Posição Para a Liderança da Igreja

Champlin (1985, pp.657-661) esclarece que Marcos amplia a histria da paixo aos seus leitores

, fazendo-os relembrar os propsitos da vida e da morte de Jesus, para que possam enfrentar galhardamente a grande crise presente. A Igreja ao assumir uma posio firme em questes que afetam a sociedade como o todo, d mostra que possui em seu organismo pessoas capazes de liderar em situaes de crise. O posicionamento da Igreja contempornea evidencia para a liderana o exemplo de que necessrio ser sensvel e compassivo com a dor alheia. Pois a liderana precisa incutir certos valores e realidades de ordem intelectual ou ser incapaz de liderar com posicionamento anlogo ao de Jesus. A BEP faz a seguinte anlise: A Igreja deve perceber o significado do que Jesus faz, no perodo da histria em que Jesus est inserido, nos fatos em que Jesus vivncia na Galilia. A Igreja com sua liderana devem estar atentas ao quadro completo da ao de Jesus. Assim a Igreja pode declarar sua posio quanto a determinado fato ou situao.

Depois de vrios milagres por parte de Jesus e rompendo com os costumes, constata-se uma rejeio por parte de sua terra natal em Mc 6.1-6a, e trgica, segundo Hurtado (1995, pp.98-102) porque so tambm smbolo e pressgio da futura rejeio em Jerusalm. conveniente a maneira como Barbaglio, Fabris e Maggioni (2002, p.484) interpretam essa passagem. Para eles, os fariseus passam da incompreenso hostilidade, assim como os parentes e patrcios de Jesus passam da admirao incredulidade.

A rejeio de Jesus em seu povoado natal, na tica de Pohl (1998, pp.194-198) interessante. "Foi para a sua terra" (Mc 6.1). S que ele no vem como se fora; os seus discpulos o acompanham. Eles com Jesus isto tem significado no s para os doze, mas tambm para Jesus. A visita no familiar, tambm no a busca de asilo de um fugitivo, mas a chegada de algum que tem uma misso. Em Carfanaum nenhuma sinagoga abre mais as portas para Jesus (Mc 3.7). O lideres e a Igreja de Jesus no mundo no rejeitam seus lideres em formao.

Uma das coisas que o lder encontra dificuldade a crtica, segundo Marshall (2003, pp.97-105) seja a crtica vinda de fora, como at mesmo dos prprios aliados. A liderana que no suporta crtica melhor deixar o exerccio da liderana. A Igreja existe para se afirmar como embaixadora de Jesus no mundo. O conjunto de pessoas que h compe, so pessoas que em suas atividades de liderana buscam desassociar a ao ou efeito de depreciar. E quando deparam com essa situao de crtica entendem que faz parte dos propsitos de Deus para o crescimento espiritual e intelectual. a maneira como a Igreja enfrenta a crtica, ou seja, como Jesus ensinou. Jesus tem um propsito acima de qualquer nimo pblico. Compreende que est lidando com mudana, e isto significa resistncia por parte das pessoas na Galilia. Ele est lidando com o futuro e trabalha nessa direo, mas as pessoas no vislumbram o futuro. Que lio para os doze! A Igreja aprende com os exemplos de Jesus. E esses exemplos solidificam a maneira de liderar. Quando a Igreja lidera significa que est trazendo mudana em vrios aspectos da vida das pessoas e do mundo.

A primeira referncia rejeio clara de Jesus est em Mc 3.6c: "resolveram como haviam de matar Jesus". Conseqentemente promove um indcio do choque vindouro em Mc 6.6: "E estava admirado da incredulidade deles". Para Hurtado (1995, pp.101-104) o primeiro caso gira em torno das curas no dia de sbado, j o segundo caso est ligado questo de que as pessoas so incapazes de crer "no carpinteiro". algum importante? Jesus apresentado em Mc 6.2 como aquele que causa espanto e maravilha, por causa de seu ensino e obras. Jesus tem uma posio frente ao perodo em que vive. Da mesma forma a Igreja deve se posicionar com qualidade peculiar de Jesus. A rejeio de Jesus deve ser vista como indefensvel e trgica. Porm, Jesus no retruca ao criticismo com a manifestao direta de sua pessoa, mas de modo indireto, mediante uma declarao com aparncia de provrbio (Mc 6.4). Na segunda vez, trata-se da famlia de Jesus (Mc 6.3) que contribui para a relutncia em reconhec-lo como enviado por Deus. As pessoas no conseguem superar as origens humildes e to familiares de Jesus; recordam dele como carpinteiro, e conhecem seus familiares, ao ponto dele no conseguir realizar milagres (Mc 6.5, 6) por no despertar a f, contrastado com elogio da f em Mc 5.34.

Jesus no controlado pela tradio, no est circunscrito ordem existente e tampouco se submete a cdigos jurdicos. Na compreenso de Milano, Vieira e Zouain (2006, p.56) a lei objetiva de Jesus emana de sua prpria experincia com Deus e de sua fora pessoal capacitada por Deus. Da, sua atitude ser revolucionria, transpondo valores vigentes e rompendo as normas tradicionais e legais. A Igreja deve ser revolucionria nas questes complicadas. Deve guiar-se por valores bblicos a fim de responder casos confusos e obscuros. Conseqentemente, assumindo uma posio frente a ordem vigente desperta a sua liderana a prtica dos valores eternos ensinados por Jesus. No deve viver como se fosse de outro mundo, possui responsabilidades perante o mundo e Deus. A Igreja j possui sua diretriz para se posicionar no mundo. Basta somente tomar atitude e contrapor a todo e qualquer valor conflitante com a Palavra de Jesus.

Posio Para a Liderana da Igreja

Por: Marco Rocha

Perfil do Autor

Bacharel em Teologia da Escola Superior de Teologia pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. E Bacharel em Administrao de Empresa pelo Centro Universitrio Unisantanna. (Artigonal SC #3152083)

Fonte do Artigo - http://www.artigonal.com/religiao-e-esoterismo-artigos/posicao-para-a-lideranca-da-igreja-3152083.html

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