A Ironia De Arruda E O Judiciário

Author: Julio Csar Cardoso

Author: Julio Csar Cardoso

Chega a ser um acinte sociedade brasileira, que paga alta carga tributria, conviver quase que diariamente com notcias envolvendo a classe poltica em irregularidade no desempenho de suas atividades pblicas.

Parece que no estamos num Pas constitudo de Judicirio para defender a sociedade e os bens pblicos das mos desses larpios de colarinho branco. Se j no bastasse a ousadia dos movimentos subversivos dos sem-terra (MST), invadindo propriedades alheias privadas e pblicas sem a devida contraofensiva jurdica de nossos tribunais, como defensores da Constituio e da segurana jurdica, ainda temos que presenciar e aturar, debochadamente, por exemplo, o escrnio do governador do Distrito Federal, Jos Roberto Arruda. Ele desafia a todos, conspurcando a seriedade que representa governar uma unidade federativa sem que a ordem jurdica brasileiratome nenhuma providncia para afast-lo imediatamente de suas funes, em nome do decoro e moralidade pblica, depois do que tudo foi mostrado ao Pas.

O nosso Judicirio est muito amarrado burocracia constitucional. Parece at que ele gosta da forma processual esculpida em nossa Constituio, que marca os limites de sua atuao.O tempo passa e a reviso constitucional ainda no foi realizada, e o Supremo Tribunal Federal - guardio constitucional - mostra-se acomodado e no reclama a realizao da reviso legal.

Mas o comodismo de nosso Judicirio no pode ficar sobrestado letra fria da lei e assistir de camarote a banda passar desfilando cordes de invasores de terras e de polticos transgressores rindo de nossas caras, com os bolsos, meias e cuecas cheios de dinheiro surrupiado de nossos impostos ou de propinas recebidas. Esse o lamentvel trgico-cmico cenrio de nosso circo poltico por onde transitam bufes de terceira categoria, mascarados de servidores pblicos e se locupletando nossa custa, que no pode mais existir.

E o Judicirio brasileiro, burocrtico de sempre, sentado em bero esplndido, no desperta para defender a moralidade pblica, a segurana jurdica das instituies e das pessoas fsicas que so constantemente desrespeitadas. Ele (Judicirio), juridicamente, s se manifesta quando acionado. Ora, est na hora de o Judicirio mudar esse comportamento e ser mais dinmico e menos burocrtico e poltico, e passar a defender todos os segmentos da vida brasileira com presteza.

inadmissvel que o governador do Distrito Federal continue no comando distrital subvertendo a instituio e promiscuindo os servidores que lhe prestam apoio, e com cinismo e despudor vir pedir perdo em pblico, reconhecendo os seus erros, porque tambm sabe perdoar aqueles que o tem ofendido, dando uma de falso Cristo do cerrado brasiliense. E a ordem jurdica brasileira mxima, o STF, pasmem, no toma nenhuma medida para impor respeito ao governador.About the Author:

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