr ideias em confronto, promover o debate pblico; nos suprir de notcias que contribuam para nossa movimentao e tomada de decises na democracia moderna. "O bom jornalismo nada tem a ver com a indiferena" (BUCCI, 2000, p. 94), as emoes devem integrar a reportagem assim como integram a alma humana. Nada de exageros, a objetividade no jornalismo pede equilbrio.
Poltica pela informao
"O jornalismo tange a esfera do poder, critica e vigia os governantes e, nesse sentido, uma atividade social marcadamente poltica mas poltica pela informao, pela opinio, e no pelo partidarismo" (BUCCI, 2000, p. 104).
O jornalista, portanto, deve obedecer ao interesse pblico e no de um partido poltico. preciso evitar a perda da independncia do veculo para proteger a qualidade de informao que oferecida sociedade. Para que essa independncia se efetive o dono do veculo miditico deve se distanciar do envolvimento poltico tal qual seus empregados e colaboradores jornalistas. Isso sempre acontece? No. Existem exemplos na mdia nacional, mas trazendo para nossa realidade temos o clssico exemplo do jornal Correio - antigo Correio da Bahia, pertencente famlia do ex-senador Antnio Carlos Magalhes (ACM).
A poltica editorial do grupo defende a interesses polticos provenientes do "carlismo". Isso no significa que todo jornalista que faz parte do grupo seja antitico ou "picareta". Uma jornalista me afirmou que conheceu tanto profissionais que se engajaram na poltica editorial do veculo quanto os que tinham boa conduta em relao ao seu trabalho. Isso acontecia porque "[os] profissionais designados para uma funo deve ter um perfil de conscincia adequado quela funo" (BUCCI, 2000, P. 105). Em palavras mais grosseiras, como o Antnio Carlos Margalhes definiu e diferenciou os profissionais da impressa: "Existem dois tipos de jornalista: os que querem informao e os que querem dinheiro. Voc no pode dar dinheiro quele que busca informao e nem informao aos que querem dinheiro" (ACM in CHRISTOFOLETTI, 2008, p. 45).
Quem est no poder geralmente v nos meios de comunicao a forma para tornar pblico e massivo seu trabalho. "O prefeito espera ver nos jornais da cidade as inauguraes de obras e as aes do governo. A deputada anuncia na entrevista pelo rdio as emendas que aprovou no oramento e que devem beneficiar a regio" (CHRISTOFOLETTI, 2008, p. 45). A mdia no pode ser um espao para esse tipo de informao? Claro que pode! Precisamos saber o que os polticos tem feito em prol da nossa comunidade. Mas no apenas isso. Os jornalistas querem saber tambm por que o prefeito no aplica verbas em determinado bairro que tem opositores ou porque a deputada est sendo acusada de caixa 2.
Quando o jornalista tende a seguir um repertrio de promoo poltica de um determinado grupo, por exemplo, perde seu referencial e sua espontaneidade: "vai se transformar num reprter ou num editor mecnico, em permanente desencontro com seu modo natural de agir, pensar, olhar e reagir. (...) Ser mediano ou medocre" (BUCCI, 2000, p. 107). Como acreditar na credibilidade do profissional ou veculo miditico? necessrio que o jornalista busque o ponto de equilbrio entre seu dever profissional e sua conduta individual. Buscar esse equilbrio um dever tico.
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NOTAS
Artigo original publicado no Cachoeira Online. Trecho do Ensaio de mesmo titulo e autora.
O jornal "Correio da Bahia" comeou a circular em 1979, sob propriedade de ACM. Suas empresas de comunicao incluem tambm a TV Bahia, afiliada Rede Globo de Televiso.
"Carlismo" o nome do movimento poltico nascido na Bahia e criado por Antnio Carlos Magalhes (ACM). A ideologia partidria apresentava caractersticas do coronelismo e populismo e tinham seguidores da prpria famlia ou de amigos ligados ao partido
Jornalismo, tica e poltica
Por:
Lorena MoraisPerfil do Autor
Estudante do curso de Comunicao Social com habilitao em Jornalismo pela Universidade Federal do Recncavo da Bahia (UFRB). Presta auxlio na apresentao de um programa na emissora de Rdio Comunitrio Magnificat FM (87.9). (Artigonal SC #2880428)
Fonte do Artigo -
http://www.artigonal.com/politica-artigos/jornalismo-etica-e-politica-2880428.html
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