O Papel Da Fisioterapia No Combate À Dór Oncológica
Author: Daniel Xavier
Author: Daniel Xavier
Comumente, na presena de dor oncolgica, os pacientes reduzem a sua movimentao e sua atividade fsica como um todo, ocasionando um comprometimento gradual do condicionamento fsico, da fora muscular, da flexibilidade e da capacidade aerbica, fatores esses que com freqncia levam o paciente chamada sndrome da imobilizao, a qual compromete a coordenao motora, reduz a amplitude de movimento articular e acarreta retraes tendneas. Assim como no ps-operatrio, a cinesioterapia se torna um recurso de grande valia, visto que auxilia na restaurao e na melhora do desempenho funcional dos segmentos acometidos, desenvolvendo propriocepo, o movimento, a fora e o trofismo muscular, prevenindo a imobilidade no leito e devolvendo a amplitude de movimento articular (Sampaio et al,1999). Estimulao nervosa eltrica transcutnea - (TENS) e outros recursos eletroteraputicos. Segundo a Associao Internacional de cuidados paliativos e hospitalares, 2003(IAHPC) dentre as intervenes fisioteraputicas para a dor, a eletroterapia traz rpidos resultados; todavia, o alvio varivel entre os pacientes. No entanto, no possvel tratar a dor oncolgica apenas com a utilizao de corrente analgsica, mas, de acordo com estudos, pode se diminuir de maneira significativa o uso de analgsicos e seus efeitos colaterais. Outro estudo, utilizando TENS (Estimulao Eltrica Transcutnea), verificou que o uso desta corrente diminui em at 47% o uso de morfina comparado com o TENS placebo (no ligada), ocorrendo tambm diminuio da percepo da dor atravs da Escala Anloga Visual, associada incidncia de nuseas e prurido de forma significativa (HAMZA,1999). O que determina a percepo individual de um estmulo doloroso a "abertura" ou "fechamento" da comporta a esses estmulos. Como a conduo eltrica da TENS ocorre atravs das grandes fibras mielnicas, as quais so altamente sensveis estimulao eltrica e de conduo rpida, levando rapidamente a mensagem at a medula espinhal, o TENS pode propiciar um mecanismo que mantenha o porto fechado a esses estmulos. O mecanismo pelo qual impedido esse trnsito ocorre atravs das fibras nociceptivas (condutoras de dor). De acordo com Sampaio e colaboradores, quanto mais prximo da rea afetada se puder aplicar a TENS, maior ser a chance de inibir os estmulos nocivos. Esse processo de reduo ou minimizao da transmisso da dor conhecido como neuromodulao. Portanto, esta corrente pode ser utilizada com segurana em pacientes oncolgicos, todavia dever ser aplicada onde a sensibilidade ttil estiver preservada e a pele estiver ntegra. A estimulao eltrica alcanada ligando a mquina de TENS a eletrodos, na pele dos pacientes, estimulando fibras mielnicas aferentes, o que reduz o impulso dos nociceptores medula e ao crebro ("gatecontrol"). Em pacientes com dor crnica, 70% respondem ao TENS, inicialmente. No entanto, apenas 30% ainda se beneficiam de sua eficcia, aps um ano. As indicaes em Cuidados Paliativos so para aqueles pacientes com dor de leve a moderada intensidade, especificamente: - dor em regio de cabea e pescoo; - dor derivada de compresso ou invaso tumoral nervosa; - nevralgia ps-herptica; - dor ssea metasttica O uso da Corrente Interferencial bem estabelecido para diminuio da dor, no entanto ainda no h consenso sobre qual variao da amplitude modulada de freqncia (AMF) mais eficaz. No foram encontradas diferenas na analgesia em grupos com AMF de 5, 40, 80, 120, 160, 200, 240 Hz. Talvez esta diferena esteja relacionada com as caractersticas individuais de tecidos da pele e msculos durante passagem da corrente, sendo que variaes de lpides, gua e ons interferem na gerao da Corrente Interferencial, no sendo possvel definir o quo reprodutvel o fenmeno no interior dos tecidos (JOHNSON,2003). Outras modalidades de tcnicas complementares para controle da dor podem ser utilizadas, como calor local, frio local, massagem, acupuntura e mesmo exerccios, encorajando o paciente a manter a atividade o maior tempo possvel. A acupuntura pode ser de grande ajuda em casos de dor devido a espasmo muscular, espasmo vesical e em casos de hiperestesia, disestesia e nevralgia ps-herptica, mas ainda h poucos estudos que avaliem a efetividade real desta modalidade, no controle da dor de cncer. A termoterapia. A termoterapia, atravs do calor superficial, usada freqentemente para reduzir o desconforto e promover o relaxamento muscular atravs da interferncia no ciclo dor-espasmo-dor devido reduo da atividade das fibras aferentes do fuso muscular (tipo II) e o aumento da atividade das vias aferentes dos rgos tendinosos de golgi, bem como pela remoo de produtos do metabolismo e mediadores qumicos responsveis pela induo da dor. Acredita-se que o calor reduza a dor por diminuir a isquemia tecidual aumentando o fluxo sangneo e relaxamento muscular. Produz alvio da rigidez articular, espasmos musculares e em inflamao superficial localizada. Pode ser aplicada no local da dor por meio de bolsas, compressa ou por imerso a temperatura entre 40 e 45 graus Celsius durante 20 a 30 minutos de 3 a 4 vezes ao dia. Porm, a aplicao deste recurso contra-indicada em reas ps-cirrgicas, devido perda de sensibilidade no local, ou diretamente sobre as reas do tumor maligno, visto que provoca vasodilatao, aumentando assim a irrigao sangnea no local e apresentando risco de disseminao de clulas tumorais por via sangnea e/ou linftica. Da mesma forma, todas as formas de calor profundo tambm esto contra-indicadas em fases imediatamente aps a interveno cirrgica (Sampaio et al,1999). A aplicao do calor desde que respeitadas s contra-indicaes e aplicaes distantes do tecido tumoral iniciais, pode ser aplicado a partir de criteriosa observao do quadro clnico dos pacientes e anlise do custo-benefcio da teraputica empregada. O uso da crioterapia. A ao analgsica do frio est relacionada contrao muscular, diminuio do fluxo sangneo e diminuio de edema. O frio reduz a velocidade da conduo nervosa, retardando os estmulos nociceptivos medula. Aplica-se o frio superficial em torno de 15 graus Celsius, durante 15 minutos, de 2 a 3 vezes ao dia por meio de bolsas e hidrocolides, imerso e compressas de gelo "mole" (mistura de 3 partes de gua gelada para uma de lcool). Segundo Sampaio e colaboradores,1999 no foram encontrados estudos que comprovem a eficcia da crioterapia para a dor oncolgica, mas a sua aplicao pode ser til para as dores musculoesquelticas, atravs de bolsas ou imerso em gua gelada, duas a trs vezes ao dia, durante 15 a 20 minutos. Porm, deve ser evitada a sua utilizao em regies onde no h integridade sensorial, comprometimento arterial perifrico, em casos de intolerncia ao frio ou alergia e onde o tumor compressivo pode ser o causador da reduo da circulao local e em reas de tratamento de radioterapia. Mtodos mecnicos. Segundo Pimenta, 2003 as tcnicas de terapia manuais podem ser utilizadas como um recurso para a complementao do alvio da dor, pois produz estimulao mecnica dos tecidos, atravs da aplicao rtmica de presso e estiramento, reduzindo assim a tenso muscular, melhorando a circulao tecidual e auxiliando na reduo da ansiedade do paciente, proporcionando uma melhora na qualidade do sono e da qualidade de vida. Massagem A massagem para o alvio da dor pode ser intuitiva e entendida como aplicao de toque suave ou com fora em tecidos moles, msculos, tendes e ligamentos sem causar mudana na posio das articulaes. Massagem ou movimentos com alterao na posio das articulaes so manobras restritas aos fisioterapeutas. Acredita-se que a massagem melhore a circulao, relaxe a musculatura, produza sensao de conforto e afeto aliviando a tenso psquica. A tcnica pode ser utilizada em doentes com dor, acamados, ansiosos com distrbios de sono ou tendncia a isolamento. No deve ser utilizada em reas com leso de pele, ssea ou se causar dor. Utilizam-se movimentos de deslizamento, amassamento, frico, percusso, compresso e vibrao, com o auxlio de leos e cremes. Exerccios e a atividade fsica. Muito importante ao controle da dor por combater as sndromes de desuso, distrofia e hipotonia muscular, diminuio da amplitude articular, decorrentes de repouso prolongado e limitao da atividade local. A atividade fsica beneficia a melhoria do humor, qualidade de vida, funo intelectual, capacidade de autocuidado, padro de sono e alivia a ansiedade. Os doentes devem ser estimulados a realizar atividade fsica e exerccios suaves de contrao e alongamento. Lembrar que o uso de imobilizaes de suporte e conforto, como coletes de sustentao postural devem ser valorizados. Sempre que possvel com orientao de fisioterapeuta ou fisiatra. A atividade fsica traz vigor e bem-estar a humanos, sendo que a atividade fsica moderada pode atuar na depresso, ser benfica para o sistema imunolgico e tem sido proposta como aliviadora de estresse emocional. Por exemplo, indivduos fisicamente ativos tm baixa incidncia de doenas oportunistas durante perodos de alto estresse e respondem melhor a testes imunolgicos experimentais. Em pacientes com diagnstico de depresso o sistema imune afetado o que pode influenciar no curso clnico da doena j existente alm de possibilitar a ocorrncia de doenas oportunistas, diminuindo assim, a qualidade de vida destes pacientes (MORASKA A,2001). Bibliografia recomendada. BRASIL. Ministrio da Sade. Instituto Nacional de Cncer.Cuidados paliativos oncolgicos: controle da dor. - Rio de Janeiro:INCA, 2001. World Health Organization Collaborating Center for Policy and Communications in Cancer Care. Pain in children with cancer: the World Health Organization - IASP guidelines. Cancer Pain Relief 1999;12(1).
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Mestre em reabilitao neurolgica e em terapia intensiva.
Doutorando em terapia intensiva.
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